29 de dez. de 2007

Prince of Tennis

"O que foi aquilo, Nyoko-chan?"
"Aquilo exatamente o quê?" a morena ergueu uma sobranceha expressiva e encarou a amiga sem entender nada. "Minha capacidade mental anda me deixando na mão ultimamente, então, eu não posso mais adivinhar o que as pessoas pensam."
"Não me venha com essas suas tiradinhas sarcásticas agora, Nyoko." ralhou Natsumi, segurando-se ao máximo para maneter sob controle sua curiosidade. "Eu vi perfeitamente quando o Tezuka-buchou veio falar com você--".
Nyoko passava os olhos pelo livro aberto sobre a mesa do refeitório. De duas, uma: ou ela fingia não escutar a amiga, ou era sádica ao ponto de deliciar-se com a caústica curiosidade da amiga, que já estava sendo demonstrada à flor da pele. "OLHA PARA MIM, AKANO!!!"
"Ahn?! Ah, sim... é, ele veio." A voz de Nyoko soara neutra demais para confirmar que o grande amor de sua vida acabara de lhe dirigir a palavra.
"É por isso que você não consegue escrever romances, sabia?"
"Estranho esse seu coemntário desconexo à conversa, Natsumi-chan, porque, conceitando todas as minhas habilidades tanto física como mental, tudo se volta para o breve fim de eu querer ser uma antropóloga, e não uma frutrada escritora romancista do século XVII".
"É por isso que eu acho que você e o Tezuka combinam, sabia?!", ironizou Natsumi, mordendo o lanche sem cerimônia alguma.
"Antroplogicamente falando?!" A amiga bem notou a falta de perspicácia de Nyoko quanto ao que acabara de dizer.
"Só no
falando mesmo. Mas, então, o que ele falou com você?!" Ela segurou o braço da amiga e arregalou os olhos em demonstração clara da curiosidade - sendo completada pelo largo sorriso exagerado.
"Você sabe como é, Tsumi! As coisas acontecem tão depressa e de uma forma tão avassaladora a ponto de quase ser irreal que eu já nem sei mais se serei capaz de pôr tudo em ordem cronológico. Foi tão inesperado de minha parte que só me lembro dele vindo e depois indo."
As expressões facaiais de Natsumi não duraram muito. "Vocês não conversaram, não é mesmo?!" perguntou, em total desânimo.
"Teoricamente, sim."
"Adoraria ouvir como 'que alguém pode conversar com um outro alguém
teoricamente! por favor, Nyoko-chan, explique-me esse conceito, porque me falta tal conhecimento."
"Você pode até achar que não, Natsumi-chan, mas sua ironia é quase tão péssima qunto as suas notas em biologia."
"O QUÊ?!"
"Então, ele veio, me olhu e quando ia me dizer alguma coisa, alguém o chamou e ele me disse 'eu já volto' e foi embora. Como eu não respondi nada em troca, foi teroicamente uma conversa."
"Eu ñao acredito nisso... esse tipo de coisas acontece quando estamos no semáfoto e pegamos um panfleto, ou numa loja e dispensamos o atendende. Não quando estamos prestes a ter a conevrsa mais importante com o cara que você gosta!!!!" Gritou Natsumi, pondo-se de pé e quase encostando sua testa na de Nyoko.
"Hmm... isso é interessante, sabe?!" A postura brava e compreensível em relação à situação de Natsumi fora desmanchada com aquele sorriso tipicamente debochoso da amiga.
"Que diabos é interessante? O fato de você perdê-lo para um homem?"
"Não. O fato de suas cordas vocais conseguirem produzir ondas tão longas que agora podem até terem alcançado os ouvidos não só do Tezuka, mas de todo e qualquer corpo dicente presente na escola
inteira
!"
Odiava a mania sádica da amiga.

23 de dez. de 2007

FREEDON
while you may run so far without any tiredness.
WEAKNESS
while you may fall down on a bad and sleep well.
COURAGE
while you may look inside your on eyes.
SMILES
while you may do it by your own.
PACIENCE
while you may think about your own acts.
LOVE
while you may be a simple human being.


Happy Christmas and a Prosperous 2008
"And I still haven't found what I've been looking for"


18 de dez. de 2007

Uma Saudade


Ontem, eu joguei basquete.
Hoje, espero por voltar a jogá-lo.
Amanhã, talvez arremesse uma bola numa cesta
e pare de achar que não gosto disso.
Ontem, eu conseguia completar-me em uma quadra;
deixando todo suor escorrer por mim,
banhando-me de qualquer preocupação,
de qualquer situação.
Eram apenas eu e a bola,
uma cesta mais à frente.
Uma multidão para enganar.
O que sou hoje?!
Uma saudade comprimida em um espaço limitado
- meu coração -
um espaço sem fim para uma paixão.
Paixão a uma arte que joguei,
que, um dia, neguei.
Saudade de jogar basquete
- com uma bola na mão
e emoção.

Afobação Asfixiada


Explique, sucintamente, qual a sensação de uma alegria repentina, momentânea e singular.
Descrever tal emoção é o mesmo que pedir para escrever sobre o que se sente pelos pais. A sensação, como já diz o enunciado, é singular e, ainda, única. Tal condição só é possível para um coração livre de qualquer impulso nervoso psicológico, e de um cabeça isenta de egocentrismo e egoísmo. E a qual ser humano está disposta essas condições?! Nenhum, dizem por aí.
A alegria é algo mutuamente particular. De você para você. De sua mente para o seu coração. Versão e inversão. Só é possível sentí-la se estiver livre de qualquer receio, ou seja, arrependimento. Em palavras mais abrangente e capacitadas de qualquer compreendimento, deve-se estar tranquilo consigo mesmo.
Interpretação de alegria é o mesmo que pedir para interpretar vida. Fácil, complexo ou indescritivelmente ilmitado?

p.s.: Sim, é a garotinha que ilustrou "uma Outra Menininha"

17 de dez. de 2007

Desinteresse.

