Vê-la era estranho. O renascer de sua alma, o renascer de um sonho. Impuro e totalmente incoerente. Por isso era um sonho, certo? Por isso que poderia mantê-lo junto de si. Por isso que o manteve - mas ele se dispersou. Sumiu junto com ela, sumiu junto com uma anatomia.
Era apenas estranho tê-la por perto de novo.
Voar. Podia voar agora, podia sentir as núvens e degustar o ar. Sair do chão sem preocupações, sem grandes emoções - ela não deixava. Consumia todas para si, tornando-se completa consigo mesma, tornando-se um sonho para ele. Um amor além daqueles que os dois já sentiram, um amor puro e sem palavras. Tão incorreto quanto deveria. Tão sujo quanto não o era.
Amá-la era a constante matelada de pregos em seus próprios dedos. Mas não se importava.
Albus sempre amaria Dominique - porque só ele entendia sua essência.
28 de jun. de 2008
Disponíveis
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Noah Black
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18:15
2
Cereja(s)
Localizado em: Arlequin e Colombina
25 de jun. de 2008
Muito tarde
Era de madrugada. Muito tarde para sua porta abrir sorrateira e um expectro negro adentrar em puro silêncio. Mais tarde ainda para a aresta de seu colchão afundar alguns centímetros e sua espuma perder tamanho a cada avanço de um corpo. A coberta ganhando volume do outro lado. O outro lado aproximando-se de si, sem sons, sem cores.
Eles não tinham cores; eram apenas pretos no escuro, na luz... mas ela possuia um tom a mais. Um tom de azul.
O calor encostou sobre sua pele não muito mais seca e repuxada nas costelas, e seu coração ganhou um esquecido apaziguamento. No entanto, ainda lhe era estranho aquele cheiro, aqueles cabelos e aquele leve respirar perto de seu braço, mas não hesitou ao acolher o expectro ainda mais perto de si quando esticou o braço.
Ela aceitou a proximação - e era de madrugada.
- Durma, Noah. - Sussurrou mais para si do que para seu expectro noturno.
Era só uma questão de tempo para se acostumar. Para perdoar.
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Noah Black
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18:57
1 Cereja(s)
15 de jun. de 2008
Prooops
Andei passeando pelo ff.net e vi que Teddy e Dominique (para mim Dominique e Teddy) ganharam alguns adeptos. No entanto, o mais impressionante eh que todas as Dominiques idealizadas possuem tres coisas em comum: rebeldia, odio de Victoire e amor platonico pelo Teddy.
Poderia ser mais cliche? Na verdade nao.
Por isso, senhor leitor, se voce esta cansado de cliches, realmente sugiro ler as minhas fics sobre Dominique Weasley. A verdadeira Dominique Weasley. Longe de cliches, longe de sentimentos tao adolescentes. Apenas uma Dominique que intriga um tantinho pelo seu jeito doce e alheio de ser.
Nao leia cliches, leia Noah Black.
(teclado desconfigurado, ou seja, sem acentos e afins).
Propaganda eh a alma do negocio.
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Noah Black
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18:22
3
Cereja(s)
A Outra Era Lua.
Uma era o Sol.
Teddy nao tirava de Victoire esse posto: sua namorada era puro Sol. Brilhava por um dia inteiro e, quando nao brilhava de um lado, brilhava do outro. Sempre onipresente.
E isso nao se atribuia ao fisico da Weasley. Seus cabelos louros e brilhantes em pouco ajudavam nessa concepcao e sua aurea veela herdada em nada atrapalava. Victoire era Sol porque assim o Sol quis ser chamado.
E a outra...
Mas havia Dominique. E ela era Lua. Sua presenca sempre seria lembrada pelos apaixonados, pelos suicidas, pelos poetas, escritores, cantores, compositores, loucos, estranhos e sonhadores. Porque a lua era fonte da inspiracao de todos, desejo de ambicao.
Dominique era Lua porque nao precisava estar no ceu todos as noites. Em algumas fazia-se cheia e completa, em outras, sumia, mas ninguem esquecia.
Ninguem pode esquecer a lua.
A Outra Era Lua.
Dominique era Lua por a Lua quis ser chamada de Dominique.
