13 de nov. de 2008

- As conjecturas em que você vive determinam o seu caráter.
- Mas isso não aconteceu com você, Sirius.
- Não, Dorc. - Uma tragada mais longa; um vício mais adentro de sua boca. - Aconteceu com você.

22 de out. de 2008

Os olhos dela brilharam

Os olhos dela brilharam. Esta era a única informação que ele tinha de suas últimas horas. Ou nem isso. Brilharam não pelo azul que continham, não pelos árduos meses confinada em um lugar que não sabia o endereço para ajudar a muitos que nem conhecia; não brilharam porque ela queria que fosse assim. Apenas o fizeram porque não houve como mantê-los fechados segundos antes de sentir seu interior degradar com a ardência.
E seu corpo não ardera porque estava queimando. Não pegara fogo por causa da alta concentração de energia localizada. Não estava daquela maneira porque era inevitável. Ela ardia de paixão. Não por um homem. Não por uma mulher. Não pelo mundo. Mas por seus ideais. Paixão aquela que seu ser compreendeu que era necessário nutrir, mas que seria inútil tentar implantá-la aos demais membros do grupo.
Seus olhos brilharam porque ela entendeu que não podia amar senão aquele conjunto de causas impossíveis que se acumularam em sua mesa com o passar dos meses. Queria que eles tivessem brilhado por deixar sozinho no mundo uma criança, como bem sabia que viria acontecer posteriormente com James e Lily, ou por ter amado alguém. Teria amado, teria se entregado, mas não houve tempo.
Sirius entendia.
Ela via os olhares acinzentados do Black para suas pernas, seu corpo, seu rosto. Sentia suas mãos ásperas ao tecerem delineações em seu rosto quando chorava por dentro, quando ele a via chorar mesmo de cenhos cerrados e olhar compenetrado.
Sirius teria se deixado amá-la se ela permitisse. Mas estavam em guerra. E na guerra, para Dorcas, só havia guerra. Sem espaço para amor. Sem espaço para pessoas. Apenas proteção a dar, apenas auxílio, apenas ideais para preencherem sua cabeça.
Sirius entenderia.
Ela morria por uma causa maior; James explicaria e Sirius a perdoaria. Ele sempre perdoava. Mesmo que não quisesse, mesmo que não conversasse mais com ela. E agora, também, não fazia alguma diferença se ele o faria ou não. Ela estava morrendo - e não sentia dor. Em breve todos aqueles Death Earths estariam em Azkaban, e sua luta não seria vã.
Dorcas já estava morta, quando Peter traiu aos Potter, quando Sirius foi para Azkaban, quando Bellatrix foi pega e Harry deu a trégua de 13 anos para o mundo.
Lily chamava ao pequeno de seu filho, enquanto ele era nada mais do que fruto do que Dorcas Meadowes havia idealizado muito antes.

19 de set. de 2008

Charlie não entendia o porquê de todos esterem espantados e desgostosos com as últimas atitudes de Dominique. Quer dizer, entender, entendia, uma vez que sabia que ninguém conhecia realmente sua sobrinha.
No fim, sua saída de casa era até esperado.
Uma hora ou outra, família seria cansativo demais para, rotina demais.

14 de set. de 2008

Desculpe, eu não possuo sardas.

Desculpe, mas eu não tenho sardas, meus humor não é engraçado e nem fechado, minhas concepções não são boas ou ruins.
Desculpe, mas eu não tenho sardas. Minha pele nem é branca e nem caramelada, meu amor não é intenso e nem o mesmo por cinco minutos. Aliás, eu não posso amar.
Desculpe, mas família não me instiga e pessoas são sempre as mesmas depois de quatro minutos. O que é novo é velho logo em seguida e perde a graça.
Desculpe-me, mas eu não possuo sardas.

Charlie leu o que escrevera quando tinha doze anos e olhou para a sobrinha, sentada, ainda com oito anos, no meio de sua sala, entre pergaminhos e lápis de cor, e acrescentou:

Desculpe, mas eu não possuo sardas, meus cabelos não sou louros, e nem ruivos, meus olhos não são azuis e nem verdes. E eu não sei por que devo pedir desculpas.

Riscou seu nome da assinatura e escreveu "Dominique".

Fic

Escrevi uma fic depois de muitos dias parada. Quando os Líderes Partem. Não está publicada e nem betada, mas sinto que essa foi especial. Não foi um filho e nem nada, pois tudo fluiu.
Quando estiver oficial, posto uma pedacinho.

12 de set. de 2008

Árvore de Natal.

(continuação do post debaixo)
Era fevereiro.

E tinha neve. E cores verdes e vermelhas, enfeites, presentes e uma árvore de natal. Apesar de ser incomum - e alguns, menos sensíveis ou alheios, julgavam estranho -, a árvore estava ali, no meio da sala, onipotente. Alta, verde, decorada e iluminada; no entanto, para quê tanta luz quando todo o resto da sala estava opalescente? Borrões de marrons, beges e cinzas mesclados ao preto de algumas sombras e raros pontos de ilumiação inflamando em algum objeto.

A casa, em si, era velha, maltratada, mas sempre estivera bonita, porque o espírito de todos condicionavam-na a isso, mas, naquele dia, tudo voltou a ser como sempre deveria estar.

Abandonado.


"A árvore--"

"Ela sempre gostou mais dos Natais". Lily segurou firme na mão de James, e não ousou mirar os olhos nos óculos do marido.

Toda a esperança de lutarem havia chegado ao fim. Dorcas havia morrido e James não podia assumir aos dois papéis.

Tudo estava opaco - só mais uma vez.

27 de ago. de 2008

Nossos Líderes

Todos possuem uma pessoa que esbanja tanta confiança e segurança que o título de líder pode até não ser declarado, mas com certeza fica subentendido.

Nós tínhamos dois líderes. Um privilégio e tanto, aliás. Uma deles era para nos fazer crer que tudo era possível, e outro para nos pôr no eixo. Geralmente, aquele que mostra tudo é o primeiro a sofrer as decepções, pois tem muitas expectativas.

Mas, no nosso caso, não foi.

Eu vi cada pessoa cair - fosse morta no físico ou no ideologicamente. E, pior, vi a nossa líder se desfazer.

Dorcas era a melhora promotora que o mundo bruxo tinha. Era fria, racional e menticulosa. Vários casos foram resolvidos por ela - e havia uns outros bons tantos que tiravam suas raras noites de sono.

Naquela época, ela estava a tentar encarceirar minha prima Bellatrix. No entanto, há poucos meses, seu irmão desaparecera. Não sabia se ela tinha fé de encontrá-lo, mas eu, particularmente, acreditava ser muito otimismo se um dia voltássemos a ter qualquer notícia de seu rastro.

Mas me enganei. Ele havia sido encontrado. Naquela noite, vi ao nosso primeiro líder perder sua principal característica.

James sabia que nada ficaria bem agora.

"Dorc?"
"Se você me tirar a concentração mais um vez por detalhes irrelevantes à investigação, Potter, faço de você meu próximo corpo frio não encontrado!"
"Encontraram o Eddie". Simples assim. Sem emoção. Sem dor.

Apenas sei que houve silêncio.

Ninguém chorou.

27 de jul. de 2008

Batman

Batman não é um herói. E tão menos um vilão. Ou se morre herói, ou vive-se o bastante para ser um vilão.
Mas ele não vive. Ele não pode viver. Apenas aparece, existe, e depois some - porque ele não pode viver com a sociedade que tanto gosta de proteger. Ou devo dizer que gosta de tentar purificar? Eu riria na cara dele, se possível, porque esta medíocre Gotham City que ele tanto sonha e se pôs simplesmente não existe.
Gotham, por si só, é sinônimo de corrupção. Sujeira. Desonestidade. E nenhuma dessas palavras me causam asco.
Elas apenas me animam - a provar que ela pode ser mais. Muito mais. E ser menos que aquilo que Batman quer.
Ele é o que Gotham precisa, e não o que ela merece. E eu me pergunto se ele é tão baixo a esse ponto e se ele realmente pode assumir todas as faces que esse suburbio populacional unido se transforma.
Ria junto comigo. Afinal, alguém que não vive é ninguém, e ninguém pode ser tudo o que um povo precisa. Se é que há realmente um povo precisando de alguma coisa. Mas eu gosto mesmo de indagar se não é o Batman quem precisa de Gotham, porque Gotham sem Batman é a mesma porcaria de sempre, mas será que existe, pelo menos, um Batman sem sua cidade massacrada para ser transformada em um lugar de pleno idealismo utópico?
Sinto muito, senhor cavaleiro das trevas, mas você sim depende da sujeira daqueles que acham que dependem de você. Só que eles não são passíveis de ver que você é um homem só, escondido por algo você mesmo criou e eles são muitos, escondidos por algo que não existe.
Não há coisa mais nítida que a poeira.
Porém, Batman também é mais que poeira. Ele é uma neblina densa, e isso porque o homem por de trás dele é alguém repleto de mistérios. E não há nada mais instigante do que os mistérios da vida de um alguém.
E sabe qual a diferença entre os caras maus que ele lutou e eu? É que aqueles caras conheciam o Batman.
E eu conheço Bruce Wayne.

______________________________
Um surto após assistir ao filme 3 vezes (contando que duas não valeram). Tem frases que estão no filme, mas o resto é meu. E aí?!

28 de jun. de 2008

Disponíveis

Vê-la era estranho. O renascer de sua alma, o renascer de um sonho. Impuro e totalmente incoerente. Por isso era um sonho, certo? Por isso que poderia mantê-lo junto de si. Por isso que o manteve - mas ele se dispersou. Sumiu junto com ela, sumiu junto com uma anatomia.
Era apenas estranho tê-la por perto de novo.
Voar. Podia voar agora, podia sentir as núvens e degustar o ar. Sair do chão sem preocupações, sem grandes emoções - ela não deixava. Consumia todas para si, tornando-se completa consigo mesma, tornando-se um sonho para ele. Um amor além daqueles que os dois já sentiram, um amor puro e sem palavras. Tão incorreto quanto deveria. Tão sujo quanto não o era.
Amá-la era a constante matelada de pregos em seus próprios dedos. Mas não se importava.
Albus sempre amaria Dominique - porque só ele entendia sua essência.

25 de jun. de 2008

Muito tarde

Era de madrugada. Muito tarde para sua porta abrir sorrateira e um expectro negro adentrar em puro silêncio. Mais tarde ainda para a aresta de seu colchão afundar alguns centímetros e sua espuma perder tamanho a cada avanço de um corpo. A coberta ganhando volume do outro lado. O outro lado aproximando-se de si, sem sons, sem cores.

