19 de set. de 2008

Charlie não entendia o porquê de todos esterem espantados e desgostosos com as últimas atitudes de Dominique. Quer dizer, entender, entendia, uma vez que sabia que ninguém conhecia realmente sua sobrinha.
No fim, sua saída de casa era até esperado.
Uma hora ou outra, família seria cansativo demais para, rotina demais.

14 de set. de 2008

Desculpe, eu não possuo sardas.

Desculpe, mas eu não tenho sardas, meus humor não é engraçado e nem fechado, minhas concepções não são boas ou ruins.
Desculpe, mas eu não tenho sardas. Minha pele nem é branca e nem caramelada, meu amor não é intenso e nem o mesmo por cinco minutos. Aliás, eu não posso amar.
Desculpe, mas família não me instiga e pessoas são sempre as mesmas depois de quatro minutos. O que é novo é velho logo em seguida e perde a graça.
Desculpe-me, mas eu não possuo sardas.

Charlie leu o que escrevera quando tinha doze anos e olhou para a sobrinha, sentada, ainda com oito anos, no meio de sua sala, entre pergaminhos e lápis de cor, e acrescentou:

Desculpe, mas eu não possuo sardas, meus cabelos não sou louros, e nem ruivos, meus olhos não são azuis e nem verdes. E eu não sei por que devo pedir desculpas.

Riscou seu nome da assinatura e escreveu "Dominique".

Fic

Escrevi uma fic depois de muitos dias parada. Quando os Líderes Partem. Não está publicada e nem betada, mas sinto que essa foi especial. Não foi um filho e nem nada, pois tudo fluiu.
Quando estiver oficial, posto uma pedacinho.

12 de set. de 2008

Árvore de Natal.

(continuação do post debaixo)
Era fevereiro.

E tinha neve. E cores verdes e vermelhas, enfeites, presentes e uma árvore de natal. Apesar de ser incomum - e alguns, menos sensíveis ou alheios, julgavam estranho -, a árvore estava ali, no meio da sala, onipotente. Alta, verde, decorada e iluminada; no entanto, para quê tanta luz quando todo o resto da sala estava opalescente? Borrões de marrons, beges e cinzas mesclados ao preto de algumas sombras e raros pontos de ilumiação inflamando em algum objeto.

A casa, em si, era velha, maltratada, mas sempre estivera bonita, porque o espírito de todos condicionavam-na a isso, mas, naquele dia, tudo voltou a ser como sempre deveria estar.

Abandonado.


"A árvore--"

"Ela sempre gostou mais dos Natais". Lily segurou firme na mão de James, e não ousou mirar os olhos nos óculos do marido.

Toda a esperança de lutarem havia chegado ao fim. Dorcas havia morrido e James não podia assumir aos dois papéis.

Tudo estava opaco - só mais uma vez.