Librianos são seres conhecidos pelo demasiado relax constante e pelo perfeccionismo. Alguns classificam tais características como grandes virtudes capazes de sempre aproximar e unir pessoas, apaziguar conflitos e amenizar atritos. Entretanto, a grande maioria - com exclusão aos próprios exemplos dessa raça - acredita arduamente e sem grandes chances de mudar de opinião que librianos não possuem calos ou feridas a serem cutucadas.
Apenas um pequeno ledo engano mortal.
Ao contrário da massa, librianos são seres capazes de guardar rancor, mas tanto rancor, e jamais deixarão que esse sentimento transpareça ou afete suas relações. Em outras palavras, são seres capazes de serem artística e belamente cínicos. Defeito ou virtude, eis algo que realmente valha a pena estudar no seleto grupo de pessoas que nasceram entre 23 de setembro e 22 de outubro.
Cinismo está longe de ser algo ruim ou bom, pois, como já foi afirmado e não há como contrariar, tudo é relativo. E, no final, isso é apenas resultado da tranqüilidade e do perfeccionismo.
Ao desejar que tudo esteja dentro dos exigentes padrões estéticos, aquilo que simplesmente não estiver irá perturbar a pessoa por dias e mais dias. Perturbar ainda não é a palavra correta, mas, sim, infernizar. A imagem dos erros e da falta de simetria se repetirão de tal forma que algo descomunalmente caustico nascerá no ímpeto de um libriano, e, assim, a invariável pergunta por que eu não arrumei aquilo?! ecoar-se-á até surgir outra imperfeição.
Librianos não suportam imperfeições e isso nada mais é que causa direta e reta da tranqüilidade, uma vez que pressa para realizações de tarefas não é algo que está imposto em seu cotidiano. O tempo decorrido no espaço é visto como espaço para realização, podendo usufruir de qualquer quantidade daquele para ter-se um trabalho belamente feito, dentro das necessidades.
Por tanto, um libriano está longe de ser apenas um signo que emana equilíbrio e justiça. Mas sim um signo capaz de instigar ironicamente a atenção alheia, mesmo que seus traços serenos, sorrisos sinceros ou a toas, seus gestos precisos e sua fala mansa levem os olhares furtivos (ou não) a um pequeno e ledo engano.
O cinismo, além de uma das correntes filosóficas nascidas da antiga Grécia, é, de certa forma, uma arte exercida por poucos e ainda assim muitos. Todavia, apenas alguns são capazes de utilizá-la de forma natural e medonha, camuflando-a inconscientemente e exercendo uma força atrativa, e transformá-la em detalhe ínfimo diante de uma personalidade muito mais interessante que aquela descrita no começo do texto.
Librianos são duas balanças em perfeito estado harmônico e, ainda, em perfeito estado de contraposições. Enquanto uma sempre puder subir, a outra necessariamente terá de descer. É fato - mesmo que tudo tenda ao equilíbrio.
Obs: A autora não acredita em tal interferência. Apenas constou alguns fatos curiosos.
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