Eles não tinham cores; eram apenas pretos no escuro, na luz... mas ela possuia um tom a mais. Um tom de azul.

O calor encostou sobre sua pele não muito mais seca e repuxada nas costelas, e seu coração ganhou um esquecido apaziguamento. No entanto, ainda lhe era estranho aquele cheiro, aqueles cabelos e aquele leve respirar perto de seu braço, mas não hesitou ao acolher o expectro ainda mais perto de si quando esticou o braço.

Ela aceitou a proximação - e era de madrugada.

- Durma, Noah. - Sussurrou mais para si do que para seu expectro noturno.

Era só uma questão de tempo para se acostumar. Para perdoar.

15 de jun. de 2008

Prooops

Andei passeando pelo ff.net e vi que Teddy e Dominique (para mim Dominique e Teddy) ganharam alguns adeptos. No entanto, o mais impressionante eh que todas as Dominiques idealizadas possuem tres coisas em comum: rebeldia, odio de Victoire e amor platonico pelo Teddy.
Poderia ser mais cliche? Na verdade nao.
Por isso, senhor leitor, se voce esta cansado de cliches, realmente sugiro ler as minhas fics sobre Dominique Weasley. A verdadeira Dominique Weasley. Longe de cliches, longe de sentimentos tao adolescentes. Apenas uma Dominique que intriga um tantinho pelo seu jeito doce e alheio de ser.
Nao leia cliches, leia Noah Black.

(teclado desconfigurado, ou seja, sem acentos e afins).
Propaganda eh a alma do negocio.

A Outra Era Lua.

Uma era o Sol.
Teddy nao tirava de Victoire esse posto: sua namorada era puro Sol. Brilhava por um dia inteiro e, quando nao brilhava de um lado, brilhava do outro. Sempre onipresente.
E isso nao se atribuia ao fisico da Weasley. Seus cabelos louros e brilhantes em pouco ajudavam nessa concepcao e sua aurea veela herdada em nada atrapalava. Victoire era Sol porque assim o Sol quis ser chamado.
E a outra...
Mas havia Dominique. E ela era Lua. Sua presenca sempre seria lembrada pelos apaixonados, pelos suicidas, pelos poetas, escritores, cantores, compositores, loucos, estranhos e sonhadores. Porque a lua era fonte da inspiracao de todos, desejo de ambicao.
Dominique era Lua porque nao precisava estar no ceu todos as noites. Em algumas fazia-se cheia e completa, em outras, sumia, mas ninguem esquecia.
Ninguem pode esquecer a lua.
A Outra Era Lua.
Dominique era Lua por a Lua quis ser chamada de Dominique.

10 de jun. de 2008

Verdades de um Alguem

Quando as folhas caem no outuno, sabes o que eu imagino? Eu te imagino. E tu sabes como isso é doloroso, ver-te apenas em lembranças borradas pela tua indiferença e pela minha estratégica necessidade de ter-te por perto? Na verdade, é confortante no final.Desculpe a quebra de expectativa, mas a verdade nem sempre é racional. Achei, depois desse tempo todo, uma maneira segura de encontrar-te sem me perfurar com indecentes dentes rasgantes de flor de pele.Sei que estás a corroer-te por dentro para entender o porquê de folhas outunais e vou dizer-te. Não há motivos para esconder isso de ti. Tu mereces tal conhecimento, quem sabe assim não sintas metade da pressão que eu me impus?Folhas de outuno são secas e sem vida. Amarelas e laranjas. E caem... sempre... e não voltam para a árvore. Uma metáfora interessante, hã? Tu, uma folha, e eu uma árvore. Ou eu todas as folhas, e ti sempre a árvore...E isso é um conforto para mim. Tu nunca estiveste ao meu lado por tua parte de fato; era eu quem tinha de buscar-te, quem tinha de estar por perto para tu sentires a minha presença. E, Deus!, como a tua presença física era-me esfatiosa e ao mesmo tempo enervante. Doía assim como agradava.Tu costumavas a ser um paradoxo para mim. Uma verdadeira personificação da dialética; tua tese e tua antítese. Ser e não-ser, sendo e não sendo, nunca podendo. Porém, tu nunca - nunca - se contradisseste em seus atos.Eu era o errado ali, certo? Não era para tu estares ao meu lado. Eu te obrigava a isso. Eu impunha. Mas eu necessitava, lembras-te? Era algo que a minha alma clamava aos berros dentro de minha cabeça, consumindo-me em qualquer ponto de vista e atenção que eu pudesse dedicar a outra coisa. Não que tu sejas algo, pois foste a parte mais humana que tive em mim, mas, mesmo assim...Quando as folhas caem no outono, imagino-te - e é a fantasia mais anuveada concretizada que não me doe.
_______________________
isso pode ser de alguem para alguem, e, sinceramente, totalmente vinculado com Teddy e Dominique.

6 de jun. de 2008

Único Fio.

Os traços.
O que um tinha, o outro possuia. O que um não tinha, o outro também não queria. Não havia necessidade - eram um enquanto pudessem ser dois. Existia certa harmonia em suas desavenças, um fio invisível que eles juravam ser indestrutível.
Mas não o fora.
Sirius via em Regulus a oportunidade de implantar em alguém sua semente da confiança - e entender o que afinal significava o que a mãe tanto queria dizer com ele é seu irmão, Sirius. Talvez até soubesse, mas era-lhe mais viável ter certeza que era aquilo. Afinal, o menor o olhava debaixo e com os olhos arregalados e a surpresa nos lábios.
Eles eram complemento. Eram os traços um do outro, o outro do um. Grande e pequeno, juntos, orgulhando-se e sorrindo-se.
Um para o outro.
Mas o fio não foi indestritível - a partiu-se quando todo o cristal tradicional espatifou em suas concepções.
Todo o brilho dos olhos do pequeno Regulus comprimiu-se na culpa. A culpa de ter entendido o irmão. A culpa de não poder preencher o lugar de Sirius e tentar fazer corretor os atos dele.
Regulus tentou ser Sirius para si mesmo.

4 de jun. de 2008

a volta de quem nunca foi.

O que poderia acontecer quando a prima desconjurada e corrompida volta do inferno para aquela casa que você conseguiu desenvolver um ódio mais profundo que o ódio por Voldemort? E o que exatamente aconteceria se aquela sua prima insana e fanática pela imagem escarnecida do Lorde das Trevas se sentisse ameaçada?
E o que poderia então acontecer com você ao se deparar com os olhos mais azuis que você já viu na vida - e então se lembrar que toda a culpa de seu melhor amigo não estar vivo são deles?
Como você reagiria se descobrisse que a única pessoa que o fez sentir um amor tão puro e longe de concepções sensuais, mas que foi comprimido até se extingüir dentro de você, voltasse a fazê-lo pulsar violentamente em sua alma e aquele extinguido desejo de protegê-la simplesmente renascesse?
E, por último, como você se comportaria quando a visse adentrar em seu quarto ao meio da madrugada procurando pela mesma barreira protetora que você fornecia quando ela era criança?
A casa ainda possuia a mesma fragância pútrida que todos os seres que viveram ali possuíam incubidos em suas essências. Ele queria excluir-se dessa condição, mas "Black não possuem outras linhas em outro espaços. Apenas a mesma linha torta".
- Sirius.
- Noah.
___________________________________
Hoje estive a pensar nela e em Sirius. Ela poderia voltar... ser poscrita e, quem sabe, voltar a ser como era antes de se envolver com os problemas da irmã.
Para quem tiver interesse de entender:
Uma Outra Menininha - Parte I
Uma Outra Menininha - Parte II
Uma Outra Menininha - A Transição de um Ser
Uma Outra Menininha - O Final.

25 de mai. de 2008

- Eu sei que você deve estar repleto de perguntas agora, Black, mas eu vou expor as condições primeiro, ok?
- Quem é você?!!!
- Não fique deseperado. Primeiro, você vai agir como eu mandar e quando eu mandar. Você não vai sair correndo por aí, não vai usar magia e tão menos dar na louca de me contrariar, ok?
- Eu obedecer a uma mulher?! Rá! Eu nem fiz isso com a minha própria mãe.
- Bem, isso explica muitas coisas...
- E quem você é?
- Meu nome não importa e será a última coisa que você vai descobrir. O negócio é o seguinte: tem gente que quer te ver morto e outras que querem você vivo. Em outras palavras, a sua família te quer morto e seus amigos vivos. Então, faça com que o dinheiro deles valham a pena, ok?
- Dinheiro de quem?!
- Isso não importa. Tanto de um lado ou de outro, você fará jus a quantia.
- Que porra é essa que eu não estou entendo?
- É simples. Sua mãe me pagou para te matar. Foi uma quantia boa, confesso, mas os seus amigos triplicaram os valores para te manter vivo e longe dos outros que estão atrás de você. Então, vou logo dizendo que se você não me obedecer, quem sai perdendo é você. E não pense que é perdendo glamour ou algo parecido ou não com isso. Quando eu digo perdendo, me refiro a sua vida. Se eu te deixo vivo, eu ganho dinheiro. Se te deixo morto, eu também ganho. Então, eu não tenho preferencias... é com você.
- E por acaso parece que eu tenho?!

______________________________________
ah!!! deixa eu escrever UA com o Sirius e PO, vai?!

19 de mai. de 2008

Dominique olha. Bill abaixa a cabeça. Victoire lhe desdenha. Teddy se contem. Fleur se aproxima.
Não há amor, meus caros amigos, não há sentimentos. Isenção é privilégio e vocês não entendem.
Bill sabe da verdade. Fleur também - antes dele, aliás. Ela é sua filha - as duas são. E sempre soube que os olhos dele sempre pendiam para a filha do meio, e não para a princesa primogênita.

17 de mai. de 2008

Descrição.

A insensatez faz de Teddy um louco por Dominique. Mas nada - absolutamente nada - faz dela uma complacente deste sentimento.

A incompreensão faz de Victoire um ser incapacitado para entender Dominique. E a falta de conhecimento faz dela alguém sempre cego para ver de fato o seu namorado.

A identificação faz de Charlie um eterno adorador da personalidade de Dominique. E ele acha que ela não entende o por quê de não poder chamá-lo de pai.

O sentimento de estar completo faz de James um eterno amante do descaso de Dominique - mesmo que ela não faça absolutamente nada para ele se sentir assim.