Tais pontos são ditados como vitalidade para um homem. Quais? Desconhece-se. Cada qual uma particularidade - e houve o dia e que tive uma. Uma única idéia - franca - de, um, dia, tudo poder para acabar com um ideal bem planejado. E qual as chances de tornar o que se quer priores diante de tantos fazeres desgostosos e necessários? Poucas. Raras. Nulas. Não; ainda não. Há as poucas e as raras, porém, há. Hão. São.

8 de dez. de 2007

ESTÁ CONFIRMADO!!!

Hoje recebi as minhas redações do bimestre e adivinhe?!??!?!?! Sim, dois professores divergem em seus métodos de avaliação.

Uma colega minha pediu minha redação para copiar e, como estamos em salas diferentes, eu permite o ato.
Resultado final para a mesma redação: Colega = 9,5 e Bruna = 7,0. \o/\o/\o/!!!

E viva a ousadia estudantil - e morte ao professor que só me deu 10 num poema porque eu reclamei da alta diferença de notas entre ele e a outra professora.

6 de dez. de 2007

Francine

Estive procurando, nos últimos dias, por uma imagem que fizesse reacender em mim a vontade de continuar "Entre Pierrot e Colombina". Essas são as imagens. Já deixo avisado aqui que não é certo um beijo real entre a francesa e o Sr. Black - eu só achei a imagem bonitinha ^^

*Spoiler!*
Possível beijo entre Sirius e a Francesa.



Francine e alguém na praia (decidindo ainda ^^)

É... Eu sei que essa tem olhos verdes, mas nada que não possa ser corrigido.


3 de dez. de 2007

Agora eu sou!!!


Which main-ish Get Backers character are you?





Mido Ban
As half of the Get Backers, you've got more than enough ego to cover for Ginji- but between the Snake Bite and your Evil Eye, you account for most of it. Sure, you may have crazy anime hair and happen to be a bit of a spendthrift- but so what? You've always got Ginji (or Shido) to fall back on...
Take this quiz!

Decepção Momentânea


Which main-ish Get Backers character are you?





Kakei Jubei
Kadsuki may be the only one who pays attention to you (RanKen fans excluded), but I swear it's not because you have no sense of humor. Your devotion is admirable, but you've still got some learning to do if you're taking tips from Emishi. Stop trying to be who you're not and chill for a while... please.
Take this quiz!



Eu queria tanto que desse o Bam Midou...

2 de dez. de 2007

Letras

contraste da vez:
- sono e estudo

Ai, ai, ai, ai.

-_-_-_-_-_-_-_

Disposição de letras em conjuntos separados que não permitem permutações. Cada qual com o seu sentido singular, com alguns parecidos - mas com divergentes interpretações. São únicas, em seus lugares, sem menosprezar a matemática.

18 de nov. de 2007

Devaneio Noturno

"Mentirei enquanto for conviniente para ti, enquanto não te machucar. Mas não minta para mim, pois já me sinto machcado por ti".

Até aonde ele conseguiria levar tudo aquilo adiante?! Até quando mentiria para si que seria capaz de mentir por ela?!
Ahn.. Andie.. não consegues ver que te amo demais para deixar-te partir sem perguntar por quê?!
Mas aprendera que não deveria buscar por respostas quando não tinha de quem conseguí-las.

"A vida não é a mesma para todos, Six. Todos aqui andamos pela mesma linha torta dos Black; mas eu, contrário de ti, não sou mais capaz de fingir que aceito esse caminho porque todos aceitaram."

Andie, conta-me onde foi que errei; em que caminho te perdi. Conta-me porquê esqueci que não éramos um, mesmo acreditando que seríamos.
Seria Sirius corajoso o bastante para fazer o melhor bem para sua prima amada?! Teria ele a força necessária para libertá-la da maldição que a grande casa possuía?!

"Até quando tu terás coragem de mentir por mim?"
"Até quando tu começares a se machucar."

Olha-a nos olhos, Sirius, veja dentro deles o impulso que te falta.

"Fa-lo-á por mim?!"
"Fazerei tudo em memória de ti."

13 de nov. de 2007

Devaneios de uma Segunda-feira à noite

Adquiri meu exemplar do sétimo livro de Harry Potter ontem. Fiquei decepcionada por descobrir que os 5 capítulos que li na internet eram realmente verdadeiros, e feliz por ter tido a decênciade esperar pelo livro.
Ele é tão lindo...!
Faltei da aula hoje por causa dele. Fiquei até tarde ontem e quem disse que acordei hoje de manhã?! Quem não gostou dessa história foi a minha mãe - ela compartilha da mesma opinião que a minha: estou vagal demais esse bimestre.

Alguns devaneios enquanto lia o livro (imaginação à mil):
- Pelo amor de Merlim, Remus!
- Você sempre foi medrosa.
- A gravidade existe por um motivo - e esse motivo é para que nós, seres incapazes de voar, fiquemos felizes e contentes no chão!!!

---

- Ai Meu Merlim!
- Isso está ficando repetitivo demais.
- É PORQUE ESTOU SENTADA EM UM MÍSERO CABO DE VASSOURA A NÃO SEI QUANTOS PÉS DO CHÃO!
- Você não é fã de voar, não é mesmo?
- Quanta perspicácia a sua!
(Algum tempo depois...)
- Não sei como vocês aguentam ficar sentados sobre uma vassouras com... essas coisas entre as pernas.
- Hei! Eu também não gsoto de voar!
- É, mas dois de seus amigos tinham a isso como hobbie e estou começando a ficar preocupada com o porquê!
- O hobbie do Sirius era sair com garotas e o de James azarar o Snap por causa da Lily.
- Se você fosse gay, não sairia por aí contando para todo mundo os motivos pelos quais gostar de montar numa vassoura.

