27 de abr. de 2008

Plot.

O inesperado.

- Eu não se você entendeu, Kingsley, mas a minha família sofreu um atentado dentro da minha própria casa! - Berrou Potter ao bater as mãos com força sobre a mesa do ministro, revelando como sua jagular poderia aparentar expessa e grossa em seu pescoço.
- Harry, você, como chefe do departamento de aurores...
- Sinceramente, ministro, eu não estou mais disposto a agir como chefe do departamento. Mês passado minha filha sumiu por cinco horas, meu filho sofreu atentados durante os jogos dentro de Hogwarts e minha mulher tem medo de sair de casa. Se alguém voltar a encostar os dedos na minha família, eu vou agir como o chefe dos aurores.

A solução.

- O que é isso? - Harry olhou o envelope lacrado sobre sua mesa e não quis tocá-lo. O homem alto a sua frente, de ombros largos e vários músculos definidos por debaixo da camiseta preta, apenas respondeu que seu trabalho era entregá-la nas mãos do senhor Potter.
- Isso, Harry, é a sua segurança. - Um homem velho e franzido, segurando um cap debaixo dos braços, adentrou à sala. Seus cabelos já estavam brancos e sua pele enrugada.
Harry pegou o envolepe, rasgando sua borda e retirando a carta.
- Aí está escrito o que você deve fazer para que nós possamos descobrir quem está tentando ferir a sua família.
- Eu devo me mudar...?
- Para o mundo dos trouxas.
Harry encarou o senhor. Estava cheio de dúvidas. Aquilo tudo parecia um plano muito armador para o seu gosto.
- Você será escoltado pelo exército trouxa.

A novo lugar.

- Pai, é muito estranho viver entre os trouxas - reclamou Lily, olhando para o sinto-de-segurança envolta de si.
- É só por alguns dias, querida. - Ginny virou-se para trás e sorriu ao ver seus três filhos sentados, comportados como nunca foram, no banco de trás do carro.
Chegaram até a vila e o genral do exército os esperava.
James olhava a visão perfeita de panfeto publicitário que o local possuía enquanto seu pai conversava com o enorme general. Parecia que todos os caras do exército eram grande - até mesmo os "soldados" aurores - coisa que intrigava um pouco, uma vez que seu pai não possuía todo aquele porte.
Será que ele só lidava com a parte burocrática?
- E quem vai nos escoltar enquanto estivermos aqui? - Pergutou Harry, enfiando as mãos nos bolsos do casaco ao mesmo tempo que Ginny abraçou seu braço.
- O melhor homem que temos a oferecer. Rápido, ágil, esperto e sem medo. Fará de tudo para deixá-los vivos e protegê-los.
- Só um para cinco pessoas?
- Com todo respeito senhor, mas com este, a humanidade seria mantida intacta.
- E por que não é? - O general olhou para baixo e respirou fundo.
- Nosso homem já está chegando.

O melhor homem.

- Senhor! - Um soldado apareceu diante dele, batendo continência para o general.
- Pode falar, soldado.
- Riffler chegou.
Calça preta típica do exército e uma camiseta branca também típica. Cabelos atados em um rabo-de-cavalo.
Às vezes, Harry se esquecia que "homem" no exército trouxa podia designar tanto homem como mulher.
- Soldado Weasely, se apresentando, senhor. - Ela disse, sem bater continência.
Ginny abriu a boca e Harry estreitou os olhos. Lily soltou um berro e Albus ficou totalmente mudo. Mas James sentia o corpo inteiro ferver, numa insana mistura de amor e ódio.
- Dominique?!

O caráter.

- A gente sabe como funciona o esquema com você. E a gente oferece o que eles te pagaram e mais o dobro.
Ela tomou um gole da cervaja e voltou a brincar com o guardanapo de papel sobre a mesa do pub encardido.
- E o que vocês querem em troca?
- A cabeça de Harry Potter - ele aproximou-se dela e sussurrou em seu ouvido, malicioso, - Nic.
-
E por que vocês acham que eu aceitaria essa sujeira?
- Você não se importa, não é mesmo?! Nunca se importou. - Ele fez um sinal e cinco malas prateadas foram postas diante do rosto da loura enferrujada. - Abram. - os subordinados encapuzados abriram-nas e montantes foram descobertos diante de Dominique. - Eu só quero te oferecer o que você quer. Vai topar?
- E se eu recusar?
- A gente te apaga aqui.
Nada mudou no batimento cardíaco de Dominique e nem em sua passiva respiração. Suas afeições não ficaram tensas e suas pernas não tremeram.
- Tudo bem.