A curiosidade faz de Albus um observador da natureza de Dominique. Ele não se ilude em nenhum momento quando todos ficam boquiabertos com as atitudes da garota.

O arrependimento faz de Bill um pai. Mas ele não se sente um pai da parte de Dominique.

A preferência faz de Harry um tio cego. E ele não se espanta de fato quando as notícias chegam.

E como se descreve Fleur neste contexto louco em que tudo parece girar em torno de Dominique? Ela é mãe, e é o amor que faz dela uma mãe.

16 de mai. de 2008

Apenas um dia

As mãos encobertas pelas mangas compridas da blusa. Mas ela não sentia frio; ela não podia sentí-lo.
"Não vai me dizer nada?"
Ela procurou no bolso da calça o maço de cigarro sabor morango e, antes de acendê-lo, deixou-o suspenso nos lábios incrivelmente vermelhos e virou o rosto.
"O maníaco aqui é você". E sorriu, em escárnio. Acendeu o cigarro e baforou na cara dele. "Eu o deixei vivo e agora vive atrás de mim para saber por que não o matei. Seres humanos costumam ajoelharem-se em qualquer canto e agradecer a alguém supremo".
Algo travou na garganta dele, mas iria dizer mesmo que aquilo o corroesse.
"Talvez eu não seja um ser humano..."
A gargalhada maquiavélica que ela propagou ardeu os ouvidos dele, mas logo houve silêncio. Os olhos estavam cintilantes, em perfeito cianite, e isso era um bom sinal - de certa forma.
"Você acha que não é e quer que eu o mate para provar isso".
Ela levanto-se, tragou uma última vez e estendeu o cigarro na direção do rapaz. Remus receou, sempre condenara Sirius pelo mesmo vício, e agora o cigarro lhe era tentador. Mas ela não esperou a boa-vontade dele, e acabou por jogar o toco entre seus pés.
"Quando tiver certeza, me procure de novo".
Remus não queria, mas seus olhos o traíram. Ele teve de assistí-la ir embora, movendo seu corpo como se fosse uma bailarina à mercê da sargeta e seus cabelos descendo, volumosos, pela sua espinhal em claríssimo louro - havendo, apenas, pontas ruivas.
Estranho, Remus sempre achara que vampiros possuíam cabelos escuros.

14 de mai. de 2008

Uma promessa para mim

Sempre existirá um lobo entre os cordeiros.
Ela só não sabia qual era. E Remus queria ser apenas mais um cordeiro.
"
Isso é errado".
"Por quê?"
"Você é lobisomem".
"Achei que você não cria nessa rivalidade entre lobos e morcegos".
"É... mas você ainda possue alma".

Um dia eu juro que te escrevo, Lilith.

4 de mai. de 2008

o olhos dela

Dois pontos. Dois azuis.
"Não, papai, eles não eram azuis!"
"Dá licença que sou eu quem conta essa história?"
"Então conta certo, oras".
"A senhorita só tem quatro anos e não pode reclamar de como conto a estória".
"É HIStória, papai".
"Quê?"
"É história, com h no começo. É de verdade, não é?"
"Sim".
Eram dois pontos de azuis e verdes, misturando-se constantemente e sem deixar qualquer cor nítida.
"E eles tinham ternura".
"Filha, se você continuar atrapalhando o papai, eu não vou conseguir terminar a história".
"Desculpe e prossiga".
Duas pedras de aquamarim que se iluminavam sozinha em uma freqüência diferente de qualquer coisa que possuísse freqüência. Eles eram singulares e pertenciam a ela.
E quando esse tom de ciano se prendia em alguma coisa, não dava para saber se ela realmente olhava aquilo ou se só estava passeando os olhos pelos detalhes, sem ver.
"Como assim, papai?"
"É... bem, não dava para saber se ela enxergava as coisas porque queria ou se só fazia isso porque tinha olhos. Entendeu?"
"Não".
"Bem, então risque essa parte, ok?"
"Não!!! Ficou bonito. Deixa".
Os olhos dela possuíam energia e isso era inalienado. Quando se olhava para eles, diretamente, era possível sentí-la, vê-la ali dentro dos dois orbes, mas nunca, em hipótese alguma, sentí-la dentro de si, como uma ponta de ligações.
Não havia nada que ligasse eles e o mundo.
"Pára, papai!!!! A história não é assim!"
"Sim, filha, ela é assim".
"Não é!!!" Um choro. "Ela era bonita e inteligente, papai!!!!"
Mas eram tão bonitos...
"Cade a minha mamãe, papai?" Os olhos do rapaz tremem.
"Sua mamãe está em cima".
"Não, papai... a minha mamãe... de verdade".
"Cecillie, sua mamãe é a sua mamãe de verdade".
"Papai, nem você e nem a mamãe têm olhos dessa cor". Aponta para os próprios olhos.
"Tem sim, ó!" Teddy muda a cor dos olhos e a menina ri.
Ela se dá por satisfeita e aceita ser carregada pelo pai, para dormir - mesmo que ache extremamente cedo. Teddy a leva até o quarto e, ao pô-la debaixo das cobertas, pergunta se pode apagar a luz.
"Deixa a luz do abajur acesa, papai?" Ele sorri. Claro que deixa. Beija a testa da filha e sai do quarto após apagar a luz.
Cecillie espera o pai descer o primeiro ramo de escadas. Descobre-se e vai até a estante de fotografias do corredor. Segura firme entre as mãozinhas um porta-retrato cor de ébano e desliza os dedinhos sobre a foto.
"Boa noite, mamãe". E beija o vidro que está sobre a foto.
"Pensei que seu pai havia posto você para dormir". Cecillie vira para a porta do fim do corredor e depara-se com a imagem sonolenta de Victoire.
"Eu só queria dar um beijo de boa noite na minha madrinha, mamãe".
Victoire caminha até a filha e, ao mesmo tempo que segura a filha no colo, firma o porta-retrato na mão. Leva a menor para o quarto, deseja-lhe boa noite e fecha a porta ao sair. Olha o porta-retrato e o formigamento em suas entranhas volta.
Não, agora não tinha com o que se preocupar. Dominique estava morta.


1 de mai. de 2008

Engajos

Foram exatos 5 minutos. Ele sabia, havia contado.
Foram longos cinco minutos de espera para os lábios dela abrirem-se e sua garganta permitir que o som resultado de um impulso estranho dentro de seu ser fosse propagado.
- Sim, Harry! Sim! Sim, sim, sim, sim!!!
Ela saltou no pescoço dele e este sentiu seu coração voltar a bater. Ginny o beijava pelo rosto, sorridente, e seu rosto estava mais avermelhado. Por que achara que ela diria não?
Porque ele ficaria muito bravo se aquilo fosse real.
Mas Harry não podia mais tê-lo para si. Draco Malfoy preferira os dias de um Malfoy aos dias de um Draco junto de Harry.
Que fosse feliz com Ginny Weasley então.

________________
Drarry, caros amigos!

27 de abr. de 2008

Plot.

O inesperado.

- Eu não se você entendeu, Kingsley, mas a minha família sofreu um atentado dentro da minha própria casa! - Berrou Potter ao bater as mãos com força sobre a mesa do ministro, revelando como sua jagular poderia aparentar expessa e grossa em seu pescoço.
- Harry, você, como chefe do departamento de aurores...
- Sinceramente, ministro, eu não estou mais disposto a agir como chefe do departamento. Mês passado minha filha sumiu por cinco horas, meu filho sofreu atentados durante os jogos dentro de Hogwarts e minha mulher tem medo de sair de casa. Se alguém voltar a encostar os dedos na minha família, eu vou agir como o chefe dos aurores.

A solução.

- O que é isso? - Harry olhou o envelope lacrado sobre sua mesa e não quis tocá-lo. O homem alto a sua frente, de ombros largos e vários músculos definidos por debaixo da camiseta preta, apenas respondeu que seu trabalho era entregá-la nas mãos do senhor Potter.
- Isso, Harry, é a sua segurança. - Um homem velho e franzido, segurando um cap debaixo dos braços, adentrou à sala. Seus cabelos já estavam brancos e sua pele enrugada.
Harry pegou o envolepe, rasgando sua borda e retirando a carta.
- Aí está escrito o que você deve fazer para que nós possamos descobrir quem está tentando ferir a sua família.
- Eu devo me mudar...?
- Para o mundo dos trouxas.
Harry encarou o senhor. Estava cheio de dúvidas. Aquilo tudo parecia um plano muito armador para o seu gosto.
- Você será escoltado pelo exército trouxa.

A novo lugar.

- Pai, é muito estranho viver entre os trouxas - reclamou Lily, olhando para o sinto-de-segurança envolta de si.
- É só por alguns dias, querida. - Ginny virou-se para trás e sorriu ao ver seus três filhos sentados, comportados como nunca foram, no banco de trás do carro.
Chegaram até a vila e o genral do exército os esperava.
James olhava a visão perfeita de panfeto publicitário que o local possuía enquanto seu pai conversava com o enorme general. Parecia que todos os caras do exército eram grande - até mesmo os "soldados" aurores - coisa que intrigava um pouco, uma vez que seu pai não possuía todo aquele porte.
Será que ele só lidava com a parte burocrática?
- E quem vai nos escoltar enquanto estivermos aqui? - Pergutou Harry, enfiando as mãos nos bolsos do casaco ao mesmo tempo que Ginny abraçou seu braço.
- O melhor homem que temos a oferecer. Rápido, ágil, esperto e sem medo. Fará de tudo para deixá-los vivos e protegê-los.
- Só um para cinco pessoas?
- Com todo respeito senhor, mas com este, a humanidade seria mantida intacta.
- E por que não é? - O general olhou para baixo e respirou fundo.
- Nosso homem já está chegando.

O melhor homem.

- Senhor! - Um soldado apareceu diante dele, batendo continência para o general.
- Pode falar, soldado.
- Riffler chegou.
Calça preta típica do exército e uma camiseta branca também típica. Cabelos atados em um rabo-de-cavalo.
Às vezes, Harry se esquecia que "homem" no exército trouxa podia designar tanto homem como mulher.
- Soldado Weasely, se apresentando, senhor. - Ela disse, sem bater continência.
Ginny abriu a boca e Harry estreitou os olhos. Lily soltou um berro e Albus ficou totalmente mudo. Mas James sentia o corpo inteiro ferver, numa insana mistura de amor e ódio.
- Dominique?!

