Na verdade, Dominique era apenas dois anos mais velha que James - e capitã do time de quadribol que ele participava como batedor. E James tinha quinze anos quando se deparou com a certeza de que a garota cujos cabelos eram louros que ele estava no momento não era foco do desvio de sua atenção - e ficou confuso quando percebeu que gostava mais da displicência dos fios louros e acajus que a prima exibia sem muito se importar pelos corredores da escola.
Porém, isso tudo em nada era comparado quando os dois sentavam juntos diante da lareira da sala comunal da Grifinória, para que ela o ajudasse em alguma tarefa ou que explicasse alguma coisa que não entendia de determinadas matérias. Muitas vezes, após feito o que fosse que ele pedia a ela, Dominique permitia que James deitasse em seu colo e, enquanto conversavam sobre coisas sem importância e totalmente inúteis, como as cores favoritas do Teddy, ela mexia em seus cabelos, enrolando-se, levemente, no indicador.
Em raros momentos, ele adormecia ali.
James era um pato de quinze anos, pois Teddy o chamava assim. Para ele, aliás, todos eram patos em suas atuais idades - menos Victoire e Dominique. E, apesar das primas mais velhas acatarem isso normalmente, James não se importava quando Dominique afundava seus dedos entre os fios da cabeça dele, sorrindo e declarando que Teddy estava correto. Até mesmo porque James era maior que ela e gostava de perceber que a prima tinha de elevar os pés para fazer isso.
No entanto, James achava extremamente curioso o fato de Dominique ser apenas cordeal com Al ou Lily - mesmo que a miúda fosse sua pata do primeiro ano protegida e o irmão uma companhia constante nos finais de semana pela manhã. Mas isso não incomodava o primogêntio dos Potter, pois era com ele que ela passava as madrugadas de sábado para domingo, fazendo cafuné, sorrindo e contando fatos que ouvira pelo castelo.
James até acreditava que apreciava mais a presença da prima que a da própria namorada. Aliás, Dominique tinha um namorado - ou um cacho, ou alguém que gostava muito dela e se sucumbia as vontades da loura enferrujada - e ele era irmão mais novo do melhor amigo de Teddy: Liam Jordan. Eles não eram alvo dos olhos do Potter quando juntos em Hogsmead, e quando se beijavam, e quando sumiam e quando se abraçavam, sorriam e se beijavam. Mas isso não era uma rotina, porque Dominique era alguém que só combinava com desapego.
E ele sabia que ela era apegada a ele.
Uma vez, James passou a noite com um grupo do sétimo ano. Muitos deles haviam surrupiado algumas garrafas de firewisky de Hogsmead e estas estavam expostas na roda enquanto uma girava no centro. E a boca da garrafa parou na direção de Dominique, sentada do outro lado da roda, longe dele, e o fundo para uma colega de turma dela. Em uma escolha entre verdade e desafio, Dominique escolheu desafio e, então, ela foi desafiada.
Levantou-se sem ajuda e caminhou na direção do primo enquanto as pessoas presentes assobiavam e davam risadas - não por escárnio ou zombaria, apenas pelo efeito etílico em demasia no sangue. Mas Dominique não estava bêbada; ela nunca bebia por saber que seria a sucessora de Ginevra Weasley do time Holyhead Harpias. Ao ver as mãos da prima estendidas, James não conseguia assimiliar o que estava acontecendo, e Dominique o ajudou a ficar de pé. Ele podia sentir a respiração tranqüila dela sobre o seu rosto, os olhos azuis cianos percorrendo, devagar, de seus olhos castanhos até sua boca, em um sorriso apaziguador e que ao mesmo tempo o fazia ficar mais nervoso surgir nos lábios que notara serem de cor de cereja.
Não era seu primeiro beijo - e estava longe do real primeiro -, mas era exatamente assim que James se sentiu ao ter o gosto da prima dentro de sua boca, encostando e estimulando seus movimentos por um período interminável. Quando seus lábios se descolaram, Dominique umedeceu o lábio inferior com o superior e engoliu em seguida, levantando o olhar para visualizá-lo e finalizando tudo aquilo com um selo sobre seus lábios, pressionado-so levemente. E James sentia que seu coração pulsava no corpo todo.
As coisas mudaram um pouco depois daquela noite. Potter já não conseguia mais deitar no colo dela e nem evitar de sentir a respiração corroer as vias respiartórias quando Nic achava plausível a companhia de Liam. James tinha certeza que nunca voltaria a ser o mesmo com ela até a noite em que ele pousou a cabeça nas pernas dela e inclinou-se para beijá-la de novo.
E de novo. E de novo... E de novo.
Em seu sexto ano, James já não sabia mais ficar sem a companhia constante de Dominique e, no natal daquele ano, Teddy casar-se-ia com Victoire. E no natal daquele ano, James viu Teddy pressionar Dominique contra a parede - com as pernas dela transpaçadas ao redor de seu quadril e as mãos dele adentrarem pela saia do vestido.
19 de mar. de 2008
Elariá-lariê-lari...
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Um comentário:
*samanta dança bizarramente na frente do pc*
=x
olha (imagine, neste caso) o que vc fez comigo!!!! nossa, bruna! é incrível como eu só consigo ler alguma coisa envolvendo o james neto quando vc escreve!
ameeei este trechinho, e não vejo a hora dele virar uma fic completa. e vc não vai ser má ao ponto de deixar apenas no seu blog.
porque o beijo entre a nic e o james é tão... proibido!
xD
totalmente sem escrúpulos (no melhor estilo família black!), sem pudor, mas mesmo assim tão compreensível... é como se fosse natural não haver mocinhos e vilões, e sim seres humanos. que têm problemas, medos, desejos.
acho que qualquer fic que envolva dominique será assim, não é?
fico muito feliz com esta sua onda de dominiquices...
=**
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