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Noah Black
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13:52
1 Cereja(s)
10 de jun. de 2008
Verdades de um Alguem
Quando as folhas caem no outuno, sabes o que eu imagino? Eu te imagino. E tu sabes como isso é doloroso, ver-te apenas em lembranças borradas pela tua indiferença e pela minha estratégica necessidade de ter-te por perto? Na verdade, é confortante no final.Desculpe a quebra de expectativa, mas a verdade nem sempre é racional. Achei, depois desse tempo todo, uma maneira segura de encontrar-te sem me perfurar com indecentes dentes rasgantes de flor de pele.Sei que estás a corroer-te por dentro para entender o porquê de folhas outunais e vou dizer-te. Não há motivos para esconder isso de ti. Tu mereces tal conhecimento, quem sabe assim não sintas metade da pressão que eu me impus?Folhas de outuno são secas e sem vida. Amarelas e laranjas. E caem... sempre... e não voltam para a árvore. Uma metáfora interessante, hã? Tu, uma folha, e eu uma árvore. Ou eu todas as folhas, e ti sempre a árvore...E isso é um conforto para mim. Tu nunca estiveste ao meu lado por tua parte de fato; era eu quem tinha de buscar-te, quem tinha de estar por perto para tu sentires a minha presença. E, Deus!, como a tua presença física era-me esfatiosa e ao mesmo tempo enervante. Doía assim como agradava.Tu costumavas a ser um paradoxo para mim. Uma verdadeira personificação da dialética; tua tese e tua antítese. Ser e não-ser, sendo e não sendo, nunca podendo. Porém, tu nunca - nunca - se contradisseste em seus atos.Eu era o errado ali, certo? Não era para tu estares ao meu lado. Eu te obrigava a isso. Eu impunha. Mas eu necessitava, lembras-te? Era algo que a minha alma clamava aos berros dentro de minha cabeça, consumindo-me em qualquer ponto de vista e atenção que eu pudesse dedicar a outra coisa. Não que tu sejas algo, pois foste a parte mais humana que tive em mim, mas, mesmo assim...Quando as folhas caem no outono, imagino-te - e é a fantasia mais anuveada concretizada que não me doe.
_______________________
isso pode ser de alguem para alguem, e, sinceramente, totalmente vinculado com Teddy e Dominique.
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Noah Black
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19:03
1 Cereja(s)
6 de jun. de 2008
Único Fio.
Os traços.
O que um tinha, o outro possuia. O que um não tinha, o outro também não queria. Não havia necessidade - eram um enquanto pudessem ser dois. Existia certa harmonia em suas desavenças, um fio invisível que eles juravam ser indestrutível.
Mas não o fora.
Sirius via em Regulus a oportunidade de implantar em alguém sua semente da confiança - e entender o que afinal significava o que a mãe tanto queria dizer com ele é seu irmão, Sirius. Talvez até soubesse, mas era-lhe mais viável ter certeza que era aquilo. Afinal, o menor o olhava debaixo e com os olhos arregalados e a surpresa nos lábios.
Eles eram complemento. Eram os traços um do outro, o outro do um. Grande e pequeno, juntos, orgulhando-se e sorrindo-se.
Um para o outro.
Mas o fio não foi indestritível - a partiu-se quando todo o cristal tradicional espatifou em suas concepções.
Todo o brilho dos olhos do pequeno Regulus comprimiu-se na culpa. A culpa de ter entendido o irmão. A culpa de não poder preencher o lugar de Sirius e tentar fazer corretor os atos dele.
Regulus tentou ser Sirius para si mesmo.
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Noah Black
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19:46
0
Cereja(s)
Localizado em: divagação
4 de jun. de 2008
a volta de quem nunca foi.
O que poderia acontecer quando a prima desconjurada e corrompida volta do inferno para aquela casa que você conseguiu desenvolver um ódio mais profundo que o ódio por Voldemort? E o que exatamente aconteceria se aquela sua prima insana e fanática pela imagem escarnecida do Lorde das Trevas se sentisse ameaçada?
E o que poderia então acontecer com você ao se deparar com os olhos mais azuis que você já viu na vida - e então se lembrar que toda a culpa de seu melhor amigo não estar vivo são deles?
Como você reagiria se descobrisse que a única pessoa que o fez sentir um amor tão puro e longe de concepções sensuais, mas que foi comprimido até se extingüir dentro de você, voltasse a fazê-lo pulsar violentamente em sua alma e aquele extinguido desejo de protegê-la simplesmente renascesse?
E, por último, como você se comportaria quando a visse adentrar em seu quarto ao meio da madrugada procurando pela mesma barreira protetora que você fornecia quando ela era criança?
A casa ainda possuia a mesma fragância pútrida que todos os seres que viveram ali possuíam incubidos em suas essências. Ele queria excluir-se dessa condição, mas "Black não possuem outras linhas em outro espaços. Apenas a mesma linha torta".
- Sirius.
- Noah.
___________________________________
Hoje estive a pensar nela e em Sirius. Ela poderia voltar... ser poscrita e, quem sabe, voltar a ser como era antes de se envolver com os problemas da irmã.
Para quem tiver interesse de entender:
Uma Outra Menininha - Parte I
Uma Outra Menininha - Parte II
Uma Outra Menininha - A Transição de um Ser
Uma Outra Menininha - O Final.
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Noah Black
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14:22
1 Cereja(s)
Localizado em: divagação
25 de mai. de 2008
- Eu sei que você deve estar repleto de perguntas agora, Black, mas eu vou expor as condições primeiro, ok?
- Quem é você?!!!
- Não fique deseperado. Primeiro, você vai agir como eu mandar e quando eu mandar. Você não vai sair correndo por aí, não vai usar magia e tão menos dar na louca de me contrariar, ok?