O caráter.

- A gente sabe como funciona o esquema com você. E a gente oferece o que eles te pagaram e mais o dobro.
Ela tomou um gole da cervaja e voltou a brincar com o guardanapo de papel sobre a mesa do pub encardido.
- E o que vocês querem em troca?
- A cabeça de Harry Potter - ele aproximou-se dela e sussurrou em seu ouvido, malicioso, - Nic.
-
E por que vocês acham que eu aceitaria essa sujeira?
- Você não se importa, não é mesmo?! Nunca se importou. - Ele fez um sinal e cinco malas prateadas foram postas diante do rosto da loura enferrujada. - Abram. - os subordinados encapuzados abriram-nas e montantes foram descobertos diante de Dominique. - Eu só quero te oferecer o que você quer. Vai topar?
- E se eu recusar?
- A gente te apaga aqui.
Nada mudou no batimento cardíaco de Dominique e nem em sua passiva respiração. Suas afeições não ficaram tensas e suas pernas não tremeram.
- Tudo bem.

O passado.

Harry ofereceu uma caneca de chá para a sobrinha, sentando-se ao lado dela no sofá.
- Eu nunca imaginei que você poderia entrar para o exército trouxa depois... depois daquele dia.
Nic riu e sorveu o chá sem se importar com a temperatura elevada do líquido.
- Eu não estou no exército, tio. Eu apenas trabalho para eles quando precisam de mim.
- Ah! E o que você é, então?
- Atirador de aluguel. Eles me pagam para te cobrir.
Harry seria capaz de descrever a sua decpção com as palavras da sobrinha? Não. preferiu beber do chá e se reencostar no sofá.
- Nic, posso te fazer uma--
- Eu o perdi no quarto mês.

A canção da consciência.

Um fantasma sai das sombras e é posto em sua casa.
Um fantasma ressurge das brumas e volta para a ilha.
O fantasma renasce e só sabe atormentar.
Você aceitaria continuar a não se importar por dinheiro, Dominique? Aceitaria? Aceitaria?
E você conseguiria sobreviver depois disso?

A Resposta.

Sim.
______________
É só uma idéia, mas já é melhor do que nada. Veremos.

26 de abr. de 2008

Tango


Teddy olhou a aliança dourada. Retirou a circinferência de seu dedo e, contra a luz, leu o nome.
Dominique Weasley.
O coração acelerou. O cenho foi franzido e os olhos se estreitaram. Ficou imóvel. A ardência de sua alma voltou depois de tanto tempo, a sensação que ele julgara ter esquecido. A saliva desceu espessa pela garganta e tornou a olhar a aliança.
Não. Não era. Ainda estava com Victoire.
Colocou o anel no dedo e mirou a imagem diante de si.
- Por que voltou? - Não soube por que perguntara, mas o havia feito. Não queria uma resposta. Não queria ter provas de que aquilo era real.
Ela ajeitou os cabelos, trocando a franja de posição e chacoalhando as madeixas longas e espessas sobre as omoplatas expostas pela blusa de alças final. Não era mais uma adolescente, não possuía mais as feições de serenidade, mas não pôde desapegar de sua essência a sua áurea.
- Você me pediu. Lembra?
- Não achei que atenderia a um pedido meu.
- Mas se eu não viesse, você iria se perguntar todos os dias o que aconteceu comigo, atrapalhando seu casamento e importunando a vida de seus familiares. E a culpa seria tribuída a mim, de novo.
- Você se importa com isso, por acaso? - Tentava se mostrar indiferente, como se a presença dela ali não o formigasse.
Ela balançou a cabeça, negando.
- Dar uma explicação que seja verdadeira é muito para alguém como você? - Esfregou as mãos pelo rosto, deslizando-as pelo pescoço e abrindo os dois priemrios botões de sua camisa.
- Não tem motivo. Eu só quis voltar.
- Você quer saber o que acho? - Elevou a voz, mas não o queria ter feito. A presnça dela o pressionava, o tirava do ponto de equilíbrio que aprendera a ter com os anos para suportar ficar perto dela. E estavam sozinhos ali. - Eu acho que você não suportou a idéia de partir carregando um filho meu e, agora, a criança deve pedir tanto para você deixá-la conhecer o pai que cedeu ao pedido. E isso é cruel, Nic, até mesmo para alguém como você--
- Lupin
- NÃO!!! ME DEIXA TERMINAR! Você vem poupando ela de me conhecer, mas você não tem idéia do quão ruim é crescer sem ter um pai por perto, e sabe o por quê? PORQUE VOCÊ ESCOLHEU VIVER LONGE DO SEU E ELA NÃO!!!!!!!
Dominique abaixou a cabeça e Teddy julgou aquilo como sendo um ato subversivo, como se ela se rendesse aos argumentos que acabaram de nascer dentro da cabeça dele. Mas só parecia.
- FALE ALGUMA COISA!
Ela ergueu a cabeça e os olhos nunca lhe foram tão cianos como agora.
- Teddy. - O seu apelido dentro de sua cabeça, propagando-se sucessivas vezes com a voz dela, era sonoro e quente. Era como se voltasse àquela maldita noite em que perdera o controle; à noite que tanto gostava de se lembrar.
Acalmou-se rapidamente e penetrou os mesclado dos olhos de Dominique. Eles estavam em uma estranha sintonia.
- A gente não tem um filho.

24 de abr. de 2008

(Essa é para Sam).

O QUE ANTES EU NÃO SENTIA

Dor não era exatamente o que ele esperava sentir quando todos partiram. Dor, até aquele momento, era algo que ele achava que conhecia e que agora percebera que era muito maior do que imaginava.
E aquela dor talvez jamais passaria.
Remus J. Lupin sentia dor. Sentia saudade. Falta. E, agora, sentia-se irredutível. Sem amigos, sem Sirius, sem família.
Olhou mais uma vez o túmulo de James e todas aquelas palavras bonitas que ensaiara se perderam. Nada de obrigado, sentirei sua falta ou descanse em paz.
- Desculpe.

Um vento gelado bateu contra si, mas ele não podia sentir mais nada - sua dor era maior que o externo.

(triste demais, Sam... talvez não seja para você - aliás, parabéns, beta-fisher-reader ^^).

16 de abr. de 2008

pespicaz al.

As coisas mudaram um pouco desde a partida de Dominique.
Era um James angustiado e explosivo de um lado, um Teddy inquieto, uma Louis perguntando sobre tudo - sem mencionar o Sr. e Sra Weasley que viviam falando na neta desaparecida. Mas ele, mesmo que sentisse falta dela, só conseguia agradecer por aquilo - pela aquela ousadia que todos desconheciam, de certa forma.
Albus não conseguia ver nas escolhas da prima falhas de caráter, como, às vezes, ouvira o Tio Percy acusar. O máximo que pesava em sua cabeça era o fato dela nunca mais ter lhe respondido nenhuma carta. No entanto, isso também era compreensível; afinal, Dominique não era alguém que escrevia cartas.
Quando muito raramente parava para pensar no assunto, não compreendia como uma única pessoa fora capaz de desestreturar toda uma família. Dominique nem era ligada com ninguém, Merlim! Mas Al sabia de alguns segredos, de alguns fatos que os demais desconheciam - pois o filho do meio do grande Harry Potter era, antes de qualquer julgamento, perspicaz.
No Natal do último ano, na noite em que um gnomo invadiu o quarto de suas primas, Nic não estava lá. E, no quarto onde Al e os outros garotos dormiam, Teddy há muito se levantara e não voltara.
Para ser sincero, Al tinha pena de Teddy.
E quem não teria nas ciscunstâncias que o afilhado de seu pai se metera? Noivo de Victoire e completamente apaixonado pela cunhada - e justo esta, que nunca dera sinal de qualquer afeição por quaqluer coisa, inanimada ou não. Mas, pensando bem, talvez fosse aquele contraste que a envolvia que encantara o jovem Lupin - pois isto estava preso na essência dela, ser diferente diante de uma família que só sabia o que era família.
E também tinha o Tio Charlie que, mais do que nunca, passava mais tempo longe de todos. Victoire, às vezes, só para cumprir o seu papel de afilhada, reclamava - porém, Al sabia bem que ele sentia que perdera a sua única filha.
Muitos diziam que Nic era a semelhança de Tio Bill, mas haviam desacordos. Al, por exemplo, achava que ela tinha mais algo muito parecido com o Tio Charlie - até quando era menor, ao perguntar para o seu pai se a prima era mesmo filha de Bill. A situação toda era muito complicada para todos, pois, durante dois anos, Nic morou na Romênia com o Charlie - e ninguém nunca soube o por quê.
Ao retornar para casa, Louis não sabia ao certo se deveria considerá-la como irmã, mas aceitou porque tia Fleur disse a ela que Dominique assim o era - só que o contato das duas não durou muito, pois logo em seguida, Dominique fora para Hogwarts, voltando em raros natais.
Lils, irmã de Al, pediu por um ano para estudar na França, pois acreditava que Nic estava em um intercâmbio - e quando esta foi embora, a ruiva queria fazer o mesmo. Tudo isso simplesmente porque Dominique Weasley era um ícone de diferenciação de sociedade para a miúda.
De todos aqueles que foram traumatizados pela deixa da loura enferrujada, quem mais sofria era James.
O moreno passou por longos dias (semanas, meses) lamentando-se por não ter sido bom o bastante para fazer o que Teddy fazia com ela - e isso estava longe do carnal. Quando afirmou-se que o Lupin realmente era o pai do filho que ela levara consigo, James conseguiu deslocar a mandíbula inferior dele com um soco.
James realmente amava Nic.
Analisando-se um pouco melhor, Albus achava que entendia como sua prima se envolvera com o cunhado.
Teddy também era diferente.
Ele poderia ser o ponto de eterna curiosidade para ela, algo sempre mutável e que se nega. O não-ser constante de si mesmo. E até aí, os dois se completariam, uma vez que ela se atraia pelo novo e ele podia ser sempre novo. Mas a prática nem sempre é linda como a teoria - e Al estava errado em um ponto.
O que atraía Dominique em Teddy não era o diferente, mas o não poder - e isso dissipou-se quando ela pôde tê-lo. Ao ver Nic partir, Al entendeu também que ela sempre sofreria constantes decepções mesmo que não soubesse, que não sentisse, porque o que é novo uma hora fica velho, o que é legal, uma hora chateia - e, principalmente, que tudo sempre vai ceder apara alguma coisa.
Quando ela partiu, disseram que era egoísta, mas Al sabia que isso estava longe do verdadeiro eu real dela. Ninguém nunca entenderia a sua natureza - exceto ele, e talvez o Tio Charlie.
Dominique simplesmente não tinha necessidade de absolutamente nada - nem mesmo dela própria. Seria como se vivesse numa abstração de mundo onde nada é realmente vivo ou existe. Nic viveria sempre de instantes, e esses são o que nunca poderão ser, porque o instante futuro ainda não é e o que agora é já não existe mais, por ser rápido e perene.
E pensar em tudo isso com 13 anos não foi fácil, mas com o tempo, suas idéias amadureceram e apenas se afirmaram - e o sentimento de pena aumentou.
"E onde está o seu filho?"
Ela apenas sorriu e o chamou com um aceno para ver a vista do topo do London Eye.
"Não foi você mesmo quem me disse que as coisas em mim são perenes, Al?"

