29 de dez. de 2007

Prince of Tennis

"O que foi aquilo, Nyoko-chan?"
"Aquilo exatamente o quê?" a morena ergueu uma sobranceha expressiva e encarou a amiga sem entender nada. "Minha capacidade mental anda me deixando na mão ultimamente, então, eu não posso mais adivinhar o que as pessoas pensam."
"Não me venha com essas suas tiradinhas sarcásticas agora, Nyoko." ralhou Natsumi, segurando-se ao máximo para maneter sob controle sua curiosidade. "Eu vi perfeitamente quando o Tezuka-buchou veio falar com você--".
Nyoko passava os olhos pelo livro aberto sobre a mesa do refeitório. De duas, uma: ou ela fingia não escutar a amiga, ou era sádica ao ponto de deliciar-se com a caústica curiosidade da amiga, que já estava sendo demonstrada à flor da pele. "OLHA PARA MIM, AKANO!!!"
"Ahn?! Ah, sim... é, ele veio." A voz de Nyoko soara neutra demais para confirmar que o grande amor de sua vida acabara de lhe dirigir a palavra.
"É por isso que você não consegue escrever romances, sabia?"
"Estranho esse seu coemntário desconexo à conversa, Natsumi-chan, porque, conceitando todas as minhas habilidades tanto física como mental, tudo se volta para o breve fim de eu querer ser uma antropóloga, e não uma frutrada escritora romancista do século XVII".
"É por isso que eu acho que você e o Tezuka combinam, sabia?!", ironizou Natsumi, mordendo o lanche sem cerimônia alguma.
"Antroplogicamente falando?!" A amiga bem notou a falta de perspicácia de Nyoko quanto ao que acabara de dizer.
"Só no
falando mesmo. Mas, então, o que ele falou com você?!" Ela segurou o braço da amiga e arregalou os olhos em demonstração clara da curiosidade - sendo completada pelo largo sorriso exagerado.
"Você sabe como é, Tsumi! As coisas acontecem tão depressa e de uma forma tão avassaladora a ponto de quase ser irreal que eu já nem sei mais se serei capaz de pôr tudo em ordem cronológico. Foi tão inesperado de minha parte que só me lembro dele vindo e depois indo."
As expressões facaiais de Natsumi não duraram muito. "Vocês não conversaram, não é mesmo?!" perguntou, em total desânimo.
"Teoricamente, sim."
"Adoraria ouvir como 'que alguém pode conversar com um outro alguém
teoricamente! por favor, Nyoko-chan, explique-me esse conceito, porque me falta tal conhecimento."
"Você pode até achar que não, Natsumi-chan, mas sua ironia é quase tão péssima qunto as suas notas em biologia."
"O QUÊ?!"
"Então, ele veio, me olhu e quando ia me dizer alguma coisa, alguém o chamou e ele me disse 'eu já volto' e foi embora. Como eu não respondi nada em troca, foi teroicamente uma conversa."
"Eu ñao acredito nisso... esse tipo de coisas acontece quando estamos no semáfoto e pegamos um panfleto, ou numa loja e dispensamos o atendende. Não quando estamos prestes a ter a conevrsa mais importante com o cara que você gosta!!!!" Gritou Natsumi, pondo-se de pé e quase encostando sua testa na de Nyoko.
"Hmm... isso é interessante, sabe?!" A postura brava e compreensível em relação à situação de Natsumi fora desmanchada com aquele sorriso tipicamente debochoso da amiga.
"Que diabos é interessante? O fato de você perdê-lo para um homem?"
"Não. O fato de suas cordas vocais conseguirem produzir ondas tão longas que agora podem até terem alcançado os ouvidos não só do Tezuka, mas de todo e qualquer corpo dicente presente na escola
inteira
!"
Odiava a mania sádica da amiga.

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