28 de jun. de 2008

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Vê-la era estranho. O renascer de sua alma, o renascer de um sonho. Impuro e totalmente incoerente. Por isso era um sonho, certo? Por isso que poderia mantê-lo junto de si. Por isso que o manteve - mas ele se dispersou. Sumiu junto com ela, sumiu junto com uma anatomia.
Era apenas estranho tê-la por perto de novo.
Voar. Podia voar agora, podia sentir as núvens e degustar o ar. Sair do chão sem preocupações, sem grandes emoções - ela não deixava. Consumia todas para si, tornando-se completa consigo mesma, tornando-se um sonho para ele. Um amor além daqueles que os dois já sentiram, um amor puro e sem palavras. Tão incorreto quanto deveria. Tão sujo quanto não o era.
Amá-la era a constante matelada de pregos em seus próprios dedos. Mas não se importava.
Albus sempre amaria Dominique - porque só ele entendia sua essência.

2 comentários:

Morgana Onirica disse...

*___*
amor... será que era mesmo este o sentimento que albus tinha por dominique? vejo mais como uma cumplicidade singular, como uma necessidade de entendimento.
=)

=**

Penny disse...

Sabe, eu queria MUITO escrever como você. Suas descrições da Dominique me deixam de boca aberta (ou será o meu nariz entupido?).
Não, acho que são seus textos mesmo.