13 de abr. de 2008

Lilith.
Mas o nome dela era Roxane.
Só isso.
Roxane.
Eu a encontrei numa noite, no subúrbio, e ela me beijou.
Sem perguntar quem eu era.
O que fazia.
Por que estava ali.
O erro dela foi ter me beijado
- e não me mordido.
Porque a minha tentação é uma mulher prepotente
- e a dela é meu pescoço,
pulsante e repleto de veias.
Lilith.
Ela era Roxane.
Mas a chamava de Lilith.
Eu tinha vinte e tantos.
E ela, apenas dezenove (e me contou que duraria até os 35).
Sem choro. Sem lamento ou arrependimentos.
Disse-me que não era necessário viver tanto
e que 35 era um bom tanto.
Ela era branquinha, perolada, linda. E nunca desconfiei de nada.
Ela tinha olhos cinzas - mais que os de Sirius - e um leve contorno avermelhado.
E eu nunca desconfiei de nada.
Ela me mudava conforme agia
E, um dia, senti que a amava.

desejos e tentações

Ela transpaçou as pernas sobre mim, coocando uma de cada lado do meu quadril. Fez um ínfimo movimento, me pressionando, me excitando. Mas eu sabia que não era isso o que ela procurava. Desejo e prazer tinham um outro significado.
Inclinou-se, roçando os lábios aos meus. Ah!, Deus. Nunca entendi por que ela fazia isso, por que gostava de me instigar. Eram os lábios dançando sobre a minha tez, sem me sugar, sem me molhar, as màos que apalpavam cada canto de meu peito, ombros, abdômen e cinto. Dedos contornando cada marca que carregava, cabelos que escorriam pelos braços dela, eriçando a minha pele.
Ela divertindo-se.
Desabotoou botão por botão de minha camisa, lenta e lascivamente, deslizando a ponta do nariz pelo meu rosto, pescoço, as mãos subindo, pressionando cada parte que tocava. E ela não se importava com nenhuma cicatriz.
Beijos meu peito, deliciou-se com meus braços e afrouxou o cós de minha calça. Sentia a língua dela me tocar em rápidos momentos, querendo saber exatamente como eu reagia diante dela, debaixo dela.
E eu enlouquecia. Queria arrancar aquela blusa cor de musgo que lhe descia pelo ombro, revelando o quão alva era sua pele - totalmente pérola e pálida -, que me dava a visão da curva de seus seios, enconbertos pelo tecido rendado de seu sutien. Eu queria saborear sua língua em constante atrito com a minha, saber se ainda continuava tão quente. Queria ter conhecimento de suas coxas e ver como ela gemia.
Mas eu nada podia fazer a não ser sentir todos aqueles espasmos e sensações.
Sua língua, então, me presenteou. Deslizou de minha clavícula até meus lábios, passando pela jagular e pelo pomo-de-adão, finalizando com o contato de seus dentes brancos em minha boca. E eu sentia-os em mim.
Ela espalhou por meu rosto leves mordidas agudas, pressionando mais e mais, marcando-me com seu controle. Mordia e puxava, em um processo longo e de efeitos que desconhecia.
Quando engoli em seco, houve, por fim, a corrupção da minha boca. Sua língua adentrou a minha boca de forma invasiva, grotesca. Entorpecente. Enebriante. Lúcida.
Juntei minhas mãos sobre o tecido gelado da blusa e senti o pouco do quente que restava em seu corpo. Subia pela delgada curva de sua cintura e avancei sobre os seios, preenchendo toda a minha palma de volúpia.
Apertei-a contra meu corpo, cessando sua liberdade sobre mim. E seu beijo era... ah!... era... o rompimento da minha boca.
Descia meus lábios pelo pescoço dela, friccionando-o. Sentia o gosto de uma boemia ladina que buscava prazer e desejo e que jamais dormia.
Havia o peso do corpo feminino sobre o meu ventre baixo, sua língua em meu pescoço, tão próxima de sua tentação...
- Me morde, Lilith.
Seus olhos cinzas avermelhados encararam-me, inquisitivos.
- Lupin?
- Morda-me.
Sua pupila dilatou-se e a dor de dois rasgos em meu pescoço em nada se comparara ao que veio depois.

________________________________
era para ser o prólogo, mas tornou-se uma idéia de blog.
Lilith: Uma sentença
porque ela sabia o que queria e como conseguir,
e me fez ver que eu também podia querer
- e continuar a viver.

9 de abr. de 2008

Penumbra e Luz

Penumbra não é nem a ausência de luz e nem total presença dela. É um estágio em que se é possóvel distinguir formas, mas tudo sem detalhes; apenas o contorno.
Em ondas como a luz, o que distingue a distância é a freqüência destas. Por tanto, quando uma luz está aproximando-se, sua freqüência emite uma luz de cor violeta, e quando está se afastando, uma de cor vermelha. E a cor que está no meio destas duas é a azul.
O que tudo isso tem em comum?
Os olhos de Dominique.

7 de abr. de 2008

Hoje eu tive uma grande surpresa. Uma surpresa que me extasiou de tal forma que eu achei que nem conseguiria dormir à tarde. Uma surpresa linda. Sabe, a gente começa uma coisa e não tem idéia de como isso pode ser tornar grande - e quando eu disse que Teddy Lupin era de Dominique Weasley, nunca imaginei que pudesse levar alguém comigo nessa loucura. Mas eu levei - e não me arrependo disso.
Morgana, obrigada pela imagem linda que eu tanto amo olhar, pelo seu apoio e, ainda mais, por isso daqui.

6 de abr. de 2008

Tudo perde a graça

"Cabelos novos, Teddy?"
O Lupin virou-se e deparou-se com a terna imagem da madrinha. Não sabia sobre o que ela dizia até uma pequena mecha de seu cabelo escorrer à frente de seus olhos. Cabelos negros, muito negros, e temia mentalmente que seus olhos estivessem acinzentados.
"Estou inovando um pouco, madrinha".
Ginny aproximou-se dele, sorridente, e afagou de forma carinhosa os fios escuros de Teddy. "Qualquer cor que você use ficará lindo".
Lupin sorriu, não conseguindo esconder seu interno nervosismo. Seguiu Ginny com os olhos e respirou aliviado quando notou que a cor de seus cabelos voltaram para o
normal verde-garrafa. Pousou os olhos sobre a porta que ligava o jardim e a casa da sogra de seu padrinho e suas pernas tremeram.
Dominique apareceu à porta.
"Nic..." Ela passou por ele, desdenhosa, fazendo um sinal obceno com os dedos em resposta a provocação de Teddy. Ela nunca gostara daquele apelido. "Espere!" Ele a tocou, no braço, e ela parou.
Estavam longe da família, longe do pai e tios dela, longe de Victoire. Talvez fosse por isso que ela se permitiu parar seu trajeto para encará-lo da mesma forma que sempre o fazia, sem interesse, sem curiosidade.
A pela alva do braço dela ainda eram exatamente como Teddy se lembrava: delicados e finos entre o cingir de seus dedos. Ele subiu, devagar, a mão pelo antebraço e, o que antes eram um ou dois encostar de dedos, passou a ser cinco, em constante deslizar pela pele branca. E aquilo queimava seu estômago, seu pulmão. Tudo ardia.
Tudo.
As maçãs do rosto dela ainda estavam avermelhados e os lábios um tanto inchados.
"Se você realmente tem algo para me dizer, Lupin--"
Mas ele não tinha. Não poderia simplesmente perguntar se ela havia gostado, se havia sido bom. Nunca o seria.
"Você vai contar para Vic
?"
"A namorada é sua e o que você faz ou deixa de fazer apenas diz respeito a ela".
Olhos tão diferentes em sua tonalidade única. Eram cianos, intensos, azuis, puros.
"Mesmo que isso volte--"
"Nada voltará a se repetir". Dominique soltou-se, facilmente, da mão que segurava seu braço e avançou dois passos em direção aonde a família estava reunida. "E acho melhor você não se transformar no Black porque--"
Teddy puxou-a para trás da imensa árvore do jardim da Senhora Weasley, imobilizando-a com seu corpo. "Não gosta mais disso
? Porque agora pouco você não reclamou--"
"Agora pouco já é passado. E isso não me importa mais. O que você fez ou o que a gente fez já não é mais real".
"Então você acha que é assim
?!" Sua voz soara áspera, mas tinha de conter o tom para não alarmar atenções. "Que a gente pode ir para cama juntos e depois não será nada?"
"Sim. E é assim, Lupin."
"Você me ama, Nic--"
"Dominique"
"Você me quer só pelo fato de eu nunca a chamar assim. Você me deseja da mesma forma que eu a desejo. E você sabe o por quê
?"
"Tenho realmente escolha se posso ou não saber
?"
"Porque eu sou proibido para você". Os lábios pertos, e ela era tão menor que ele, tão subordinada... Mas ela apenas riu - e isso o desarmou.
"Proibido, Lupin, na minha concepção, é aquilo que não se pode ter. E hoje, mais do que nunca, você provou que eu posso tê-lo quando bem entender. E isso já tira todo o encanto. Agora, eu serei sempre encatada para você, não é
?! Porque, agora, o seu artifício para chamar minha atenção não existe mais".
Dominique saíra da pressão do corpo do cunhado e arrumara a blusa que as mãos dele invadiam sem pudor, buscando pelo pouco o limite entre lembrança e realidade. Há tão pouco tempo os dois estiveram entrelaçados um no outro, em perfeita harmonia de movimentos de seus corpos, e, agora, ela o tratava exatamente como antes; como o namorado de sua irmã.
Teddy notara quando o verde de seus cabelos voltaram. No fim, tudo seria uma eterna decepção para a Weasley e, consequentemente, quem sabia, para ele - que jamais poderia ser sempre interessante e inovador para a loura enferrujada.
Nic gostava de coisas novas e, depois de um tempo, tudo perderia a graça.