O passado.

Harry ofereceu uma caneca de chá para a sobrinha, sentando-se ao lado dela no sofá.
- Eu nunca imaginei que você poderia entrar para o exército trouxa depois... depois daquele dia.
Nic riu e sorveu o chá sem se importar com a temperatura elevada do líquido.
- Eu não estou no exército, tio. Eu apenas trabalho para eles quando precisam de mim.
- Ah! E o que você é, então?
- Atirador de aluguel. Eles me pagam para te cobrir.
Harry seria capaz de descrever a sua decpção com as palavras da sobrinha? Não. preferiu beber do chá e se reencostar no sofá.
- Nic, posso te fazer uma--
- Eu o perdi no quarto mês.

A canção da consciência.

Um fantasma sai das sombras e é posto em sua casa.
Um fantasma ressurge das brumas e volta para a ilha.
O fantasma renasce e só sabe atormentar.
Você aceitaria continuar a não se importar por dinheiro, Dominique? Aceitaria? Aceitaria?
E você conseguiria sobreviver depois disso?

A Resposta.

Sim.
______________
É só uma idéia, mas já é melhor do que nada. Veremos.

26 de abr. de 2008

Tango


Teddy olhou a aliança dourada. Retirou a circinferência de seu dedo e, contra a luz, leu o nome.
Dominique Weasley.
O coração acelerou. O cenho foi franzido e os olhos se estreitaram. Ficou imóvel. A ardência de sua alma voltou depois de tanto tempo, a sensação que ele julgara ter esquecido. A saliva desceu espessa pela garganta e tornou a olhar a aliança.
Não. Não era. Ainda estava com Victoire.
Colocou o anel no dedo e mirou a imagem diante de si.
- Por que voltou? - Não soube por que perguntara, mas o havia feito. Não queria uma resposta. Não queria ter provas de que aquilo era real.
Ela ajeitou os cabelos, trocando a franja de posição e chacoalhando as madeixas longas e espessas sobre as omoplatas expostas pela blusa de alças final. Não era mais uma adolescente, não possuía mais as feições de serenidade, mas não pôde desapegar de sua essência a sua áurea.
- Você me pediu. Lembra?
- Não achei que atenderia a um pedido meu.
- Mas se eu não viesse, você iria se perguntar todos os dias o que aconteceu comigo, atrapalhando seu casamento e importunando a vida de seus familiares. E a culpa seria tribuída a mim, de novo.
- Você se importa com isso, por acaso? - Tentava se mostrar indiferente, como se a presença dela ali não o formigasse.
Ela balançou a cabeça, negando.
- Dar uma explicação que seja verdadeira é muito para alguém como você? - Esfregou as mãos pelo rosto, deslizando-as pelo pescoço e abrindo os dois priemrios botões de sua camisa.
- Não tem motivo. Eu só quis voltar.
- Você quer saber o que acho? - Elevou a voz, mas não o queria ter feito. A presnça dela o pressionava, o tirava do ponto de equilíbrio que aprendera a ter com os anos para suportar ficar perto dela. E estavam sozinhos ali. - Eu acho que você não suportou a idéia de partir carregando um filho meu e, agora, a criança deve pedir tanto para você deixá-la conhecer o pai que cedeu ao pedido. E isso é cruel, Nic, até mesmo para alguém como você--
- Lupin
- NÃO!!! ME DEIXA TERMINAR! Você vem poupando ela de me conhecer, mas você não tem idéia do quão ruim é crescer sem ter um pai por perto, e sabe o por quê? PORQUE VOCÊ ESCOLHEU VIVER LONGE DO SEU E ELA NÃO!!!!!!!
Dominique abaixou a cabeça e Teddy julgou aquilo como sendo um ato subversivo, como se ela se rendesse aos argumentos que acabaram de nascer dentro da cabeça dele. Mas só parecia.
- FALE ALGUMA COISA!
Ela ergueu a cabeça e os olhos nunca lhe foram tão cianos como agora.
- Teddy. - O seu apelido dentro de sua cabeça, propagando-se sucessivas vezes com a voz dela, era sonoro e quente. Era como se voltasse àquela maldita noite em que perdera o controle; à noite que tanto gostava de se lembrar.
Acalmou-se rapidamente e penetrou os mesclado dos olhos de Dominique. Eles estavam em uma estranha sintonia.
- A gente não tem um filho.