- Eu obedecer a uma mulher?! Rá! Eu nem fiz isso com a minha própria mãe.
- Bem, isso explica muitas coisas...
- E quem você é?
- Meu nome não importa e será a última coisa que você vai descobrir. O negócio é o seguinte: tem gente que quer te ver morto e outras que querem você vivo. Em outras palavras, a sua família te quer morto e seus amigos vivos. Então, faça com que o dinheiro deles valham a pena, ok?
- Dinheiro de quem?!
- Isso não importa. Tanto de um lado ou de outro, você fará jus a quantia.
- Que porra é essa que eu não estou entendo?
- É simples. Sua mãe me pagou para te matar. Foi uma quantia boa, confesso, mas os seus amigos triplicaram os valores para te manter vivo e longe dos outros que estão atrás de você. Então, vou logo dizendo que se você não me obedecer, quem sai perdendo é você. E não pense que é perdendo glamour ou algo parecido ou não com isso. Quando eu digo perdendo, me refiro a sua vida. Se eu te deixo vivo, eu ganho dinheiro. Se te deixo morto, eu também ganho. Então, eu não tenho preferencias... é com você.
- E por acaso parece que eu tenho?!
______________________________________
ah!!! deixa eu escrever UA com o Sirius e PO, vai?!
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19:36
1 Cereja(s)
Localizado em: incompleto
19 de mai. de 2008
Dominique olha. Bill abaixa a cabeça. Victoire lhe desdenha. Teddy se contem. Fleur se aproxima.
Não há amor, meus caros amigos, não há sentimentos. Isenção é privilégio e vocês não entendem.
Bill sabe da verdade. Fleur também - antes dele, aliás. Ela é sua filha - as duas são. E sempre soube que os olhos dele sempre pendiam para a filha do meio, e não para a princesa primogênita.
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09:20
1 Cereja(s)
17 de mai. de 2008
Descrição.
A insensatez faz de Teddy um louco por Dominique. Mas nada - absolutamente nada - faz dela uma complacente deste sentimento.
A incompreensão faz de Victoire um ser incapacitado para entender Dominique. E a falta de conhecimento faz dela alguém sempre cego para ver de fato o seu namorado.
A identificação faz de Charlie um eterno adorador da personalidade de Dominique. E ele acha que ela não entende o por quê de não poder chamá-lo de pai.
O sentimento de estar completo faz de James um eterno amante do descaso de Dominique - mesmo que ela não faça absolutamente nada para ele se sentir assim.
A curiosidade faz de Albus um observador da natureza de Dominique. Ele não se ilude em nenhum momento quando todos ficam boquiabertos com as atitudes da garota.
O arrependimento faz de Bill um pai. Mas ele não se sente um pai da parte de Dominique.
A preferência faz de Harry um tio cego. E ele não se espanta de fato quando as notícias chegam.
E como se descreve Fleur neste contexto louco em que tudo parece girar em torno de Dominique? Ela é mãe, e é o amor que faz dela uma mãe.
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Noah Black
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18:47
1 Cereja(s)
16 de mai. de 2008
Apenas um dia
As mãos encobertas pelas mangas compridas da blusa. Mas ela não sentia frio; ela não podia sentí-lo.
"Não vai me dizer nada?"
Ela procurou no bolso da calça o maço de cigarro sabor morango e, antes de acendê-lo, deixou-o suspenso nos lábios incrivelmente vermelhos e virou o rosto.
"O maníaco aqui é você". E sorriu, em escárnio. Acendeu o cigarro e baforou na cara dele. "Eu o deixei vivo e agora vive atrás de mim para saber por que não o matei. Seres humanos costumam ajoelharem-se em qualquer canto e agradecer a alguém supremo".
Algo travou na garganta dele, mas iria dizer mesmo que aquilo o corroesse.
"Talvez eu não seja um ser humano..."
A gargalhada maquiavélica que ela propagou ardeu os ouvidos dele, mas logo houve silêncio. Os olhos estavam cintilantes, em perfeito cianite, e isso era um bom sinal - de certa forma.
"Você acha que não é e quer que eu o mate para provar isso".
Ela levanto-se, tragou uma última vez e estendeu o cigarro na direção do rapaz. Remus receou, sempre condenara Sirius pelo mesmo vício, e agora o cigarro lhe era tentador. Mas ela não esperou a boa-vontade dele, e acabou por jogar o toco entre seus pés.
"Quando tiver certeza, me procure de novo".
Remus não queria, mas seus olhos o traíram. Ele teve de assistí-la ir embora, movendo seu corpo como se fosse uma bailarina à mercê da sargeta e seus cabelos descendo, volumosos, pela sua espinhal em claríssimo louro - havendo, apenas, pontas ruivas.
Estranho, Remus sempre achara que vampiros possuíam cabelos escuros.
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Noah Black
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09:51
1 Cereja(s)
Localizado em: estória
14 de mai. de 2008
Uma promessa para mim
Sempre existirá um lobo entre os cordeiros.