1 de abr. de 2008

Um outro jeito de ser

"Você acha que ela vai me perdoar?"
"Talvez."
"Você fala sério?"
"Claro que sim. Eu o perdoaria por ter saído de minha cama e adentrado ao quarto de minha irmã, beijado a boca dela depois que beijou meu corpo e possuído o corpo dela depois de ter se esgotado dentro do meu."
Ela sorri. "A questão é se você consegue se perdoar, Lupin."
"Você não se importa, não é?"
Dominique não era sarcástica, não era irônica e nem sádica. Não era cínica, não era fria e nem ácida. Era apenas ela, Dominique Weasley, com o sorriso preso aos lábios cor de cereja e a serenidade calma e inocente.

31 de mar. de 2008

Uoush

Ela estava sentada, quietinha, desenhando com os lápis coloridos que Harry havia comprado para ela naquela tarde. Harry adorava crianças e estava se sentindo um pouco sozinho naquele dia, pois Teddy fora passear com a avó no centro da cidade.
E ele pediara para que o cunhado deixasse a sobrinha passar a tarde com ele.
- Está tudo bem, Nic?
A menina, ainda de cabelos mais ruivos que louros e de apenas três anos, ergueu a cabeça para a tia e, com os olhos grandes e invariavelmente azuis, sorriu um sim despretencioso.
Ginny retribuiu ao sorriso e voltou a preparar a massa do bolo para a menina.
- Tia Gin?
- Sim, querida?
Dominique balançava as pernas no ar, pois não alcançava o chão, e mantinha toda a sua atenção presa ao papel que rabiscava.
- O tio Harry não tem papai?
- Ele teve, querida.
- Hum...
Ela voltou a ficar em silêncio, mas não por muito tempo.
- É verdade que o tio Harry salvou o mundo com dezessete anos?
No exato momento, Ginny viro a cabeça para a miúda e ela não tinha mais os olhos sobre o papel e nem o lápis a desenhar sobre a folha.
- Quem te disse isso, querida? - Não era que não queria confirmar, mas a família inteira já havia conversado sobre aquilo e decidiram que seria melhor esperar Victoire e Dominique terem idade para entender melhor os fatos.
- Ninguém. - E voltou a desenhar.
- Tem certeza que não ouviu de ninguémem algum lugar?
- Tenho.
- Leu em algum lugar?
- E onde eu leria algo assim, tia Gin?!
- Sei lá - Ginny estava um pouco nervosa. A menina engatilhava uma perguntava atrás da outra, tão rápida e despretenciosa. - No jornal, revista...
- Livros?
- Talvez.
- Hum... Não. Não foi. - A menina sorria, largamente, e Ginny notara que caíra na armadilha da menor.
Quando Harry chegara, com mais um pacote de chocolates para a sobrinha, Dominique abrira um largo sorriso e, ao ver-se carregada pelos braços do tio, contornou, com a ponta do indicador, a cicatriz na testa dele.
E isso espantou Harry.
- Marca legal, tio. - E ela beijando, da forma mais carinhosa que ela, Dominique Weasley, poderia fazer a bochecha de Harry.

29 de mar. de 2008

Há dezesseis anos, ela nasceu.
Há dez, ela brigou coma irmã.
Há oito, viajou com o tio.
Há seis, voltou para casa.
Há cinco, aprendeu a jogar quadribol com o futuro cunhado.
Há quatro, entrou para o time da escola.
Há três, encantou o primo.
Há dois, contou ao pai tudo o que pensava.
Há um, voltou a infernizar a vida da irmã e do cunhado.
E hoje, ela está grávida.


"Como vai ser agora, Nic?"
"Eu sempre pedi para você não me chamar assim, pai".
"E eu nunca entendi o por quê".
"Porque é muito parecido com Vic."

28 de mar. de 2008

Provável cena de "Circo de Cetim"

"You know I never want to hurt you"
1

James caminhou pelos corredores do castelo sem saber, ao certo, se queria mesmo chegar à sala comunal de Gryffindor. Sucessões de cena brilhavam em sua mente e ele não conseguia distinguir o real do fictício. Era o Jordan beijando a ravenclaw e Dominique, ela sem reação, Alice desnuda, dançando sobre seu quadril e Al de mãos dadas com Rosie.
Ah!, Merlin! Um primo com uma prima. Sangue com sangue. Não era plausível. Não era certo. Albus não poderia usufruir da pequena Rosie... Dominique não poderia brincar daquela forma com ele.
Cruzou um outro corredor e deparou-se com um misto interno de inveja e ódio. Liam Jordan aparecera à sua frente. O maldito namorado de Dominique; o único cara que James mais desprezava sobre todas as outras coisas.
Pensava na prima, com a cabeça posta sobre o colo de alguma amiga, chorando e perguntando-se por que merecera aquilo. Sentia a dor que ela sentia, a forma aguda como o choro escapava-lhe pelos olhos, como a ponta de seu nariz deveria estar avermelhada, como seus lábios estavam inchados... mais vermelhos, mais chamativos.
- O que te aconteceu, cara?!
James ouviu a voz grossa de Liam adentrar sua cabeça e não entendeu o por que daquilo. Olhou para o rapaz à sua frente e deparou-se com um nariz quebrado e com a sua mão ensagüentada. Arfava, desconhecendo a origem de todo aquele sentimento.
- Você enlouqueceu, Potter?!!
Coragem. Era isso que ele precisava: de coragem.
- Isso, Jordan, é pelo o que você fez para Dominique. - Falou entre os dentes.
- O quê?! - Jordan levantou-se e tentava estancar o sangramento com a manga da blusa. - Do que é que você está falando?
- Do que é que eu tô falando?! Não sei... talvez por você ser o namorado dela e ter beijado uma outra garota em Hogsmead?
E, então, o moreno pôs-se a rir, cínico.
- Ah!, Potter... acredite, eu não fiz nada. - Ele aproximou-se de James, exibindo os dentes manchados de sangue. - Nic simplesmente não se importa com o que eu faço ou deixo de fazer. E só porque você vive nessa doce ilusão de sua prima, que eu não vou comunincar ao diretor de Gryffindor sobre o fato, ok?
Quando Liam desapareceu de sua frente, James não sabia. Quando a voz dele parou de se repetir sucessivas vezes dentro de sua cabeça, ele não sabia. Quando chegou na sala comunal e encontrou Dominique sentada no chão, de pernas cruzadas, explicando qualquer coisa para Rose... ele nem queria saber.
Para ele nada importava. Nada para Dominique importava. Ela não se importava.
- Você tá bem, Jay? - Perguntou Rose, desviando a atenção do livro que Dominique ostentava sobre os joelhos. James fez um sinal qualquer com as mãos e encarou a sua cor preferida com desdenha. Ela apenas retribuiu ao olhar, com um risco no canto dos lábios e retomou a explicação para Rose.
Dominique jamais se importaria, porque não precisa de ninguém. Nem dele, nem de Jordan e nem qualquer outro ser do mundo. E ela não ligaria se ele estava triste ou decepcionado, se o que acreditava fora ratificado da pior maneira possível - e ele não queria mais ganhar presente naquele natal.
______________________
1 - "I gotta go my own way" - High Scholl Musical.

27 de mar. de 2008

Diga uma mentira até que ela se torne uma verdade. "Vic, eu te amo"

________________________
Só mais uma Teddy e Dominique então?!
E que rujam os tambores!!!!

26 de mar. de 2008

Raven, my peek!


The sorting hat says that I belong in Ravenclaw!




<

Said Ravenclaw, "We'll teach those whose intelligence is surest."


Ravenclaw students tend to be clever, witty, intelligent, and knowledgeable.
Notable residents include Cho Chang and Padma Patil (objects of Harry and Ron's affections), and Luna Lovegood (daughter of The Quibbler magazine's editor).





Take the most scientific Harry Potter
Quiz
ever created.

Get Sorted Now!


25 de mar. de 2008

Pano de Cetim

Charlie acreditava que era padrinho da garota errada. Sempre que via Vic brincar com Teddy e chorar pela atenção do pai, vislumbrava-se com a destreza da então caçula em deixar que a irmã tivesse o que conseguisse.
Charlie sempre achou que Nic tinha a sua essência e uma perspicácia infantil em perceber que ela era diferente de Victoire. E ele sabia que Ron não era a melhor pessoa para ajudá-la no caminho que traçaria.
Descobriu, quando a loura enferrujada tinha oito anos, que Dominique não conseguia ter sentimentos fortes o bastante para vincular-se com alguma coisa - ou alguém. Ao ter ganho o coelho branco de Harry em seu aniversário, em uma semana o animal foi parar na casa do Potter, com a desculpa que Nic desenvolvera alergia.
Mas Charlie logo soube que a miúda simplesmente não entendia como aquele animal poderia depender dela se ela não dependia dele.
Conforme o tempo passou, as diferenças entre a primogênita de seu irmão e a agora filha do meio acentuaram-se de tal maneira que Bill se desesperou. Dominique era o ser mais dócil que ele conhecia, mas que sabia perfeitamente como irritar a irmã: na carência infinita de atenção do pai. E aquilo começara a se tornar o seu passatempo preferido.
Após muito conversarem, Charlie e Bill julgaram melhor que Dominique passasse algum tempo com o tio, na Romênia. E foram os melhores dias da vida dele e dela. Juntos, Charlie descobriu que a garota tinha uma leve inclinação para ser prestativa, mas que nunca o seria se não percebesse que alguém precisasse realmente dela.
Um dos tantos contrastes que ele notara nela.
Dominique aprendeu a cuidarde dragõs, ferimentos e a ler em Runas; desenvolveu sua magia e o pensamento prático e, para o singelo orgulho do tio, aprendeu que aquilo que não a interessava não deveria ser dito apenas por dizer.
Com o passar dos dias, olhos dela tornaram-se azuis ciano, diferentes dos demais orbes da família, adquiriu uma pele levemente corada e seus cabelos eram fios de Sol acorbreados.
E, então, ela teve de retornar para casa.
Charlie ficou sabendo que sobrinha fora para Hogwarts e era a mais nova integrante de Gryffindor. Em seu segundo ano, entrou para o time de quadribol e era tida como uma das melhores alunas em História da Magia. Mas foi em seu quinto ano, quando Victoire estava no último, que o segundo filho mais velho dos Weasley notou que algo estava diferente.
Nas férias daquele verão, Teddy praticamente apenas ficara na casa de Bill, para ficar o máximo de tempo possível com Victoire. No entanto, no dia em que toda a família resolveu passar uma tarde na praia, os olhos do Lupin sempre acabara por pousar sobre a figura delgada e delicada de Dominique.
Seu outro contraste. Sua anatomia em nada declarava sua verdadeira postura.
Charlie sabia que não havia com o que se preocupar, pois Nic não se importava muito com o agregado da família. E nem deveria, pois em breve, ele casar-se-ia com Victoire.
No sexto ano, Dominique fora titulada como capitã do time e James quis fazer uma festa. E ela foi feita. À noite, quando o primogênito de Harry se excedeu na bebida e levou Dominique à praia, Charlie ouvira todas as palavras de amores que o jovem pronunciou, com a língua enrolada, para a sua pequena Nic - e ele, já conhecendo bem a afilhada que deveria ter tido, sabia que James receberia um beijo, um abraço apertado e até algo a mais, mas nada além disso, porque, para Dominique, brincadeira e desapego são virtudes que nunca machucam.
Naquele Natal, James apareceu com uma namorada, a pequena Rosie mostrou-se de mãos dadas com Al e Teddy não conseguia parar sentado num único lugar. E aquelas cenas Charlie já as assistira.
O Lupin caçava Nic com os olhos e procurava, incessantemente, por um contato com ela. E Nic nunca se machucaria, nunca entenderia que as pessoas amam e se importam - Charlie sentia muito por ela - e, naquela noite, Teddy foi vencido por seu desejo errôneo pela cunhada e tomou-a em seus braços, corpo e parede.
Mas Charlie sabia que para Dominique aqueles beijos e agarros eram diversão, uma brincadeira para sair de uma rotina - uma mera sensação. E no fim, Charlie assistiu ao casamento de Teddy e Victoire e à sensação de vazio do Lupin no altar.
Dominique era contraste; um pano de cetim.