24 de abr. de 2008

(Essa é para Sam).

O QUE ANTES EU NÃO SENTIA

Dor não era exatamente o que ele esperava sentir quando todos partiram. Dor, até aquele momento, era algo que ele achava que conhecia e que agora percebera que era muito maior do que imaginava.
E aquela dor talvez jamais passaria.
Remus J. Lupin sentia dor. Sentia saudade. Falta. E, agora, sentia-se irredutível. Sem amigos, sem Sirius, sem família.
Olhou mais uma vez o túmulo de James e todas aquelas palavras bonitas que ensaiara se perderam. Nada de obrigado, sentirei sua falta ou descanse em paz.
- Desculpe.

Um vento gelado bateu contra si, mas ele não podia sentir mais nada - sua dor era maior que o externo.

(triste demais, Sam... talvez não seja para você - aliás, parabéns, beta-fisher-reader ^^).

16 de abr. de 2008

pespicaz al.

As coisas mudaram um pouco desde a partida de Dominique.
Era um James angustiado e explosivo de um lado, um Teddy inquieto, uma Louis perguntando sobre tudo - sem mencionar o Sr. e Sra Weasley que viviam falando na neta desaparecida. Mas ele, mesmo que sentisse falta dela, só conseguia agradecer por aquilo - pela aquela ousadia que todos desconheciam, de certa forma.
Albus não conseguia ver nas escolhas da prima falhas de caráter, como, às vezes, ouvira o Tio Percy acusar. O máximo que pesava em sua cabeça era o fato dela nunca mais ter lhe respondido nenhuma carta. No entanto, isso também era compreensível; afinal, Dominique não era alguém que escrevia cartas.
Quando muito raramente parava para pensar no assunto, não compreendia como uma única pessoa fora capaz de desestreturar toda uma família. Dominique nem era ligada com ninguém, Merlim! Mas Al sabia de alguns segredos, de alguns fatos que os demais desconheciam - pois o filho do meio do grande Harry Potter era, antes de qualquer julgamento, perspicaz.
No Natal do último ano, na noite em que um gnomo invadiu o quarto de suas primas, Nic não estava lá. E, no quarto onde Al e os outros garotos dormiam, Teddy há muito se levantara e não voltara.
Para ser sincero, Al tinha pena de Teddy.
E quem não teria nas ciscunstâncias que o afilhado de seu pai se metera? Noivo de Victoire e completamente apaixonado pela cunhada - e justo esta, que nunca dera sinal de qualquer afeição por quaqluer coisa, inanimada ou não. Mas, pensando bem, talvez fosse aquele contraste que a envolvia que encantara o jovem Lupin - pois isto estava preso na essência dela, ser diferente diante de uma família que só sabia o que era família.
E também tinha o Tio Charlie que, mais do que nunca, passava mais tempo longe de todos. Victoire, às vezes, só para cumprir o seu papel de afilhada, reclamava - porém, Al sabia bem que ele sentia que perdera a sua única filha.