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- Pensei que nós dois estávamos ferados - disse Hagrid para Harry,
- Bem, você foi o mais otimista quanto a vida de vocês dois - disse a mulher sentada no sofá oposto ao deles.


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- Why are you laughing? There is no reason to laugh!
- I know that.
- So?
- I laugh when I'm nervous, fear or when I know I'm gonna die. We're fuck. So Fuck, guy. Do you know this word? Because I just undestand the real meaning now!

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- Dez mil galeões pela cabeça dele?! Por que a minha só vale 8 mil?!
- Porque você não está em primeiro lugar na lista de inimigos de Você-Sabe-Quem?
- Não foi por falta de tentar. Mas mesmo assim; o garoto nunca matou ninguém! Eu matei quase todo mundo! Eu deveria valer mais...
- Trave um guerra com Você-Sabe-Quem, então.
- Mas aí a minha renda acaba...

10 de nov. de 2007

Artur é uma besta!

3º livro da saga Brumas de Avalon e, após sentir-me apaixonada pelo bondoso rei - louro, ombros largos, pele queimada pelo Sol e o corpo todo bonitinho devido às constantes batalhas -, hoje sinto aversão.
O homem justo e amante que era visulizado no começo da saga transformou-se em um ser maleável e totalmente vulnerável às vontades mesquinhas de sua rainha. Esqueceu-se dos juramentos que fez à Senhora do Lago e de sua origem, renegando a bandeira do próprio pai, Uther de Pendragon. Deu ouvidos àquelazinha que é a sua esposa, Gwenhwyfar, e quebrou os juramentos, mas ainda levou consigo a Espada das Insígnias, Excalibur.
Que exemplo de rei pôde ele ser quando renegou as antigas crenças, àquelas que o fizeram nascer?! Deu a irmã a um homem velho e deixou que Gwenhwyfar se tivesse com Lancelote, seu melhor amigo e primo, sabendo que ela o amava e que o sentimento era mútuo. Mas essas não foram suas maiores falhas. A maior de todas foi aquela em que desaliou-se com Avalon; pois todos, mesmo contra, lutavam sob a bandeira do Pendragon, mas, depois que asteou a da Virgem, borda em azul, os povos antigos ficara contra ele - e tudo por causa de Gwenhwyfar!!! Uma mulher sem escrúpulos ou temores, que viveu com medo do vento e de Deus, que tirou todo o caráter do próprio marido, alegando que o amava. Que tipo de amor pode ser esse quando este tirou a vitalidade de Artur?!
Artur confessou-se por um pecado que não cometera, por algo que não tinha ciência. Fez o que sua rainha pediu, ficou infeliz, pálido e cabisbaixo por vários dias e ela, mesmo sentindo as dores por vê-lo assim, o permitiu.
Artur é uma besta!

8 de nov. de 2007

- Onde está o comandante?!
Viviane sabia fazer-se onipotente, mesmo sendo pequena.
Os guardiãos olharam-se, buscando o apoio um dos outros.
- DIGAM-ME ONDE ESTÁ ARWEN!!!!!!!!!!
A Senhora do Lago mantinha o manta azul brilhante sobre o corpo e um véu sobre a cabeça, mas o modo como falava denunciava o desespero interno.
- Minha senhora - começou um dele, ajoelhando-se diante da figura soberana -, os cristão invadiram as brumas e a nossa comandante exigiu que partíssemos para as trilhas de Avalon, a fim de banir a entrada deles aqui.
- Vou repetir só mais uma vez - pronunciou-se Viviane, falando pausadamente e brava. - Onde está Arwen?
- Ela ficou entre as brumas, senhora.
Viviane fez qualquer sinal para que eles deixassem o recinto.
- Uma mulher corajosa, Viviane.
- Uma meninha, Taliesin, uma menina!
- Uma menina que sempre manteve em seu coração o seu grande ideal e jamais o traiu.
- Não tente apaziguar a situação. Ela era a única capaz de pôr nos eixos nossos guardiões e agora perder-se-á pelas terras cristãs.
- Ela será de grande ajuda à Artur.
- Artur já me levou sacerdotisas demais.
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- Ele está acordado?
- Deveria perguntar se está vivo!
- Está respirando, Gawain!