22 de mar. de 2008

Dominque tinha gosto de cetim com aroma de cereja e, impregando em si, aquela essência de brincadeira de circo. Um Circo de Cetim.

Por um segundo, eu amei Harry e Hermione

21 de mar. de 2008

Entre Pierrot e Colombina

Sirius estava sem sono. E Francine dormia em um quarto ao lado do seu. Fechou o livro e resolveu procurar outra coisa para fazer. Passou pela porta branca dela e nada escutou; claro que a francesa também dormia.
Desceu as escadas sorrateiro e viu a luz bruxuleante da biblioteca através da porta semi-aberta. Aproximou-se e viu dois espectros que se misturavam a luz e sombra. Um era grande, de ombros largos e cabelos presos em rabo-de-cavalo - e esse bem sabia Sirius que era o noivo de sua prima, Rodolphus.
Ele segurava os pulsos do outro ser acima da cabeça e pressionava o corpo contra a parede. Sirius sabia que era Bellatrix, mas nada do que eles falavam fazia juz ao que imginava.
- Gostou de passear com o Black hoje à tarde? Gostou da corte que sua mãe faz com ele?
- Rodolphus, não imagine coisas. Você sabe que eu o levei para conhecer Paris assim como fiz com você quando veio morar conosco.
- E fez com o Black o que fez comigo?
Sirius conhecia aquela voz suave que estava um pouco nervosa agora.
- Responda-me, Francine! - Rodolphus desgrudou um pouco o corpo dela da parede para voltar a pressioná-lo com força.
- A gente não fez nada naquele dia.
- Que memória fraca, minha anfitriã. - Sirius via a cabeça de Rodolphus aproximar do pescoço dela, da mão livre dele apederar-se das pernas dela debaixo da barra da saia e do modo violento como ele a obrigava cingir seu quadril com as pernas. E viu ainda quando as calças do Lastrenger caíram até o chão e o vestido de Francine foi rasgado, revelando a curva de seu corpo possuído pelos pulsos do futuro marido de Bellatrix Black.

19 de mar. de 2008

Elariá-lariê-lari...

Na verdade, Dominique era apenas dois anos mais velha que James - e capitã do time de quadribol que ele participava como batedor. E James tinha quinze anos quando se deparou com a certeza de que a garota cujos cabelos eram louros que ele estava no momento não era foco do desvio de sua atenção - e ficou confuso quando percebeu que gostava mais da displicência dos fios louros e acajus que a prima exibia sem muito se importar pelos corredores da escola.
Porém, isso tudo em nada era comparado quando os dois sentavam juntos diante da lareira da sala comunal da Grifinória, para que ela o ajudasse em alguma tarefa ou que explicasse alguma coisa que não entendia de determinadas matérias. Muitas vezes, após feito o que fosse que ele pedia a ela, Dominique permitia que James deitasse em seu colo e, enquanto conversavam sobre coisas sem importância e totalmente inúteis, como as cores favoritas do Teddy, ela mexia em seus cabelos, enrolando-se, levemente, no indicador.
Em raros momentos, ele adormecia ali.
James era um pato de quinze anos, pois Teddy o chamava assim. Para ele, aliás, todos eram patos em suas atuais idades - menos Victoire e Dominique. E, apesar das primas mais velhas acatarem isso normalmente, James não se importava quando Dominique afundava seus dedos entre os fios da cabeça dele, sorrindo e declarando que Teddy estava correto. Até mesmo porque James era maior que ela e gostava de perceber que a prima tinha de elevar os pés para fazer isso.
No entanto, James achava extremamente curioso o fato de Dominique ser apenas cordeal com Al ou Lily - mesmo que a miúda fosse sua pata do primeiro ano protegida e o irmão uma companhia constante nos finais de semana pela manhã. Mas isso não incomodava o primogêntio dos Potter, pois era com ele que ela passava as madrugadas de sábado para domingo, fazendo cafuné, sorrindo e contando fatos que ouvira pelo castelo.
James até acreditava que apreciava mais a presença da prima que a da própria namorada. Aliás, Dominique tinha um namorado - ou um cacho, ou alguém que gostava muito dela e se sucumbia as vontades da loura enferrujada - e ele era irmão mais novo do melhor amigo de Teddy: Liam Jordan. Eles não eram alvo dos olhos do Potter quando juntos em Hogsmead, e quando se beijavam, e quando sumiam e quando se abraçavam, sorriam e se beijavam. Mas isso não era uma rotina, porque Dominique era alguém que só combinava com desapego.
E ele sabia que ela era apegada a ele.
Uma vez, James passou a noite com um grupo do sétimo ano. Muitos deles haviam surrupiado algumas garrafas de firewisky de Hogsmead e estas estavam expostas na roda enquanto uma girava no centro. E a boca da garrafa parou na direção de Dominique, sentada do outro lado da roda, longe dele, e o fundo para uma colega de turma dela. Em uma escolha entre verdade e desafio, Dominique escolheu desafio e, então, ela foi desafiada.
Levantou-se sem ajuda e caminhou na direção do primo enquanto as pessoas presentes assobiavam e davam risadas - não por escárnio ou zombaria, apenas pelo efeito etílico em demasia no sangue. Mas Dominique não estava bêbada; ela nunca bebia por saber que seria a sucessora de Ginevra Weasley do time Holyhead Harpias. Ao ver as mãos da prima estendidas, James não conseguia assimiliar o que estava acontecendo, e Dominique o ajudou a ficar de pé. Ele podia sentir a respiração tranqüila dela sobre o seu rosto, os olhos azuis cianos percorrendo, devagar, de seus olhos castanhos até sua boca, em um sorriso apaziguador e que ao mesmo tempo o fazia ficar mais nervoso surgir nos lábios que notara serem de cor de cereja.
Não era seu primeiro beijo - e estava longe do real primeiro -, mas era exatamente assim que James se sentiu ao ter o gosto da prima dentro de sua boca, encostando e estimulando seus movimentos por um período interminável. Quando seus lábios se descolaram, Dominique umedeceu o lábio inferior com o superior e engoliu em seguida, levantando o olhar para visualizá-lo e finalizando tudo aquilo com um selo sobre seus lábios, pressionado-so levemente. E James sentia que seu coração pulsava no corpo todo.
As coisas mudaram um pouco depois daquela noite. Potter já não conseguia mais deitar no colo dela e nem evitar de sentir a respiração corroer as vias respiartórias quando Nic achava plausível a companhia de Liam. James tinha certeza que nunca voltaria a ser o mesmo com ela até a noite em que ele pousou a cabeça nas pernas dela e inclinou-se para beijá-la de novo.
E de novo. E de novo... E de novo.
Em seu sexto ano, James já não sabia mais ficar sem a companhia constante de Dominique e, no natal daquele ano, Teddy casar-se-ia com Victoire. E no natal daquele ano, James viu Teddy pressionar Dominique contra a parede - com as pernas dela transpaçadas ao redor de seu quadril e as mãos dele adentrarem pela saia do vestido.

"Somos dois desgraçados,
mas eu faço valer
o que eu quero que se vala.
E eu quero que se vala a noite perante o dia."


Ele fitou-a e ela sorriu, com os dentes brancos, saltantes, pulsantes.

New challange, and I really hope my mind let me do it.

16 de mar. de 2008

Mudança

Sábado. 15 de março de 2008. Vinte e duas horas e alguns minutos irrelevantes. Cadeira da frente do computador. Luta árdua com a insistência da internet de não ficar conectada por um longo tempo. Página da web na tela: fanfiction.net. Fic? Sirius e Remus.

Para muitas pessoas, tudo isso é normal. Para grande parte do fandon de Harry Potter, Sirius e Remus é o casal mais plausível que há (mesmo em comparação aos que se formaram durante os livros). Mas para mim, não é normal.
Quando tudo começou, eu gostava do Sirius com mulheres, agarrando-as, possuindo-as, satisfazendo-se com os corpos dela. No entanto, meio que da noite para o dia, o nosso (amado) senhor Black perdeu o brilho de ser hétero e não combinou com nenhuma Dorcas Meadowes ou Marlene McKinnon. Ele apenas combinava e encaixava-se com um Remus Lupin.
E é tão bonito imaginá-los juntos, sorrindo um para o outro, cúmplices de uma amizade tão fraterna que se transformou em amor.
Sirius faz Remus brilhar - como o inverso também é verdadeiro. Eles são recíprocos.