Muitos diziam que Nic era a semelhança de Tio Bill, mas haviam desacordos. Al, por exemplo, achava que ela tinha mais algo muito parecido com o Tio Charlie - até quando era menor, ao perguntar para o seu pai se a prima era mesmo filha de Bill. A situação toda era muito complicada para todos, pois, durante dois anos, Nic morou na Romênia com o Charlie - e ninguém nunca soube o por quê.
Ao retornar para casa, Louis não sabia ao certo se deveria considerá-la como irmã, mas aceitou porque tia Fleur disse a ela que Dominique assim o era - só que o contato das duas não durou muito, pois logo em seguida, Dominique fora para Hogwarts, voltando em raros natais.
Lils, irmã de Al, pediu por um ano para estudar na França, pois acreditava que Nic estava em um intercâmbio - e quando esta foi embora, a ruiva queria fazer o mesmo. Tudo isso simplesmente porque Dominique Weasley era um ícone de diferenciação de sociedade para a miúda.
De todos aqueles que foram traumatizados pela deixa da loura enferrujada, quem mais sofria era James.
O moreno passou por longos dias (semanas, meses) lamentando-se por não ter sido bom o bastante para fazer o que Teddy fazia com ela - e isso estava longe do carnal. Quando afirmou-se que o Lupin realmente era o pai do filho que ela levara consigo, James conseguiu deslocar a mandíbula inferior dele com um soco.
James realmente amava Nic.
Analisando-se um pouco melhor, Albus achava que entendia como sua prima se envolvera com o cunhado.
Teddy também era diferente.
Ele poderia ser o ponto de eterna curiosidade para ela, algo sempre mutável e que se nega. O não-ser constante de si mesmo. E até aí, os dois se completariam, uma vez que ela se atraia pelo novo e ele podia ser sempre novo. Mas a prática nem sempre é linda como a teoria - e Al estava errado em um ponto.
O que atraía Dominique em Teddy não era o diferente, mas o não poder - e isso dissipou-se quando ela pôde tê-lo. Ao ver Nic partir, Al entendeu também que ela sempre sofreria constantes decepções mesmo que não soubesse, que não sentisse, porque o que é novo uma hora fica velho, o que é legal, uma hora chateia - e, principalmente, que tudo sempre vai ceder apara alguma coisa.
Quando ela partiu, disseram que era egoísta, mas Al sabia que isso estava longe do verdadeiro eu real dela. Ninguém nunca entenderia a sua natureza - exceto ele, e talvez o Tio Charlie.
Dominique simplesmente não tinha necessidade de absolutamente nada - nem mesmo dela própria. Seria como se vivesse numa abstração de mundo onde nada é realmente vivo ou existe. Nic viveria sempre de instantes, e esses são o que nunca poderão ser, porque o instante futuro ainda não é e o que agora é já não existe mais, por ser rápido e perene.
E pensar em tudo isso com 13 anos não foi fácil, mas com o tempo, suas idéias amadureceram e apenas se afirmaram - e o sentimento de pena aumentou.
"E onde está o seu filho?"
Ela apenas sorriu e o chamou com um aceno para ver a vista do topo do London Eye.
"Não foi você mesmo quem me disse que as coisas em mim são perenes, Al?"