7 de nov. de 2007

Formas Formosas

- Garwen?
- Senhor capitão, a senhorita Morgana chegará em pouco tempo.
- Aproxima-se de mim, meu bom cavaleiro.
O jovem deu poucos passos até o leito da cama do capitão de cavalaria.
Como é possível Lancelote ficar assim? Justo ele que é o homem mais forte de meu Rei. Lancelote suave e, algumas vezes, Garwen acreditou que delirava.
- Você quer saber de uma coisa, Garwen?
- Se o senhor acreditar que devo ter conhecimento...
- Não precisa moldar as palavras comigo hoje. Sou apenas um homem enfermo que precisa de um amigo.
- Fico lisonjeado por isso, senhor - e o jovem cavaleiro fez uma pequena reverência.
- Quando chegou aqui, acreditei que você não sobreviveria nem três luas completas. Mas você foi além e tornou-se um dos meus melhores aprendizes.
- Obrigado, senhor...
- Deixe-me falar sem que me interrompe, garoto!
Garwen engoliu seco e fez-se quieto.
- Conforme você mostrou-se apto para as artes da guerra, achei que cresceria e ganharia proporções corporais para aguentar todo um reino em guerra. Mas você cresceu e ficou pequeno como viera, sem ombros largos ou braços musculosos, só que se mostrou tão ágil e hábil como as armas, que até mesmo eu fiquei impressionado. Artur impressiona-se fácil com tudo e logo queria-o entre os seus companheiros - e acho que você já sabe que ainda não está lá por causa de mim.
O jovem meneou a cabeça, afirmando.
- Não fique bravo comigo...
- De forma alguma, senhor!
- Como já disse, você cresceu e ficou como era e mostrando-me que não é capaz só de suportar um reino em guerra, mas as dores, pesares, conflitos e tudo mais que pode atormentar um homem. Você foi o suporte de todos os cavaleiros, unindo-os por mais que seus princípios divergissem e é por isso que o mantive longe de Artur, quando ele próprio apoiava-se em você... mas é que sempre senti em você uma vibração diferente. Durante algum tempo culpei-me por ser pecaminoso todos o meus pensamentos por você. Sua beleza delicada me encanata, Garwen...
- Senhor, eu realmente acho que a febre já o fez perder as faculdades mentais.
Lancelote bem conseguia visualizar o nervosismo do jovem e isso alegrava-o.
-... Julguei-me por várias luas, rezando para um deus que não sei ao certo se existe. Seu corpo exala outras formas... e ontem eu entendi.
Me ferrei! Garwen engoliu seco e passou a mão pela rosto.
- Entendi o efeito que você tem sobre mim.
- Senhor, sem querer insultá-lo - mais do que já fiz - mas acho melhor o senhor descansar e parar de...
- NÃO ME PESSA PARA FICAR QUIETO! TENHO DE FALAR!!!
- Tá bom! - Garwen até abaixou os ombros e perdeu a pode de cavaleiro.
- Eu vi você junto a um homem e vi-o beijar-lhe a boca. - Lancelote tossiu e puxou as cobertas para mais perto da cabeça. - Eu o vi despir-lhe e vi as formas formosas que o corpo de uma mulher deve ter. Eu vi quando ele soltou seus cabelos e seus cachos louros claríssimos escorregaram até o fim das suas costas. Eu vi...
Garwen estava parado, incrédulo. Virou-se de costas para retirar-se do aposento sem pedir permissão.
- Arwen!
Seu coração acelerou. Engoliu seco, trêmulo.
- Eu vi quando ele a abraçou e você beijou-o a boca de uma forma que eu senti inveja! Inveja por nunca terem-me beijado daquela maneira - e senti mais inveja por ele tê-la tocado de maneira pura, sem os toques que um homem dá em uma mulher quando se querem.
Sentiu Lancelote aproximar-se aos poucos e, de repente, as mãos grandes e masculinas dele envolverem-na, cingindo seu corpo pelos ombros e ventre. Ele apertava seu corpo contra o dela e Arwen sentia o tremor de frio do capitão.
Muito devagar, virou-se para encarar Lancelote.
- Agora entendo o por quê de seus traços delicados e femininos - e, pouco a pouco, ele desatava as roupas pesadas de cavalaria do corpo dela e desprendia os cabelos. - Revele-se para mim, Arwen, da mesma maneira que aquele homem fez. - Lancelote passou as mãos pelos ombros estreitos dela e conduziu as vestimentas a caírem pelo corpo. Arwen estava exposta, só com a manta já rala que se fica debaixo da armadura. Os cabelos, exatremamente louros, caíram pelos ombros, costas e braços. Em um movimento nem tão rápido devido à febre, o capitão de cavalaria deixou-a nua, declarando as formas harmoniosas de Arwen.
E, assim, o corpo de uma mulher revelou-se para ele.
Seus seios não eram grandes, mas sim pequeno e arrebitados, firmes. Os braços eram fortes, as pernas grossa e musculosas e o ventre diferente de qualqeur outro que Lancelote já vira. Era rígido e havia alguns contornos musculares.
Lancelote caiu de joelhos no chão e abraçou Arwen pelo ventre. Apoiou a cabeça entre os seios dela e pôs-se a chorar, soluçando.
- Seja minha base também, Arwen. Faça-me suportar tudo o que passo, dei-me conselhos. Afaga-me em seu colo por esta noite, por favor - e soluçava mais.
Arwen, sentindo o vento frio bater em suas costas, agora nuas, estava isenta de qualquer movimento. Não conseguia raciocinar; seu segredo estava revelado. Tudo o que a garota conseguiu fazer foi pôr os dedos entre os cabelos morenos do belo capitão e afagá-los.
- Desculpe, senhor meu capitão, mas não posso fazer isso.
Lancelote olhou-a incrédulo.
- Para isso, o senhor já possui a Rainha.
Os olhos de Lancelote arregalaram-se e ele levantou-se.
Arwen aparentava menor do que parecia ser, quando enganava a todos como Garwen.
- Beija-me como fez com aquele homem.
- Senhor, o senhor não sabe o que...
- EU AINDA SOU SEU CAPITÃO E ISSO É UMA ORDEM!!!
Arwen estremeceu e encolheu-se. Já vira Lancelote bravo diversas vezes, mas, ali, compreendera que uma coisa era estar irritado com um bando de homens leais a um único ser e outra, completamente diferente, era estar bravo com um pessoa que o enganara.
Ela aproximou-se dele e, sentindo a sua pele arder em fervura, pôs as mãos sobre o rosto áspero do capitão. Ficando na ponta dos pés e com mais um pouco de esforço, seus lábios grudaram aos deles e, pouco a pouco, suas bocas entreabriram-se.
Lancelote cerrou os olhos e passou as mãos pela contiura dela, acariciando a região e as costas delgada. A língua de Arwen era diferente - até mesmo da de Guinevere. Era quente e macia, sabendo tocá-lo e exigir dele movimentos que desconhecia. Não que fosse um lascivo que já experimentara todas as bocas das donzelas, mas a de Arwen tinha uma textura diferenciada.
Trouxe-a para mais perto e os braços dela enlaçaram-no pelo pescoço, esforçando-se mais com a ponta dos pés para aprofundar o beijo.
Lancelote deslizou uma das mãos pelas costas, subindo-a, até a nuca onde alguns fios de cabelos emaranharam-se em seus dedos. A outra procurava o caminho em direção ao seio dele e, quando o tocou, o beijo cessou-se.
Arwen voltou os pés no chão e correu para pegar a manta rala.
- Somos diferentes - disse, apenas, enquanto vestiu a manta.
Lancelote visualizou nas costas de Arwen alguns desenhos em azul. Lembravam serpentes.
- Pois parece-me que nossa origem é a mesma.
Bem sabia que aqueles desenhos pertenciam à Avalon.
- Não, não é isso, senhor. Eu quis dizer que a Rainha e eu somos diferentes. Enquanto ela tenta mudar legiões em prol da sua legião, eu tento fazer de todos iguais perante ideias iguais.
- E não é a mesma coisa?
- A legião dela é o cristianismo. Os ideias que eu falo é a vontade de fazer paz em nossas terras e lutar pelo rei justo que, enfim, a Bretanha conseguiu ter.
- Guinevere...
- Desculpe as palavras, senhor capitão, mas a Rainha acha que sabe de alguma coisa. Mas do que se pode saber alguém que tem medo de ficar exposto ao vento?! Ela acredita ter feito o melhor ao persuadir o senhor meu rei a desastiar a badeira de Pendragon, mas ela não vê que, antes disso, os povos antigos e as atuais legiões lutavam juntos, sem grandes conflitos e, agora, a armada de Artur diminuiu para um terço do que era. Ela não entende de guerra e tampouco de fé.
Lancelote sentiu raiva e, ao partir para cima de Arwen, falacera.
Arwen chamou por Morgana e a sacerdotisa acudiu-a, ajudando na recuperação de Lancelote.

