10 de nov. de 2007

Artur é uma besta!

3º livro da saga Brumas de Avalon e, após sentir-me apaixonada pelo bondoso rei - louro, ombros largos, pele queimada pelo Sol e o corpo todo bonitinho devido às constantes batalhas -, hoje sinto aversão.
O homem justo e amante que era visulizado no começo da saga transformou-se em um ser maleável e totalmente vulnerável às vontades mesquinhas de sua rainha. Esqueceu-se dos juramentos que fez à Senhora do Lago e de sua origem, renegando a bandeira do próprio pai, Uther de Pendragon. Deu ouvidos àquelazinha que é a sua esposa, Gwenhwyfar, e quebrou os juramentos, mas ainda levou consigo a Espada das Insígnias, Excalibur.
Que exemplo de rei pôde ele ser quando renegou as antigas crenças, àquelas que o fizeram nascer?! Deu a irmã a um homem velho e deixou que Gwenhwyfar se tivesse com Lancelote, seu melhor amigo e primo, sabendo que ela o amava e que o sentimento era mútuo. Mas essas não foram suas maiores falhas. A maior de todas foi aquela em que desaliou-se com Avalon; pois todos, mesmo contra, lutavam sob a bandeira do Pendragon, mas, depois que asteou a da Virgem, borda em azul, os povos antigos ficara contra ele - e tudo por causa de Gwenhwyfar!!! Uma mulher sem escrúpulos ou temores, que viveu com medo do vento e de Deus, que tirou todo o caráter do próprio marido, alegando que o amava. Que tipo de amor pode ser esse quando este tirou a vitalidade de Artur?!
Artur confessou-se por um pecado que não cometera, por algo que não tinha ciência. Fez o que sua rainha pediu, ficou infeliz, pálido e cabisbaixo por vários dias e ela, mesmo sentindo as dores por vê-lo assim, o permitiu.
Artur é uma besta!

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