Vê-la era estranho. O renascer de sua alma, o renascer de um sonho. Impuro e totalmente incoerente. Por isso era um sonho, certo? Por isso que poderia mantê-lo junto de si. Por isso que o manteve - mas ele se dispersou. Sumiu junto com ela, sumiu junto com uma anatomia.
Era apenas estranho tê-la por perto de novo.
Voar. Podia voar agora, podia sentir as núvens e degustar o ar. Sair do chão sem preocupações, sem grandes emoções - ela não deixava. Consumia todas para si, tornando-se completa consigo mesma, tornando-se um sonho para ele. Um amor além daqueles que os dois já sentiram, um amor puro e sem palavras. Tão incorreto quanto deveria. Tão sujo quanto não o era.
Amá-la era a constante matelada de pregos em seus próprios dedos. Mas não se importava.
Albus sempre amaria Dominique - porque só ele entendia sua essência.
28 de jun. de 2008
Disponíveis
Datilografado por Noah Black às 18:15 2 Cereja(s)
Localizado em: Arlequin e Colombina
25 de jun. de 2008
Muito tarde
Era de madrugada. Muito tarde para sua porta abrir sorrateira e um expectro negro adentrar em puro silêncio. Mais tarde ainda para a aresta de seu colchão afundar alguns centímetros e sua espuma perder tamanho a cada avanço de um corpo. A coberta ganhando volume do outro lado. O outro lado aproximando-se de si, sem sons, sem cores.
Eles não tinham cores; eram apenas pretos no escuro, na luz... mas ela possuia um tom a mais. Um tom de azul.
O calor encostou sobre sua pele não muito mais seca e repuxada nas costelas, e seu coração ganhou um esquecido apaziguamento. No entanto, ainda lhe era estranho aquele cheiro, aqueles cabelos e aquele leve respirar perto de seu braço, mas não hesitou ao acolher o expectro ainda mais perto de si quando esticou o braço.
Ela aceitou a proximação - e era de madrugada.
- Durma, Noah. - Sussurrou mais para si do que para seu expectro noturno.
Era só uma questão de tempo para se acostumar. Para perdoar.
Datilografado por Noah Black às 18:57 1 Cereja(s)
15 de jun. de 2008
Prooops
Andei passeando pelo ff.net e vi que Teddy e Dominique (para mim Dominique e Teddy) ganharam alguns adeptos. No entanto, o mais impressionante eh que todas as Dominiques idealizadas possuem tres coisas em comum: rebeldia, odio de Victoire e amor platonico pelo Teddy.
Poderia ser mais cliche? Na verdade nao.
Por isso, senhor leitor, se voce esta cansado de cliches, realmente sugiro ler as minhas fics sobre Dominique Weasley. A verdadeira Dominique Weasley. Longe de cliches, longe de sentimentos tao adolescentes. Apenas uma Dominique que intriga um tantinho pelo seu jeito doce e alheio de ser.
Nao leia cliches, leia Noah Black.
(teclado desconfigurado, ou seja, sem acentos e afins).
Propaganda eh a alma do negocio.
Datilografado por Noah Black às 18:22 3 Cereja(s)
A Outra Era Lua.
Uma era o Sol.
Teddy nao tirava de Victoire esse posto: sua namorada era puro Sol. Brilhava por um dia inteiro e, quando nao brilhava de um lado, brilhava do outro. Sempre onipresente.
E isso nao se atribuia ao fisico da Weasley. Seus cabelos louros e brilhantes em pouco ajudavam nessa concepcao e sua aurea veela herdada em nada atrapalava. Victoire era Sol porque assim o Sol quis ser chamado.
E a outra...
Mas havia Dominique. E ela era Lua. Sua presenca sempre seria lembrada pelos apaixonados, pelos suicidas, pelos poetas, escritores, cantores, compositores, loucos, estranhos e sonhadores. Porque a lua era fonte da inspiracao de todos, desejo de ambicao.
Dominique era Lua porque nao precisava estar no ceu todos as noites. Em algumas fazia-se cheia e completa, em outras, sumia, mas ninguem esquecia.
Ninguem pode esquecer a lua.
A Outra Era Lua.
Dominique era Lua por a Lua quis ser chamada de Dominique.