Ela só não sabia qual era. E Remus queria ser apenas mais um cordeiro.
"Isso é errado".
"Por quê?"
"Você é lobisomem".
"Achei que você não cria nessa rivalidade entre lobos e morcegos".
"É... mas você ainda possue alma".
Um dia eu juro que te escrevo, Lilith.
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Noah Black
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16:16
0
Cereja(s)
Localizado em: incompleto
4 de mai. de 2008
o olhos dela
Dois pontos. Dois azuis.
"Não, papai, eles não eram azuis!"
"Dá licença que sou eu quem conta essa história?"
"Então conta certo, oras".
"A senhorita só tem quatro anos e não pode reclamar de como conto a estória".
"É HIStória, papai".
"Quê?"
"É história, com h no começo. É de verdade, não é?"
"Sim".
Eram dois pontos de azuis e verdes, misturando-se constantemente e sem deixar qualquer cor nítida.
"E eles tinham ternura".
"Filha, se você continuar atrapalhando o papai, eu não vou conseguir terminar a história".
"Desculpe e prossiga".
Duas pedras de aquamarim que se iluminavam sozinha em uma freqüência diferente de qualquer coisa que possuísse freqüência. Eles eram singulares e pertenciam a ela.
E quando esse tom de ciano se prendia em alguma coisa, não dava para saber se ela realmente olhava aquilo ou se só estava passeando os olhos pelos detalhes, sem ver.
"Como assim, papai?"
"É... bem, não dava para saber se ela enxergava as coisas porque queria ou se só fazia isso porque tinha olhos. Entendeu?"
"Não".
"Bem, então risque essa parte, ok?"
"Não!!! Ficou bonito. Deixa".
Os olhos dela possuíam energia e isso era inalienado. Quando se olhava para eles, diretamente, era possível sentí-la, vê-la ali dentro dos dois orbes, mas nunca, em hipótese alguma, sentí-la dentro de si, como uma ponta de ligações.
Não havia nada que ligasse eles e o mundo.
"Pára, papai!!!! A história não é assim!"
"Sim, filha, ela é assim".
"Não é!!!" Um choro. "Ela era bonita e inteligente, papai!!!!"
Mas eram tão bonitos...
"Cade a minha mamãe, papai?" Os olhos do rapaz tremem.
"Sua mamãe está em cima".
"Não, papai... a minha mamãe... de verdade".
"Cecillie, sua mamãe é a sua mamãe de verdade".
"Papai, nem você e nem a mamãe têm olhos dessa cor". Aponta para os próprios olhos.
"Tem sim, ó!" Teddy muda a cor dos olhos e a menina ri.
Ela se dá por satisfeita e aceita ser carregada pelo pai, para dormir - mesmo que ache extremamente cedo. Teddy a leva até o quarto e, ao pô-la debaixo das cobertas, pergunta se pode apagar a luz.
"Deixa a luz do abajur acesa, papai?" Ele sorri. Claro que deixa. Beija a testa da filha e sai do quarto após apagar a luz.
Cecillie espera o pai descer o primeiro ramo de escadas. Descobre-se e vai até a estante de fotografias do corredor. Segura firme entre as mãozinhas um porta-retrato cor de ébano e desliza os dedinhos sobre a foto.
"Boa noite, mamãe". E beija o vidro que está sobre a foto.
"Pensei que seu pai havia posto você para dormir". Cecillie vira para a porta do fim do corredor e depara-se com a imagem sonolenta de Victoire.
"Eu só queria dar um beijo de boa noite na minha madrinha, mamãe".
Victoire caminha até a filha e, ao mesmo tempo que segura a filha no colo, firma o porta-retrato na mão. Leva a menor para o quarto, deseja-lhe boa noite e fecha a porta ao sair. Olha o porta-retrato e o formigamento em suas entranhas volta.
Não, agora não tinha com o que se preocupar. Dominique estava morta.
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14:59
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1 de mai. de 2008
Engajos
Foram exatos 5 minutos. Ele sabia, havia contado.
Foram longos cinco minutos de espera para os lábios dela abrirem-se e sua garganta permitir que o som resultado de um impulso estranho dentro de seu ser fosse propagado.
- Sim, Harry! Sim! Sim, sim, sim, sim!!!
Ela saltou no pescoço dele e este sentiu seu coração voltar a bater. Ginny o beijava pelo rosto, sorridente, e seu rosto estava mais avermelhado. Por que achara que ela diria não?
Porque ele ficaria muito bravo se aquilo fosse real.
Mas Harry não podia mais tê-lo para si. Draco Malfoy preferira os dias de um Malfoy aos dias de um Draco junto de Harry.
Que fosse feliz com Ginny Weasley então.
________________
Drarry, caros amigos!
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Noah Black
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14:04
2
Cereja(s)
Localizado em: estória
27 de abr. de 2008
Plot.
O inesperado.