13 de abr. de 2008

Lilith.
Mas o nome dela era Roxane.
Só isso.
Roxane.
Eu a encontrei numa noite, no subúrbio, e ela me beijou.
Sem perguntar quem eu era.
O que fazia.
Por que estava ali.
O erro dela foi ter me beijado
- e não me mordido.
Porque a minha tentação é uma mulher prepotente
- e a dela é meu pescoço,
pulsante e repleto de veias.
Lilith.
Ela era Roxane.
Mas a chamava de Lilith.
Eu tinha vinte e tantos.
E ela, apenas dezenove (e me contou que duraria até os 35).
Sem choro. Sem lamento ou arrependimentos.
Disse-me que não era necessário viver tanto
e que 35 era um bom tanto.
Ela era branquinha, perolada, linda. E nunca desconfiei de nada.
Ela tinha olhos cinzas - mais que os de Sirius - e um leve contorno avermelhado.
E eu nunca desconfiei de nada.
Ela me mudava conforme agia
E, um dia, senti que a amava.

desejos e tentações

Ela transpaçou as pernas sobre mim, coocando uma de cada lado do meu quadril. Fez um ínfimo movimento, me pressionando, me excitando. Mas eu sabia que não era isso o que ela procurava. Desejo e prazer tinham um outro significado.
Inclinou-se, roçando os lábios aos meus. Ah!, Deus. Nunca entendi por que ela fazia isso, por que gostava de me instigar. Eram os lábios dançando sobre a minha tez, sem me sugar, sem me molhar, as màos que apalpavam cada canto de meu peito, ombros, abdômen e cinto. Dedos contornando cada marca que carregava, cabelos que escorriam pelos braços dela, eriçando a minha pele.
Ela divertindo-se.
Desabotoou botão por botão de minha camisa, lenta e lascivamente, deslizando a ponta do nariz pelo meu rosto, pescoço, as mãos subindo, pressionando cada parte que tocava. E ela não se importava com nenhuma cicatriz.
Beijos meu peito, deliciou-se com meus braços e afrouxou o cós de minha calça. Sentia a língua dela me tocar em rápidos momentos, querendo saber exatamente como eu reagia diante dela, debaixo dela.
E eu enlouquecia. Queria arrancar aquela blusa cor de musgo que lhe descia pelo ombro, revelando o quão alva era sua pele - totalmente pérola e pálida -, que me dava a visão da curva de seus seios, enconbertos pelo tecido rendado de seu sutien. Eu queria saborear sua língua em constante atrito com a minha, saber se ainda continuava tão quente. Queria ter conhecimento de suas coxas e ver como ela gemia.
Mas eu nada podia fazer a não ser sentir todos aqueles espasmos e sensações.
Sua língua, então, me presenteou. Deslizou de minha clavícula até meus lábios, passando pela jagular e pelo pomo-de-adão, finalizando com o contato de seus dentes brancos em minha boca. E eu sentia-os em mim.
Ela espalhou por meu rosto leves mordidas agudas, pressionando mais e mais, marcando-me com seu controle. Mordia e puxava, em um processo longo e de efeitos que desconhecia.
Quando engoli em seco, houve, por fim, a corrupção da minha boca. Sua língua adentrou a minha boca de forma invasiva, grotesca. Entorpecente. Enebriante. Lúcida.
Juntei minhas mãos sobre o tecido gelado da blusa e senti o pouco do quente que restava em seu corpo. Subia pela delgada curva de sua cintura e avancei sobre os seios, preenchendo toda a minha palma de volúpia.
Apertei-a contra meu corpo, cessando sua liberdade sobre mim. E seu beijo era... ah!... era... o rompimento da minha boca.
Descia meus lábios pelo pescoço dela, friccionando-o. Sentia o gosto de uma boemia ladina que buscava prazer e desejo e que jamais dormia.
Havia o peso do corpo feminino sobre o meu ventre baixo, sua língua em meu pescoço, tão próxima de sua tentação...
- Me morde, Lilith.
Seus olhos cinzas avermelhados encararam-me, inquisitivos.
- Lupin?
- Morda-me.
Sua pupila dilatou-se e a dor de dois rasgos em meu pescoço em nada se comparara ao que veio depois.

________________________________
era para ser o prólogo, mas tornou-se uma idéia de blog.
Lilith: Uma sentença
porque ela sabia o que queria e como conseguir,
e me fez ver que eu também podia querer
- e continuar a viver.

9 de abr. de 2008

Penumbra e Luz

Penumbra não é nem a ausência de luz e nem total presença dela. É um estágio em que se é possóvel distinguir formas, mas tudo sem detalhes; apenas o contorno.
Em ondas como a luz, o que distingue a distância é a freqüência destas. Por tanto, quando uma luz está aproximando-se, sua freqüência emite uma luz de cor violeta, e quando está se afastando, uma de cor vermelha. E a cor que está no meio destas duas é a azul.
O que tudo isso tem em comum?
Os olhos de Dominique.

7 de abr. de 2008

Hoje eu tive uma grande surpresa. Uma surpresa que me extasiou de tal forma que eu achei que nem conseguiria dormir à tarde. Uma surpresa linda. Sabe, a gente começa uma coisa e não tem idéia de como isso pode ser tornar grande - e quando eu disse que Teddy Lupin era de Dominique Weasley, nunca imaginei que pudesse levar alguém comigo nessa loucura. Mas eu levei - e não me arrependo disso.
Morgana, obrigada pela imagem linda que eu tanto amo olhar, pelo seu apoio e, ainda mais, por isso daqui.