Datilografado por Noah Black às 13:52 1 Cereja(s)
10 de jun. de 2008
Verdades de um Alguem
Quando as folhas caem no outuno, sabes o que eu imagino? Eu te imagino. E tu sabes como isso é doloroso, ver-te apenas em lembranças borradas pela tua indiferença e pela minha estratégica necessidade de ter-te por perto? Na verdade, é confortante no final.Desculpe a quebra de expectativa, mas a verdade nem sempre é racional. Achei, depois desse tempo todo, uma maneira segura de encontrar-te sem me perfurar com indecentes dentes rasgantes de flor de pele.Sei que estás a corroer-te por dentro para entender o porquê de folhas outunais e vou dizer-te. Não há motivos para esconder isso de ti. Tu mereces tal conhecimento, quem sabe assim não sintas metade da pressão que eu me impus?Folhas de outuno são secas e sem vida. Amarelas e laranjas. E caem... sempre... e não voltam para a árvore. Uma metáfora interessante, hã? Tu, uma folha, e eu uma árvore. Ou eu todas as folhas, e ti sempre a árvore...E isso é um conforto para mim. Tu nunca estiveste ao meu lado por tua parte de fato; era eu quem tinha de buscar-te, quem tinha de estar por perto para tu sentires a minha presença. E, Deus!, como a tua presença física era-me esfatiosa e ao mesmo tempo enervante. Doía assim como agradava.Tu costumavas a ser um paradoxo para mim. Uma verdadeira personificação da dialética; tua tese e tua antítese. Ser e não-ser, sendo e não sendo, nunca podendo. Porém, tu nunca - nunca - se contradisseste em seus atos.Eu era o errado ali, certo? Não era para tu estares ao meu lado. Eu te obrigava a isso. Eu impunha. Mas eu necessitava, lembras-te? Era algo que a minha alma clamava aos berros dentro de minha cabeça, consumindo-me em qualquer ponto de vista e atenção que eu pudesse dedicar a outra coisa. Não que tu sejas algo, pois foste a parte mais humana que tive em mim, mas, mesmo assim...Quando as folhas caem no outono, imagino-te - e é a fantasia mais anuveada concretizada que não me doe.
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isso pode ser de alguem para alguem, e, sinceramente, totalmente vinculado com Teddy e Dominique.
Datilografado por Noah Black às 19:03 1 Cereja(s)
6 de jun. de 2008
Único Fio.
Os traços.
O que um tinha, o outro possuia. O que um não tinha, o outro também não queria. Não havia necessidade - eram um enquanto pudessem ser dois. Existia certa harmonia em suas desavenças, um fio invisível que eles juravam ser indestrutível.
Mas não o fora.
Sirius via em Regulus a oportunidade de implantar em alguém sua semente da confiança - e entender o que afinal significava o que a mãe tanto queria dizer com ele é seu irmão, Sirius. Talvez até soubesse, mas era-lhe mais viável ter certeza que era aquilo. Afinal, o menor o olhava debaixo e com os olhos arregalados e a surpresa nos lábios.
Eles eram complemento. Eram os traços um do outro, o outro do um. Grande e pequeno, juntos, orgulhando-se e sorrindo-se.
Um para o outro.
Mas o fio não foi indestritível - a partiu-se quando todo o cristal tradicional espatifou em suas concepções.
Todo o brilho dos olhos do pequeno Regulus comprimiu-se na culpa. A culpa de ter entendido o irmão. A culpa de não poder preencher o lugar de Sirius e tentar fazer corretor os atos dele.
Regulus tentou ser Sirius para si mesmo.
Datilografado por Noah Black às 19:46 0 Cereja(s)
Localizado em: divagação
4 de jun. de 2008
a volta de quem nunca foi.
O que poderia acontecer quando a prima desconjurada e corrompida volta do inferno para aquela casa que você conseguiu desenvolver um ódio mais profundo que o ódio por Voldemort? E o que exatamente aconteceria se aquela sua prima insana e fanática pela imagem escarnecida do Lorde das Trevas se sentisse ameaçada?
E o que poderia então acontecer com você ao se deparar com os olhos mais azuis que você já viu na vida - e então se lembrar que toda a culpa de seu melhor amigo não estar vivo são deles?
Como você reagiria se descobrisse que a única pessoa que o fez sentir um amor tão puro e longe de concepções sensuais, mas que foi comprimido até se extingüir dentro de você, voltasse a fazê-lo pulsar violentamente em sua alma e aquele extinguido desejo de protegê-la simplesmente renascesse?
E, por último, como você se comportaria quando a visse adentrar em seu quarto ao meio da madrugada procurando pela mesma barreira protetora que você fornecia quando ela era criança?
A casa ainda possuia a mesma fragância pútrida que todos os seres que viveram ali possuíam incubidos em suas essências. Ele queria excluir-se dessa condição, mas "Black não possuem outras linhas em outro espaços. Apenas a mesma linha torta".
- Sirius.
- Noah.
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Hoje estive a pensar nela e em Sirius. Ela poderia voltar... ser poscrita e, quem sabe, voltar a ser como era antes de se envolver com os problemas da irmã.
Para quem tiver interesse de entender:
Uma Outra Menininha - Parte I
Uma Outra Menininha - Parte II
Uma Outra Menininha - A Transição de um Ser
Uma Outra Menininha - O Final.
Datilografado por Noah Black às 14:22 1 Cereja(s)
Localizado em: divagação