4 de nov. de 2007

Ironia Paulistana

À eminência de entrar da Avenida Paulista:
- 'Mor, 'tá vindo carro!!!



- Por isso que eu gosto da minha cidade interiorana. É tudo no térreno, não preciso fazer contorcionismo dentro de um carro para ver a arquitetura da cidade.



- Por que eu acho que o conceito de "perto" de vocês é diferente do meu?!
- Por que você leva meia hora para atravessar a sua cidade e a gente nem conhece o outro lado da cidade?!



- Eu passei 4 horas do meu sábado dentro de um carro!

30 de out. de 2007

Desavenças

- O que aconteceu? - Perguntou em sussurros, sentindo muitas dores na cabeça.
- Os saxões invadiram a comemoração, mataram seu lindo garanhão branco e estupraram você até que perdesse a consciência - e nego-me dizer o motivo das dores de cabeça porque julgo que até mesmo você é incapaz de imaginar tais coisas.
- O QUÊ?!!!!!!!!!!!!
A donzela mística arfou pesadamente, e voltou a falar:
- Seria muito interessante que o senhor ostentasse essa história, sabe senhor capitão, porque é muito mais emocionante do que cair de um cavalo por causa de um ganso manco.
- Impossível! Eu nunca caí de um cavalo...
- Ok. O garanhão derrubou-o então.
- hm... E o que você está fazendo aqui?
- Perguntando-me por que ainda demonstro respeito para com você - e sorriu, irônica.
- Responda-me com decência!
Lancelote bem sentiu o olhar da garota sobre si.
Que decência posso demonstrar com o homem que caiu de um cavalo por causa de um ganso?! A decência que seu senhor e Grande Rei exigira pra como o melhor amigo dele, senhorita! Ela odiava sua própria consciência.
- Morgana, não satisfeita em ficar acordada sozinha e fazendo um trabalho tão cansativo como este, mandou-me chamar, acordando-me, para ficar de olho no enfermo - no caso você, senhor capitão.
Ela fez uma reverência longa e exagerada, demosntrando seu desgosto em estar ali.
- Você zelou por mim a noite toda, Arwen? - Mantinha um sorriso preso aos lábios.
- Façamos com que Morgana acredite que sim.
- Arwen?!
Ela olhou de soslaio em direção à porta e Artur riu.
- Não queria identificações, apenas fiquei espatando com a sua presença aqui, irmã.
- Acredite, ainda estou em estado de choque por causa disso. (¬¬)
- E então, como está o nosso enfermo?
- Para sua felicidade e sentimento totalmente oposto a este de minha parte, vai bem, senhor meu rei.
-
Sem formalidades comigo, minha irmã - disse Artur, tocando os ombros da jovem.
- É necessário manter algum tipo de respeito para com o senhor diante de terceiros para que eu não caia na tentação de perder as formalidades com estes! - E seu olhar mortificante foi lançado à Lancelote.
- Odeio-a.
- E a recíproca é tão verdadeira, caro senhor capitão...
Odeio essa menina! Pensava Lancelote, lutando ao máximo para que Artur não ouvisse o que dizia. Seria uma grande ofença para com ele se soubesse de tamanho ódio.
- Vejo que ainda mantêm uma relação bastante interessante!
- Não ria, Galahad!
- Desculpe, Lance, mas não posso deixar de fazê-lo quando ela fala assim.
- Pare de rir e volte para seu leito nupcial, não, câmara nupcial para junto de Gwenhyfar - e, dizendo o nome da jovem rainha, Arwen olhou para Lancelote de tal maneira que preocupou o jovem cavaleiro -, senhor meu rei.
- Você está certa - concordou Artur, pensativo -, mas gostaria de ver Morgana antes. Sabe onde ela se encontra?
- Deve estar junto de sua mãe, senhor meu rei.
- Pois então vou até elas. Melhoras, Lancelote, meu irmão. - Inclinando-se, Artur beijou o alto da testa do melhor amigo e, em seguida, as mãos da jovem.
- Se pensar em tocar em mim pela ínfima vontade que possa nascer, Lancelote, acordará sem entranhas.
A mão dele recuou, deixando-o impressionando, não fizera nenhum barulho e dera qualquer indício de que a tocaria!
- Quanta suavidade em seus dizeres.
- Não se preocupe, tenho certeza que você terá várias oportunidades para presenciá-la em sua vida.
- Aonde você vai?! Não deveria zelar por mim esta noite?
- Artur estragou meus planos.
- Matar-me-ia?!!!!
- Ninguém estava muito confiante que sobreviveria à queda - ou à derrubada, já que não gosta de pensar que caiu do cavalo. Qualquer um pode morrer sufocado durante a noite.
- Você não me quer morto.
- Pelo menos não na frente do Grande Rei. Morgana já está vindo para cansar-se de você.
- Você me ama, Arwen.
- Devo acreditar agora que meus conceitos de amor é o extremo oposto dos seus.
- Bem, como está Lancelote?!
- Em suas mãos agora, Morgana - respondeu Arwen, deixando reluzente em seu rosto o melhor sorriso cínico que conseguia dar. E Lancelote haveria de concordar que ele era convincente demais.

