13 de abr. de 2008

desejos e tentações

Ela transpaçou as pernas sobre mim, coocando uma de cada lado do meu quadril. Fez um ínfimo movimento, me pressionando, me excitando. Mas eu sabia que não era isso o que ela procurava. Desejo e prazer tinham um outro significado.
Inclinou-se, roçando os lábios aos meus. Ah!, Deus. Nunca entendi por que ela fazia isso, por que gostava de me instigar. Eram os lábios dançando sobre a minha tez, sem me sugar, sem me molhar, as màos que apalpavam cada canto de meu peito, ombros, abdômen e cinto. Dedos contornando cada marca que carregava, cabelos que escorriam pelos braços dela, eriçando a minha pele.
Ela divertindo-se.
Desabotoou botão por botão de minha camisa, lenta e lascivamente, deslizando a ponta do nariz pelo meu rosto, pescoço, as mãos subindo, pressionando cada parte que tocava. E ela não se importava com nenhuma cicatriz.
Beijos meu peito, deliciou-se com meus braços e afrouxou o cós de minha calça. Sentia a língua dela me tocar em rápidos momentos, querendo saber exatamente como eu reagia diante dela, debaixo dela.
E eu enlouquecia. Queria arrancar aquela blusa cor de musgo que lhe descia pelo ombro, revelando o quão alva era sua pele - totalmente pérola e pálida -, que me dava a visão da curva de seus seios, enconbertos pelo tecido rendado de seu sutien. Eu queria saborear sua língua em constante atrito com a minha, saber se ainda continuava tão quente. Queria ter conhecimento de suas coxas e ver como ela gemia.
Mas eu nada podia fazer a não ser sentir todos aqueles espasmos e sensações.
Sua língua, então, me presenteou. Deslizou de minha clavícula até meus lábios, passando pela jagular e pelo pomo-de-adão, finalizando com o contato de seus dentes brancos em minha boca. E eu sentia-os em mim.
Ela espalhou por meu rosto leves mordidas agudas, pressionando mais e mais, marcando-me com seu controle. Mordia e puxava, em um processo longo e de efeitos que desconhecia.
Quando engoli em seco, houve, por fim, a corrupção da minha boca. Sua língua adentrou a minha boca de forma invasiva, grotesca. Entorpecente. Enebriante. Lúcida.
Juntei minhas mãos sobre o tecido gelado da blusa e senti o pouco do quente que restava em seu corpo. Subia pela delgada curva de sua cintura e avancei sobre os seios, preenchendo toda a minha palma de volúpia.
Apertei-a contra meu corpo, cessando sua liberdade sobre mim. E seu beijo era... ah!... era... o rompimento da minha boca.
Descia meus lábios pelo pescoço dela, friccionando-o. Sentia o gosto de uma boemia ladina que buscava prazer e desejo e que jamais dormia.
Havia o peso do corpo feminino sobre o meu ventre baixo, sua língua em meu pescoço, tão próxima de sua tentação...
- Me morde, Lilith.
Seus olhos cinzas avermelhados encararam-me, inquisitivos.
- Lupin?
- Morda-me.
Sua pupila dilatou-se e a dor de dois rasgos em meu pescoço em nada se comparara ao que veio depois.

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era para ser o prólogo, mas tornou-se uma idéia de blog.
Lilith: Uma sentença
porque ela sabia o que queria e como conseguir,
e me fez ver que eu também podia querer
- e continuar a viver.

2 comentários:

Morgana Onirica disse...

este trecho é tesão purooo-o!
=d
poor remmie...
tsc,tsc,tsc...
heruaheuaheaheu

este trecho ficou realmente muito bom. deu uma agitada e uma preparada pro terreno que virá logo em seguida, quando o prólogo for de verdade...
;D
tenho colocado muitas expectativas nesta fic...

=**

Anônimo disse...

Il semble que vous soyez un expert dans ce domaine, vos remarques sont tres interessantes, merci.

- Daniel