- Eu não se você entendeu, Kingsley, mas a minha família sofreu um atentado dentro da minha própria casa! - Berrou Potter ao bater as mãos com força sobre a mesa do ministro, revelando como sua jagular poderia aparentar expessa e grossa em seu pescoço.
- Harry, você, como chefe do departamento de aurores...
- Sinceramente, ministro, eu não estou mais disposto a agir como chefe do departamento. Mês passado minha filha sumiu por cinco horas, meu filho sofreu atentados durante os jogos dentro de Hogwarts e minha mulher tem medo de sair de casa. Se alguém voltar a encostar os dedos na minha família, eu vou agir como o chefe dos aurores.
A solução.
- O que é isso? - Harry olhou o envelope lacrado sobre sua mesa e não quis tocá-lo. O homem alto a sua frente, de ombros largos e vários músculos definidos por debaixo da camiseta preta, apenas respondeu que seu trabalho era entregá-la nas mãos do senhor Potter.
- Isso, Harry, é a sua segurança. - Um homem velho e franzido, segurando um cap debaixo dos braços, adentrou à sala. Seus cabelos já estavam brancos e sua pele enrugada.
Harry pegou o envolepe, rasgando sua borda e retirando a carta.
- Aí está escrito o que você deve fazer para que nós possamos descobrir quem está tentando ferir a sua família.
- Eu devo me mudar...?
- Para o mundo dos trouxas.
Harry encarou o senhor. Estava cheio de dúvidas. Aquilo tudo parecia um plano muito armador para o seu gosto.
- Você será escoltado pelo exército trouxa.
A novo lugar.
- Pai, é muito estranho viver entre os trouxas - reclamou Lily, olhando para o sinto-de-segurança envolta de si.
- É só por alguns dias, querida. - Ginny virou-se para trás e sorriu ao ver seus três filhos sentados, comportados como nunca foram, no banco de trás do carro.
Chegaram até a vila e o genral do exército os esperava.
James olhava a visão perfeita de panfeto publicitário que o local possuía enquanto seu pai conversava com o enorme general. Parecia que todos os caras do exército eram grande - até mesmo os "soldados" aurores - coisa que intrigava um pouco, uma vez que seu pai não possuía todo aquele porte.
Será que ele só lidava com a parte burocrática?
- E quem vai nos escoltar enquanto estivermos aqui? - Pergutou Harry, enfiando as mãos nos bolsos do casaco ao mesmo tempo que Ginny abraçou seu braço.
- O melhor homem que temos a oferecer. Rápido, ágil, esperto e sem medo. Fará de tudo para deixá-los vivos e protegê-los.
- Só um para cinco pessoas?
- Com todo respeito senhor, mas com este, a humanidade seria mantida intacta.
- E por que não é? - O general olhou para baixo e respirou fundo.
- Nosso homem já está chegando.
O melhor homem.
- Senhor! - Um soldado apareceu diante dele, batendo continência para o general.
- Pode falar, soldado.
- Riffler chegou.
Calça preta típica do exército e uma camiseta branca também típica. Cabelos atados em um rabo-de-cavalo.
Às vezes, Harry se esquecia que "homem" no exército trouxa podia designar tanto homem como mulher.
- Soldado Weasely, se apresentando, senhor. - Ela disse, sem bater continência.
Ginny abriu a boca e Harry estreitou os olhos. Lily soltou um berro e Albus ficou totalmente mudo. Mas James sentia o corpo inteiro ferver, numa insana mistura de amor e ódio.
- Dominique?!
O caráter.
- A gente sabe como funciona o esquema com você. E a gente oferece o que eles te pagaram e mais o dobro.
Ela tomou um gole da cervaja e voltou a brincar com o guardanapo de papel sobre a mesa do pub encardido.
- E o que vocês querem em troca?
- A cabeça de Harry Potter - ele aproximou-se dela e sussurrou em seu ouvido, malicioso, - Nic.
- E por que vocês acham que eu aceitaria essa sujeira?
- Você não se importa, não é mesmo?! Nunca se importou. - Ele fez um sinal e cinco malas prateadas foram postas diante do rosto da loura enferrujada. - Abram. - os subordinados encapuzados abriram-nas e montantes foram descobertos diante de Dominique. - Eu só quero te oferecer o que você quer. Vai topar?
- E se eu recusar?
- A gente te apaga aqui.
Nada mudou no batimento cardíaco de Dominique e nem em sua passiva respiração. Suas afeições não ficaram tensas e suas pernas não tremeram.
- Tudo bem.
O passado.
Harry ofereceu uma caneca de chá para a sobrinha, sentando-se ao lado dela no sofá.
- Eu nunca imaginei que você poderia entrar para o exército trouxa depois... depois daquele dia.
Nic riu e sorveu o chá sem se importar com a temperatura elevada do líquido.
- Eu não estou no exército, tio. Eu apenas trabalho para eles quando precisam de mim.
- Ah! E o que você é, então?
- Atirador de aluguel. Eles me pagam para te cobrir.