27 de out. de 2007

Estudo da Personagem




Noah Black

Sentada na cama, ouvi meu pai dizer-me sobre a suavidade do Francês. Na hora, eu não sabia o que aquela conversa encadearia, mas já tinha pequena noção do que iria fazer.
Ao dizer-me algumas cores da língua, encantei pelo "preto". NOIR. Dentro de minha cabeça, pronunciei aquela palavra, sentindo como se fizesse um mantra que me acalmou por alguns dias.

Dias depois, comecei a ler algumas fics entre Hermione e Sirius e, simplesmente, odiei cada motivo do medo dos dois. Idade, aceitação... Será que ninguém conseguia ver que o problema dela estar com Sirius era muito maior?! Harry não ligaria para idade ou preconceito, mas para o fato dela estar roubando a única família que lhe restou da inicial; ou seja, seu padrinho, o cara que seus pais escolheram como protetor. Foi com este sentimento de aversão que Noah surgiu em mim.

Uma criança que sentia pelo primo amor incondicional e contava com ele para tudo.

Na primeira parte - quando não tinha idéia do que aconteceria -, Noah é apresentada como um ser incorrompido e brincalhão, que diverte Sirius com apenas um chocoalhar de cabelos molhados em cima dele.

Ah, como eu a adorei naquele instante. Coloquei o meu sentimento dentro dela, a minha personificação de personagem... dei a ela toda a moldura para alguém que dependia de Sirius e que não suportava o fato deste ser um galante.

Mas o nome dela revela muito mais que apenas uma cor; revela o que ela era para Sirius. A versão feminina de noir é uma palavra linda, sonora, suave e, ainda, negra. A menininha era assim aos olhos acinzentados do primogênito dos Black: a suavidade da vida e, ao mesmo tempo, o lado negro que os Black tinham dentro de si como essência. Um exemplo deste lado dark é o ciúmes doentio dela para com Sirius. Porém, Noah é mais; é o mantra que ele pronunciou por algumas noites dentro de sua cabeça na esperança de saber o que se passava com ela. Mantra sim, porque a última sílabada (o "ah") parece não ter fim - como ele acreditou que o brilho dos olhos puros dela seriam. Mas o verdadeiro mantra está preso ao fato de ele esquecer do mundo junto com ela.

Criar Noah foi a libertação de algo preso dentro de mim; aquela ânsia de concretizar uma vontade. E, melhor que criar, é ver como ela encantou o público. Talvez a última parte da Saga Noah não agrade, mas foi válido.

Ah como eu sinto da saudade da minha outra menininha...

22 de out. de 2007

Um Poeminha

Em verdades, não houve muitos filmes.
O que houve eram apenas recordações
- de um alguém -
interpretada de formas diferentes.
Surgiram estórias.
Surgiram mágoas,
mas eram sempre a mesma,
recontada diversas vezes
por pessoas diferentes.

20 de out. de 2007

Propaganda

Um casamento...
O dia em que ela mais esperou é o dia em que seu marido mais tremia feito vara verde.
O que pode acontecer em um casamento quando se tem um Sirius Black e Remus Lupin como padrinho e um Tiago Potter extremamente apaixonado por uma certa ruivinha como o noivo?

Esta é a minha mais "nova" fic que estava perdida em algum arquivo aqui e que a minha cara beta-fish-reader Morgana Onirica leu pacientemente. Obrigada, cara Sulista.

O Link: http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=23665

"- E ainda bem que eu disse para não olhar! – Lamentou Almofadinhas acreditando que aquele comentário fora feito somente para si. – Não me culpe depois se o filho de vocês tiver a sua cara! – Mas o amigo ainda não o escutava. – Pontas? Pooooooooooooooooooooontas!"

17 de out. de 2007

Vestido Vermelho

- Por que disseste-me isso?
Os olhos negros dela - e ainda brilhavam jovialmente.
- Porque tu perguntaste.
A voz indiferente e os olhos analisando um livro antigo qualquer - com o corpo estirado, largado sobre a poltrana almofada.
- Perguntei? Estranho, porque este fato foge-me a lembrança.
Soberba, metida.
- Há vários modos de se fazer uma pergunta, Bela..
- Então tu não és tão sagaz quanto desmonstra ser.
- E tu não ée tão indiferente ao seu redor como desejas ser.
Os olhos acinzentados foram postos sobre o colo desnudo dela.
- Estás linda de vermelho.
- Inveja-me?
Ele riu em desdenha.
- Inverjar-te por ficar bonita em vermelho?
- Pois sabes que nãoáficas apresentavel com nenhuma cor. Por que sorri?
- Incomoda-te?
- A tua presença incomda-me!
Alargou os lábios. Ela olhava-o.
- Por quê?
- Acho que tu já saíste da idade dos porquês.
Ele fez-se de pé e, passo após passo, aproximou-se da pele perolada.
- E achei que hoje tu deverias acabar com este incômodo.
Pousou, levemente, a mão sobre o ombro descoberto, mas ela mantinha o olhar brilhante e preso ao imenso quadro posto da parede à sua frente.
- Sei que ouviste cada palavra minha dita ao James hoje à tarde e bem sei que também não sorriste em nenhum momento desta noite.
Escorregou os dedo de um ombro ao outro.
- Não deverias estar glamurosa por estar a noivar-se com Lestrange?
- Em nada diz respeito a ti minhas emoções.
- Então por que engoliste a seco agora?
Tocou a nuca dela com a ponta do nariz e pôde sentir o arrepio dos poros dela.
- Pelo desgoto que me causas.
As duas postas aos ombros e escorregaram até as mãos de dedos delgados dela.
- Tira-te este vestido vermelho, Bela.
E o desgosto da, até então, Black fora o frio que pôde tocar seu corpo nu entre os braços daquele Black.