E o mesmo tem acontecido com Harry e Draco.

15 de mar. de 2008

Contraste

Tedeore Lupin e Dominique Weasley são simplesmente incoerentes.
E eu amo isso.

Out of Character

- Cara, como a sua tia é gata.
Teddy encarou o amigo Jordan com um semblante indingando.
- Não sei se percebeu, ô minhoquinha de cabelo de parafuso, mas você está falando sobre a minha madrinha!
- E ainda acho você um baita de um sortudo por--
- Hei, hei, hei! - O Lupin balançou os braços à frente dos olhos do amigo para fazê-lo parar de falar. - Por que de repente você está falando na tia Ginny?
- Você sempre soube que eu tenho uma queda--
- Eu sei disso, mas você não costuma abrir os olhos e sair falando nisso. - Teddy estreitou os olhos e encarou o posso de marrom de Jordan. - Ô, meu Merlin, ela não está aqui, está!?
- Cara, como você é perspicaz.
- Droga! - Gritou Lupin, jogando a mochila por cima do ombro e apressando os passos. - E você nem está sendo irônico!
Teddy corria pelos corredores para chegar até as mármoras da diretoria. Se Ginny estivesse ali pelo acontecido do lago e do filhinho dela, ele sabia perfeitamente que estaria muito ferrado. Mas foi correndo e desculpando-se por alguns esbarrões propositaes em cima de poucas garotas, que viu a sua cor preferida:
louro com ruivo.
Dominique conversava com um quinto-anista qualquer - e Teddy não gostava daquele Ravenclaw.
- Ô, Weasley! - Ele aproximou-se de sua cor e segurou-lhe o o cotovelo, delicado. - Tem treino hoje no final da tarde. Não vai esquecer!
- Lupin, já é a quarta vez que você me fala isso
hoje.
- Só quero me certificar que
minha artilhera estará lá. Aliás, você viu que sua tia Ginny está aqui? - Teddy bem percebeu quando ela respirou fundo, contando mentalmente até dez até que os olhos azuis ciano voltassem a encará-lo.
- Ela tem um filho aqui, duas sobrinhas, um entiado, estudou aqui e está casada com o homem que salvou a história da humanidade aqui. Não acha normal ela vir até aqui então?
- Não quando só a parte do filho e do entiado possam trazê-la até aqui.
Dominique esquivara dos dedos do cunhado e já estava a andar junto com o Ravenclaw quando resolveu parar e encará-lo de novo.
- Eu não poderei ir ao treino hoje.
Algo em Teddy não se sentiu satisfeito pela troca de olhares entre sua cunhada e aquele ser lânguido postado atrás de si - e isso estava a começar a reverter na cor de seus cabelos.

9 de mar. de 2008

Teoria Etílica

Hoje já é quase amanhã. Aliás, está mais perto de amanhã do que de hoje. A importância de tal fato?! Nenhuma. É apenas perturbadora - uma perturbação etílica; não minha, e sim dos outros. Eu não me importo, de verdade, porém achei que tivesse alguma relevância desconsiderada nessas palavras.
Bêbados sabem o que dizer quando suas faculdades mentais em nada auxiliam no processo de armazenamento da exata sabedoria filosófica.
Homens com os anos a declararem-se pelas falhas de cabelos acima da testa e com algumas idéias bem sedimentadas sobre o coro (que costumava ser) cabeludo não sabem as verdades concretas que dizem em momentos que a mente tem certeza que não terá lembranças no dia seguinte - apenas relatos alheios. Eles profetizam, contam seus medos mascarados com crônicas verbais, e revelam algo inerente ao ser humano: vontade de poetizar filosoficamente. Mesmo que isso seja só na essência, uma vez que as palavras pronunciadas são acompanhadas por constantes sibilos e extensões de "s" em palavras que não têm nenhum.
Apenas uma questão ortográfica, como um já alegou após a contestação de um sóbrio.
No entanto, tais homens com uma certa porcentagem alta de teor alcoólico no sangue nunca conhecem a verdadeira natureza de seus pensamentos. (Exatamente por não se lembrarem das palavras ditas, nunca saberão que todos sabem os seus receios e depravações - mas isso está longe de ser perigoso, porque os outros estão no mesmo estágio). O rudimento de tudo é a ânsia interna e não condiz ao lado anatômico. É apenas resultado do desejo sensibilizado de querer mostrar o conhecimento antropológico contido dentro de cada um e, ainda, a virtude do individualismo. Enfim, contar as coisas sem realmente se importar.
Egocentrismo.
Não é julgamento sem bases, pois este não é o fim. Tanto para os que brigam quanto para os que fazem gargalhadas, o intuito é o mesmo: revelar-se para o público, mostrando um possível ser sem sedimentos. O álcool pode sim ser a lavagem da alma e do corpo, o único capaz de desmascarar rostos e facetas. E este é o maior perigo. Quem quer ser destilado nesse mundo?
Os sistemas, as correntes, as ideologias... tudo contrapondo-se, tudo unindo-se e excluindo-se. Não há fundamentos, não há verdades absolutas. A única proteção é a camada protetora que solidificaram sobre os corpos e mentes - camada esta que pode ser caustica, mas ainda assim a mais segura.
Aqueles que bebem sabem os motivos pelos quais dizem, mas desconhecem a capacidade de bloqueio mental. E isso é uma defesa do próprio organismo para contra ele mesmo. Ninguém merece saber que as fragilidades e virgindades de um ser foram expostos. Contente-se.

8 de mar. de 2008

Do you want to know a secret?

Vontades pulsantes que surgem do nada.
Estórias mirabolantes complexas demais para serem escritas.
Impulso.
Não, não é um poema.
Não é uma poesia.
Não é nada que possa ter um designio de produção.
É apenas um segredo.
Eu tenho várias idéias - e muitas eu descarto.
Tenho de fazer alguma coisa, criar uma outra realidade
e ali viver.
Eis o meu segredo:
Sou um vendedor de estórias.

7 de mar. de 2008

Morgana Onirica

Cultivando Flores é um blog da Morgana Onirica em que ela publica DRABBLES de Harry Potter.
É um (dos tantos) projetos que ela tem para publicar o que ela acredita ter acontecido naqueles 19 anos passados no final.
Já te algumas publicadas e, sinceramente, eu recomendo.
Mais sobre ela e suas fics maravilhosas?
Morgana Onirica.ff.net

(Eu recomendo fortemente "Acordes", "Pêndulo", "Somnium", "Hypinot Poison" (Prólogo ótimo), "Amarras"... ahn, todas!)

Distorção de Imagem

Os teus olhos não são como os meus. A tua boca não é como a minha. Tua pele não tem a mesma cor que a minha e teus dedos são mais delgados que os meus. Tuas pernas não são compridas quanto as minhas, teu cheiro não é cítrico como o meu. Teu nariz tem formas mais clássicas e teus dentes são menores.
Tu és diferente de mim - e, ainda assim, apaixonei-me por ti. Justo eu, a reencarnação de Narciso, o único que seria capaz de adorar a própria imagem. Eu estava apaixonado por mim quando tu arrancaste-me da beira do lago. E eu não pude me afogar.
E apainoxei-me por ti.
Entendes o que te declaro? Tu não eras para ser quem eu deveria admirar, mas o fiz sem ter ciência da razão. Talvez foi a cor âmbar de teus olhos ou o contraste entre nossas peles. Que seja então! Pelo menos é um motivo racional, e não a desculpa de um sem amor pelo alheio que se entregou para primeira aparição à sua frente.
Tu foste a única com quem troquei olhares humildes - sem julgar, negar ou criticar. Tu és a única que me permito não olhar para um espelho. És orgulhosa demais para adimitir que me salvaste naquele dia e isso, cara amada minha, é rompimento com o meu próprio eu.
E eu não estou mal. Estou em você.

__________________
- 1ª aula do curso filosofia: lindo, lindo, lindo.
- Livros simultâneos: "Sócrates" e "O Vendedor de Histórias"
- Matérias preferidas no momento: História, Literatura, Biologia e Matemática.
- Motivos para isso? Ah!, não faça pergunta difícil!
- Emoção do Momento: 10 em redação, com direito ao comentário "bom uso da linguagem". (depois eu escrevo-a aqui, porque ficou linda. Escrevi uma para a minha amiga e a professora alegou que ela copiou da internet... ¬¬' )
- Uma coisa importante: hoje me toquei que faz quase 6 meses que conheci a Morgana Onirica.

6 de mar. de 2008

Confissões de um Estudante em Crise

Eu venho tentando abraçar o Mundo, mas ele não me permite.


Já não como mais comida, é o meu organismo que quebra os alimentos e os distribui pelo corpo.

Minha primeira opção é filosofia, a segunda é medicina.


Ser humano não é bicho, é um conjunto de reações químicas.


Em 4000 de história, o homem nunca acertou.


Cozinhar alimentos não é mais botar a água para ferver com comida dentro da panela, mas, sim, dar condições adequadas para uma substância simples composta formada por 2 átomos de hidrogênio e 1 de oxigênio elevar-se até a sua temperatura de ebulição e, então, a pressão deixará constante até que haja hidratação do alimento em questão.
Não sabes a área de teu dente molar e do incisivo?! Cuidado! Esta pode ser uma informação preciosa no vestibular. (Francamente...)

O anjo Gabriel foi quem, teoricamente, iluminou Maomé, pedindo para que ele recitasse. (Tenho essa informação contida em meu cérebro desde a 6ª série; bem que avisaram que aluno só guarda informação inútil).
(Essa eu aprendi no carnaval) Basca é uma região da Espanha e que tem um grupo terrorista chamado ETA (e não!, não é de Estação de Tratamento de Água).

Banana não é fruta. É fonte de potássio.


Fruta não é comida. É fonte de do dissacarídeo chamado sacarose, que é composto por glicose e frutose.

Toda enzima que termina em psina quebra proteína.


Jamais dividirás por zero e tão menos usarás i como incógnita em uma equação, porque é ruim de escrever. (As mais cotadas para tal função é o x, y e t - mas eu prefiro usar i, j e o, só para contrariar)

São apenas esses, por enquanto..

3 de mar. de 2008

Relatividade

Não entenda mal quando digo que não quero. Entenda apenas que minha visão diversifica um pouco das demais, mas nada que não seja apreciativo. Afinal, a ideologia dos tempos só se diverge nas palavras, pois a essência é sempre a mesma.