Harry seria capaz de descrever a sua decpção com as palavras da sobrinha? Não. preferiu beber do chá e se reencostar no sofá.
- Nic, posso te fazer uma--
- Eu o perdi no quarto mês.
A canção da consciência.
Um fantasma sai das sombras e é posto em sua casa.
Um fantasma ressurge das brumas e volta para a ilha.
O fantasma renasce e só sabe atormentar.
Você aceitaria continuar a não se importar por dinheiro, Dominique? Aceitaria? Aceitaria?
E você conseguiria sobreviver depois disso?
A Resposta.
Sim.
______________
É só uma idéia, mas já é melhor do que nada. Veremos.
Datilografado por
Noah Black
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19:50
1 Cereja(s)
Localizado em: estória
26 de abr. de 2008
Tango
Teddy olhou a aliança dourada. Retirou a circinferência de seu dedo e, contra a luz, leu o nome.
Dominique Weasley.
O coração acelerou. O cenho foi franzido e os olhos se estreitaram. Ficou imóvel. A ardência de sua alma voltou depois de tanto tempo, a sensação que ele julgara ter esquecido. A saliva desceu espessa pela garganta e tornou a olhar a aliança.
Não. Não era. Ainda estava com Victoire.
Colocou o anel no dedo e mirou a imagem diante de si.
- Por que voltou? - Não soube por que perguntara, mas o havia feito. Não queria uma resposta. Não queria ter provas de que aquilo era real.
Ela ajeitou os cabelos, trocando a franja de posição e chacoalhando as madeixas longas e espessas sobre as omoplatas expostas pela blusa de alças final. Não era mais uma adolescente, não possuía mais as feições de serenidade, mas não pôde desapegar de sua essência a sua áurea.
- Você me pediu. Lembra?
- Não achei que atenderia a um pedido meu.
- Mas se eu não viesse, você iria se perguntar todos os dias o que aconteceu comigo, atrapalhando seu casamento e importunando a vida de seus familiares. E a culpa seria tribuída a mim, de novo.
- Você se importa com isso, por acaso? - Tentava se mostrar indiferente, como se a presença dela ali não o formigasse.
Ela balançou a cabeça, negando.
- Dar uma explicação que seja verdadeira é muito para alguém como você? - Esfregou as mãos pelo rosto, deslizando-as pelo pescoço e abrindo os dois priemrios botões de sua camisa.
- Não tem motivo. Eu só quis voltar.
- Você quer saber o que acho? - Elevou a voz, mas não o queria ter feito. A presnça dela o pressionava, o tirava do ponto de equilíbrio que aprendera a ter com os anos para suportar ficar perto dela. E estavam sozinhos ali. - Eu acho que você não suportou a idéia de partir carregando um filho meu e, agora, a criança deve pedir tanto para você deixá-la conhecer o pai que cedeu ao pedido. E isso é cruel, Nic, até mesmo para alguém como você--
- Lupin
- NÃO!!! ME DEIXA TERMINAR! Você vem poupando ela de me conhecer, mas você não tem idéia do quão ruim é crescer sem ter um pai por perto, e sabe o por quê? PORQUE VOCÊ ESCOLHEU VIVER LONGE DO SEU E ELA NÃO!!!!!!!
Dominique abaixou a cabeça e Teddy julgou aquilo como sendo um ato subversivo, como se ela se rendesse aos argumentos que acabaram de nascer dentro da cabeça dele. Mas só parecia.
- FALE ALGUMA COISA!
Ela ergueu a cabeça e os olhos nunca lhe foram tão cianos como agora.
- Teddy. - O seu apelido dentro de sua cabeça, propagando-se sucessivas vezes com a voz dela, era sonoro e quente. Era como se voltasse àquela maldita noite em que perdera o controle; à noite que tanto gostava de se lembrar.
Acalmou-se rapidamente e penetrou os mesclado dos olhos de Dominique. Eles estavam em uma estranha sintonia.
- A gente não tem um filho.
Datilografado por
Noah Black
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12:32
1 Cereja(s)
Localizado em: divagação
24 de abr. de 2008
(Essa é para Sam).
O QUE ANTES EU NÃO SENTIA
Dor não era exatamente o que ele esperava sentir quando todos partiram. Dor, até aquele momento, era algo que ele achava que conhecia e que agora percebera que era muito maior do que imaginava.
E aquela dor talvez jamais passaria.
Remus J. Lupin sentia dor. Sentia saudade. Falta. E, agora, sentia-se irredutível. Sem amigos, sem Sirius, sem família.
Olhou mais uma vez o túmulo de James e todas aquelas palavras bonitas que ensaiara se perderam. Nada de obrigado, sentirei sua falta ou descanse em paz.
- Desculpe.
Um vento gelado bateu contra si, mas ele não podia sentir mais nada - sua dor era maior que o externo.
(triste demais, Sam... talvez não seja para você - aliás, parabéns, beta-fisher-reader ^^).