14 de out. de 2007

Feito Ácido


Ouvia a cada palavra sentindo algo aflorar na boca do estômago e crescer, consumindo-a, até a gargante. Todos os relatos e a voz, hoje rouca, mais masculina, era abafada. Talvez escondia o rosto entre as mãos em forma clara de arrependimento. Mas ele não se arrependia - e ela sentia raiva pelo amigo.
- Arrependeste ao menos?
Observou a cabeça dele balançar, infimamente, negando qualquer coisa.
- Como nãoo?!
A voz crescera de tal forma magoada que a própria desconhecia. Eram amigos, ele e ela, muito antes de tudo aquilo, mas também era amiga daquele que não se fazia presente.
- Eu... eu amo ela.
- Ama? Isto está longe de ser algo viável, racional e plausível! Por anos ele a amou primeiro e ela retribuiu...
- Não grites comigo, miúda. Vim até aqui pedir por apoio - falou, sereno, como se todo o alarme que ela fazia era desconexo.
- Que tipo de apoio esperavas de mim?! Que passasse a mão por sua cabeça, agraciando todo este adultério?
- Pois ainda não é adultério...
- Adultério sim! Traição para com o seu único melhor amigo! - Bufavava em prol da raiva de um alheio conhecido. Andou de um lado para o outro já não mais ciente se ainda respirava. - Corrompeste a única coisa que o nutria.
- Ela também quis...
- NÃO DEVIAS TER INSTIGADO!
- Tu tens ciúmes?
- Tenho raiva! Raiva de acreditar que tu jamais ousarias fazer algo parecido com isto para com ele e ainda mais raiva por saber que isso nem ao menos te dói à alma!
- Ele não foi fiel a ela...
- MAS TU TINHAS DE SER A ELE!!! O cara que não se importou se tu és cria de uma sangüinária aristocrata ou de um ignorante a mercê da sargeta. O cara que te chamou de irmão por dez anos! E isso não é ácido em tua consciência! - Gritava adiante dele, gesticulando e revelando o sentimento já tão bem declarado na veia que lhe saltava ao pescoço. - E ele nunca a traiu.
- Eu não me arrependo.
- Então por que estás aqui a contar tais coisas a mim?! - A voz estava mais controlada, mas longe de ser menos séria. - Conte a ele.

Obs.: Queria uma imagem que demonstrasse raiva. Escolhi o trilho porque ele divide a imagem em dois. Em ambos os lados há as mesmas coisas, mas nada é igual - como o que a personagem sentia; pena e raiva.

Prefácio

Por onde começar uma narração que não deve ser longa, entediante e, tampouco, rápida, de fatos jogados, apenas acontecendo?!
Em algumas tentativas frustadas de minha parte, bem tentei escrever algo que alguém jamais conseguisse vincular ao autor. Mas seria isso possível quando se tem menos idade que a maturidade em si exige?! Escrevi loucamente por dias e mais dias, tentando recordar de todas as idéias que tinha antes de dormir - e, principalmente, tentando jamais dar à parsonagem as molduras que eu tinha. Quando a terminei, li, orgulhosa, tudo novamente.
E assim a minha decepção aflorou-se. Um nome mudado não tira um caráter, um princípio.
Ao ler, reler e continuar assim, procurando a minha falha em escritas explícitas, arrependi-me da pior maneira que consegui. Escondia-a de mim para não lembrar da minha incapacidade.

Em algum momento, bem sei que me deixei levar pelos elogios e perdi-me em minha própria prepotência.
Perdi um dom. Perdi a inspiraçã. Perdi um certo prazer que tinha; a razão de tanta meditação.
Se arrependo-me?! Como não o faria?
As minhas tardes são gastas na tentativa desepserada de reencontrar-me.
Se ao ser humano foi dado o caráter de sentimental, a mim foi dado este e mais aquele do realismo.
Aquele do realismo, em que os sentimentos e sociedade moldam as pessoas,
corrompendo-as.

10 de out. de 2007

Duas Formações


Família. Um conjunto de pessoas - e que, inicialmente, eram apenas duas - a importar-se com os demais.
Dúvida. Fato, gesto ou o que seja incompreendido.
Minha dúvida. Que tipos de laços pode haver entre uma pessoa e outra a ponto de um dedão roxo, que lateja dolorosamente, causar tristeza?!

Não foi empatia. Empatia qualquer um pode sentir pelo alheio. Não foi desconforto - pois este traz irritação. O que foi, então?!
A maternidade cria outra coisa junto com a neném em nove meses... Amor incondicionalmente incondicional.


Obrigada, pai e mãe.

8 de out. de 2007

Como tudo foge do controle


Acabou.
A pequena cresceu, mudou, transformou-se.
Perdeu a infância;
Ganhou repugnância.
Só aos olhos ficaram presos a intensidade
- porque até o brilho não é o mesmo.
Perdeu.
A pequena agora é grande.