6 de abr. de 2008

Tudo perde a graça

"Cabelos novos, Teddy?"
O Lupin virou-se e deparou-se com a terna imagem da madrinha. Não sabia sobre o que ela dizia até uma pequena mecha de seu cabelo escorrer à frente de seus olhos. Cabelos negros, muito negros, e temia mentalmente que seus olhos estivessem acinzentados.
"Estou inovando um pouco, madrinha".
Ginny aproximou-se dele, sorridente, e afagou de forma carinhosa os fios escuros de Teddy. "Qualquer cor que você use ficará lindo".
Lupin sorriu, não conseguindo esconder seu interno nervosismo. Seguiu Ginny com os olhos e respirou aliviado quando notou que a cor de seus cabelos voltaram para o
normal verde-garrafa. Pousou os olhos sobre a porta que ligava o jardim e a casa da sogra de seu padrinho e suas pernas tremeram.
Dominique apareceu à porta.
"Nic..." Ela passou por ele, desdenhosa, fazendo um sinal obceno com os dedos em resposta a provocação de Teddy. Ela nunca gostara daquele apelido. "Espere!" Ele a tocou, no braço, e ela parou.
Estavam longe da família, longe do pai e tios dela, longe de Victoire. Talvez fosse por isso que ela se permitiu parar seu trajeto para encará-lo da mesma forma que sempre o fazia, sem interesse, sem curiosidade.
A pela alva do braço dela ainda eram exatamente como Teddy se lembrava: delicados e finos entre o cingir de seus dedos. Ele subiu, devagar, a mão pelo antebraço e, o que antes eram um ou dois encostar de dedos, passou a ser cinco, em constante deslizar pela pele branca. E aquilo queimava seu estômago, seu pulmão. Tudo ardia.
Tudo.
As maçãs do rosto dela ainda estavam avermelhados e os lábios um tanto inchados.
"Se você realmente tem algo para me dizer, Lupin--"
Mas ele não tinha. Não poderia simplesmente perguntar se ela havia gostado, se havia sido bom. Nunca o seria.
"Você vai contar para Vic
?"
"A namorada é sua e o que você faz ou deixa de fazer apenas diz respeito a ela".
Olhos tão diferentes em sua tonalidade única. Eram cianos, intensos, azuis, puros.
"Mesmo que isso volte--"
"Nada voltará a se repetir". Dominique soltou-se, facilmente, da mão que segurava seu braço e avançou dois passos em direção aonde a família estava reunida. "E acho melhor você não se transformar no Black porque--"
Teddy puxou-a para trás da imensa árvore do jardim da Senhora Weasley, imobilizando-a com seu corpo. "Não gosta mais disso
? Porque agora pouco você não reclamou--"
"Agora pouco já é passado. E isso não me importa mais. O que você fez ou o que a gente fez já não é mais real".
"Então você acha que é assim
?!" Sua voz soara áspera, mas tinha de conter o tom para não alarmar atenções. "Que a gente pode ir para cama juntos e depois não será nada?"
"Sim. E é assim, Lupin."
"Você me ama, Nic--"
"Dominique"
"Você me quer só pelo fato de eu nunca a chamar assim. Você me deseja da mesma forma que eu a desejo. E você sabe o por quê
?"
"Tenho realmente escolha se posso ou não saber
?"
"Porque eu sou proibido para você". Os lábios pertos, e ela era tão menor que ele, tão subordinada... Mas ela apenas riu - e isso o desarmou.
"Proibido, Lupin, na minha concepção, é aquilo que não se pode ter. E hoje, mais do que nunca, você provou que eu posso tê-lo quando bem entender. E isso já tira todo o encanto. Agora, eu serei sempre encatada para você, não é
?! Porque, agora, o seu artifício para chamar minha atenção não existe mais".
Dominique saíra da pressão do corpo do cunhado e arrumara a blusa que as mãos dele invadiam sem pudor, buscando pelo pouco o limite entre lembrança e realidade. Há tão pouco tempo os dois estiveram entrelaçados um no outro, em perfeita harmonia de movimentos de seus corpos, e, agora, ela o tratava exatamente como antes; como o namorado de sua irmã.
Teddy notara quando o verde de seus cabelos voltaram. No fim, tudo seria uma eterna decepção para a Weasley e, consequentemente, quem sabia, para ele - que jamais poderia ser sempre interessante e inovador para a loura enferrujada.
Nic gostava de coisas novas e, depois de um tempo, tudo perderia a graça.

1 de abr. de 2008

Um outro jeito de ser

"Você acha que ela vai me perdoar?"
"Talvez."
"Você fala sério?"
"Claro que sim. Eu o perdoaria por ter saído de minha cama e adentrado ao quarto de minha irmã, beijado a boca dela depois que beijou meu corpo e possuído o corpo dela depois de ter se esgotado dentro do meu."
Ela sorri. "A questão é se você consegue se perdoar, Lupin."
"Você não se importa, não é?"
Dominique não era sarcástica, não era irônica e nem sádica. Não era cínica, não era fria e nem ácida. Era apenas ela, Dominique Weasley, com o sorriso preso aos lábios cor de cereja e a serenidade calma e inocente.