Datilografado por
Noah Black
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12:11
1 Cereja(s)
Localizado em: estória
16 de abr. de 2008
pespicaz al.
As coisas mudaram um pouco desde a partida de Dominique.
Era um James angustiado e explosivo de um lado, um Teddy inquieto, uma Louis perguntando sobre tudo - sem mencionar o Sr. e Sra Weasley que viviam falando na neta desaparecida. Mas ele, mesmo que sentisse falta dela, só conseguia agradecer por aquilo - pela aquela ousadia que todos desconheciam, de certa forma.
Albus não conseguia ver nas escolhas da prima falhas de caráter, como, às vezes, ouvira o Tio Percy acusar. O máximo que pesava em sua cabeça era o fato dela nunca mais ter lhe respondido nenhuma carta. No entanto, isso também era compreensível; afinal, Dominique não era alguém que escrevia cartas.
Quando muito raramente parava para pensar no assunto, não compreendia como uma única pessoa fora capaz de desestreturar toda uma família. Dominique nem era ligada com ninguém, Merlim! Mas Al sabia de alguns segredos, de alguns fatos que os demais desconheciam - pois o filho do meio do grande Harry Potter era, antes de qualquer julgamento, perspicaz.
No Natal do último ano, na noite em que um gnomo invadiu o quarto de suas primas, Nic não estava lá. E, no quarto onde Al e os outros garotos dormiam, Teddy há muito se levantara e não voltara.
Para ser sincero, Al tinha pena de Teddy.
E quem não teria nas ciscunstâncias que o afilhado de seu pai se metera? Noivo de Victoire e completamente apaixonado pela cunhada - e justo esta, que nunca dera sinal de qualquer afeição por quaqluer coisa, inanimada ou não. Mas, pensando bem, talvez fosse aquele contraste que a envolvia que encantara o jovem Lupin - pois isto estava preso na essência dela, ser diferente diante de uma família que só sabia o que era família.
E também tinha o Tio Charlie que, mais do que nunca, passava mais tempo longe de todos. Victoire, às vezes, só para cumprir o seu papel de afilhada, reclamava - porém, Al sabia bem que ele sentia que perdera a sua única filha.
Muitos diziam que Nic era a semelhança de Tio Bill, mas haviam desacordos. Al, por exemplo, achava que ela tinha mais algo muito parecido com o Tio Charlie - até quando era menor, ao perguntar para o seu pai se a prima era mesmo filha de Bill. A situação toda era muito complicada para todos, pois, durante dois anos, Nic morou na Romênia com o Charlie - e ninguém nunca soube o por quê.
Ao retornar para casa, Louis não sabia ao certo se deveria considerá-la como irmã, mas aceitou porque tia Fleur disse a ela que Dominique assim o era - só que o contato das duas não durou muito, pois logo em seguida, Dominique fora para Hogwarts, voltando em raros natais.
Lils, irmã de Al, pediu por um ano para estudar na França, pois acreditava que Nic estava em um intercâmbio - e quando esta foi embora, a ruiva queria fazer o mesmo. Tudo isso simplesmente porque Dominique Weasley era um ícone de diferenciação de sociedade para a miúda.
De todos aqueles que foram traumatizados pela deixa da loura enferrujada, quem mais sofria era James.
O moreno passou por longos dias (semanas, meses) lamentando-se por não ter sido bom o bastante para fazer o que Teddy fazia com ela - e isso estava longe do carnal. Quando afirmou-se que o Lupin realmente era o pai do filho que ela levara consigo, James conseguiu deslocar a mandíbula inferior dele com um soco.
James realmente amava Nic.
Analisando-se um pouco melhor, Albus achava que entendia como sua prima se envolvera com o cunhado.
Teddy também era diferente.
Ele poderia ser o ponto de eterna curiosidade para ela, algo sempre mutável e que se nega. O não-ser constante de si mesmo. E até aí, os dois se completariam, uma vez que ela se atraia pelo novo e ele podia ser sempre novo. Mas a prática nem sempre é linda como a teoria - e Al estava errado em um ponto.
O que atraía Dominique em Teddy não era o diferente, mas o não poder - e isso dissipou-se quando ela pôde tê-lo. Ao ver Nic partir, Al entendeu também que ela sempre sofreria constantes decepções mesmo que não soubesse, que não sentisse, porque o que é novo uma hora fica velho, o que é legal, uma hora chateia - e, principalmente, que tudo sempre vai ceder apara alguma coisa.
Quando ela partiu, disseram que era egoísta, mas Al sabia que isso estava longe do verdadeiro eu real dela. Ninguém nunca entenderia a sua natureza - exceto ele, e talvez o Tio Charlie.
Dominique simplesmente não tinha necessidade de absolutamente nada - nem mesmo dela própria. Seria como se vivesse numa abstração de mundo onde nada é realmente vivo ou existe. Nic viveria sempre de instantes, e esses são o que nunca poderão ser, porque o instante futuro ainda não é e o que agora é já não existe mais, por ser rápido e perene.