7 de out. de 2007

OJESED

Era a primeira vez que via os cabelos soltos, completamente. Era a primeira vez que sentia a pele morna de seu braço. A primeira vez que a tocava,
À sua frente, um pedaço de espelho enorme, emoldurado, aparentando atingo.
- O que você vê, Black?
Tão absorto no leve toque de seus dedos sobre o braço dela, não percebeu ao que ela se referia.
- O que eu vejo?!
- É... - percebeu como a voz dela custou a sair.
De onde estava, apenas via o perfil do corpo contornado pela luz bruxelante. Resolveu encarar o espelho.
- Eu não... - e focou o objeto mais uma vez - eu vejo...
Desejos íntimos; vontades que nascem no ímpeto da alma e nem mesmo nós sabemos.
Via a ele, estirado em uma cama, fatigado, com vários corpos ao seu redor. Envolto à cama, a imagem de Prongs, Moony e Worntail formavam-se e, ali, segurando a mão dele, tocando-o minimamente, ela.
- O que você vê? - Estava constrangido.
- Vejo crianças.
Os olhos castanhos brilharam. Ela levou a mão até eles e impediu que uma lágrima escorresse.
Sentiu-se envergonhado.

6 de out. de 2007

Da Inocência à Corrupção


À ela já fugia a imagem de criança e seu jeito não era mais o mesmo. Lembrava em muito a irmã mais velha, entretanto, por fim, a influência de toda uma família já aparentava em seu ser. Não podia negar que estava bela, como deveria de ser.
Em seus olhos reluzia-se ainda a mesma tonalidade singular de azul claro, celestial. Mas não havia inocência ou empatia, mas escárnio. Brilhavam em prol de alma corrompida. Nos lábios, um fino risco de uma alusão à um sorriso malicioso e cínico.
Não era, então, quem achou ter encontrado.
- Uma vez Black, Sirius, sempre Black. É um fardo a carregar.
- Você tinha tudo para não ser o que hoje é!
- Você também.
A voz ardilosa, ferina; completamente sedutora, mas, ainda assim, corrosiva.
- Eu não sou você.
Ela riu, lasciva.
- Sempre se é quando tem um sangue tão putrido quanto o nosso. - Deu as costas a ele. - O verdadeiro devaneio é acreditar que se pode andar sobre outras linhas em outro espaço. Mas não é assim. Todos temos o mesmo fim, de uma forma, ou de outra.
E pôs-se a andar.
Ele apenas viu os cabelos castanhos balaçaram no meio das costas e pôde, também, ouvir os saltos cravarem-se sobre o chão.

5 de out. de 2007

Propaganda


Como falar nunca é demais (em laguns poucos casos), através do meu blog, faço a propaganda da minha fic.
"Uma Outra Menininha".
Ela era apenas a mais nova dos Black. Só queria se divertir, aprontar e brincar - ao lado dele. Mas ele não era mais criança e tinha outros interesses - interesses esses que incomodavam a pequena Black.
Uma história de amor fraternal e ciúmes. O começo da perda de uma infância que ele queria manter eterna nela. Mas, uma vez Black, sempre Black.

Aliança 3 Vassouras e Floreios & Borrões.

4 de out. de 2007

Entusiasmo às avessas


Agora, neste exato momento que perdura por dois dias, só uma coisa que se passa: até quando suportar?!
Um arsenal imenso de idéias e inspirações, vontades e euforia, juntos, consumindo todo o tempo ocioso e produtivo. Mas há algo feito?! Não - ainda.
O enredo está aqui, completo, mas falta as narrativas, as falas - e as palavras certas para os sentimentos.
O que procuro para concretizar tudo isso? Um lugar em silêncio e repleto de motivações.

3 de out. de 2007

Um Brinde

Observava-a de longe, do outro lado do recinto. Não sabia o por quê de fazer aquilo, mas sabia que a sensação o agradava.
Ele não estava lá, vendo a mão esquerda agraciar-se como apoio para o queixo; como a outra segurava a pena e risacava sem pressa o pergaminho, e, principalmente, o modo como os olhos escorregavam pelas folhas do livro e depois checavam as anotações.
Só ele a vi agora.
No começo, olhava debaixo, as íris presas no topo dos olhos, para ser discreto. Mas de quê adiantava vir a ser discreto se ela jamais tiraria as órbitas castanhas do livro?! Não. Ela nunca o viria ali. Teria atenção para o livro - unicamente para ele.
Um ato involuntário ele sentiu. Sentia pressão entre os dentes. Por que os livros e não ele? O que teriam eles de mais interessante do que a sua singular beleza?! Não descobriria. Não podia. Amassou entre os dedos o pergaminho. Ficou parado, imóvel - nem mesmo tinha certeza se respirava. Os olhos fixos nela, nos movimentos delicados que fazia e no pequeno sorriso que lançava àquele maldito monte de páginas.
Um ato inesperado. O coração saltou. A mão soltou o papel. Imóvel estava, mas por espanto.
O castanho pousou-se sobre ele, antecedido por um pequeno movimento da cabeça. Ela olhava-o e sorria levemente. Não havia dentes expostos e nem lábios separados. Estavam unidos, num risco, mas ainda um sorriso à ele.
Sentiu-se um romântico estúpido que sente os ânimos mudarem com um breve aceno de cabeça da amada. Entretanto, ele estava longe de ser um.
Não podia tocá-la, não podia beijá-la - mas nada o impedia de cortejá-la.
Amizade ou Necessidade?!
No momento, brindava à necessidade - e sorriu de volta, abertamente, galante como era.

2 de out. de 2007

Shiu!

Escute ao seu arredor enquanto puder dispor de um tempo para isso. Que seja mínimo, que seja longo - mas que seja um tempo.
Às delongas que não farei, eis apenas o começo.
- E shiu.