E pensar em tudo isso com 13 anos não foi fácil, mas com o tempo, suas idéias amadureceram e apenas se afirmaram - e o sentimento de pena aumentou.
"E onde está o seu filho?"
Ela apenas sorriu e o chamou com um aceno para ver a vista do topo do London Eye.
"Não foi você mesmo quem me disse que as coisas em mim são perenes, Al?"
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Noah Black
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15:03
1 Cereja(s)
13 de abr. de 2008
Lilith.
Mas o nome dela era Roxane.
Só isso.
Roxane.
Eu a encontrei numa noite, no subúrbio, e ela me beijou.
Sem perguntar quem eu era.
O que fazia.
Por que estava ali.
O erro dela foi ter me beijado
- e não me mordido.
Porque a minha tentação é uma mulher prepotente
- e a dela é meu pescoço,
pulsante e repleto de veias.
Lilith.
Ela era Roxane.
Mas a chamava de Lilith.
Eu tinha vinte e tantos.
E ela, apenas dezenove (e me contou que duraria até os 35).
Sem choro. Sem lamento ou arrependimentos.
Disse-me que não era necessário viver tanto
e que 35 era um bom tanto.
Ela era branquinha, perolada, linda. E nunca desconfiei de nada.
Ela tinha olhos cinzas - mais que os de Sirius - e um leve contorno avermelhado.
E eu nunca desconfiei de nada.
Ela me mudava conforme agia
E, um dia, senti que a amava.
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Noah Black
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15:41
2
Cereja(s)
desejos e tentações
Ela transpaçou as pernas sobre mim, coocando uma de cada lado do meu quadril. Fez um ínfimo movimento, me pressionando, me excitando. Mas eu sabia que não era isso o que ela procurava. Desejo e prazer tinham um outro significado.
Inclinou-se, roçando os lábios aos meus. Ah!, Deus. Nunca entendi por que ela fazia isso, por que gostava de me instigar. Eram os lábios dançando sobre a minha tez, sem me sugar, sem me molhar, as màos que apalpavam cada canto de meu peito, ombros, abdômen e cinto. Dedos contornando cada marca que carregava, cabelos que escorriam pelos braços dela, eriçando a minha pele.
Ela divertindo-se.
Desabotoou botão por botão de minha camisa, lenta e lascivamente, deslizando a ponta do nariz pelo meu rosto, pescoço, as mãos subindo, pressionando cada parte que tocava. E ela não se importava com nenhuma cicatriz.
Beijos meu peito, deliciou-se com meus braços e afrouxou o cós de minha calça. Sentia a língua dela me tocar em rápidos momentos, querendo saber exatamente como eu reagia diante dela, debaixo dela.
E eu enlouquecia. Queria arrancar aquela blusa cor de musgo que lhe descia pelo ombro, revelando o quão alva era sua pele - totalmente pérola e pálida -, que me dava a visão da curva de seus seios, enconbertos pelo tecido rendado de seu sutien. Eu queria saborear sua língua em constante atrito com a minha, saber se ainda continuava tão quente. Queria ter conhecimento de suas coxas e ver como ela gemia.
Mas eu nada podia fazer a não ser sentir todos aqueles espasmos e sensações.
Sua língua, então, me presenteou. Deslizou de minha clavícula até meus lábios, passando pela jagular e pelo pomo-de-adão, finalizando com o contato de seus dentes brancos em minha boca. E eu sentia-os em mim.
Ela espalhou por meu rosto leves mordidas agudas, pressionando mais e mais, marcando-me com seu controle. Mordia e puxava, em um processo longo e de efeitos que desconhecia.
Quando engoli em seco, houve, por fim, a corrupção da minha boca. Sua língua adentrou a minha boca de forma invasiva, grotesca. Entorpecente. Enebriante. Lúcida.
Juntei minhas mãos sobre o tecido gelado da blusa e senti o pouco do quente que restava em seu corpo. Subia pela delgada curva de sua cintura e avancei sobre os seios, preenchendo toda a minha palma de volúpia.
Apertei-a contra meu corpo, cessando sua liberdade sobre mim. E seu beijo era... ah!... era... o rompimento da minha boca.
Descia meus lábios pelo pescoço dela, friccionando-o. Sentia o gosto de uma boemia ladina que buscava prazer e desejo e que jamais dormia.
Havia o peso do corpo feminino sobre o meu ventre baixo, sua língua em meu pescoço, tão próxima de sua tentação...
- Me morde, Lilith.
Seus olhos cinzas avermelhados encararam-me, inquisitivos.
- Lupin?
- Morda-me.
Sua pupila dilatou-se e a dor de dois rasgos em meu pescoço em nada se comparara ao que veio depois.
era para ser o prólogo, mas tornou-se uma idéia de blog.
Lilith: Uma sentença
porque ela sabia o que queria e como conseguir,
e me fez ver que eu também podia querer
- e continuar a viver.
Datilografado por
Noah Black
às
14:52
2
Cereja(s)
Localizado em: estória