6 de out. de 2007

Da Inocência à Corrupção


À ela já fugia a imagem de criança e seu jeito não era mais o mesmo. Lembrava em muito a irmã mais velha, entretanto, por fim, a influência de toda uma família já aparentava em seu ser. Não podia negar que estava bela, como deveria de ser.
Em seus olhos reluzia-se ainda a mesma tonalidade singular de azul claro, celestial. Mas não havia inocência ou empatia, mas escárnio. Brilhavam em prol de alma corrompida. Nos lábios, um fino risco de uma alusão à um sorriso malicioso e cínico.
Não era, então, quem achou ter encontrado.
- Uma vez Black, Sirius, sempre Black. É um fardo a carregar.
- Você tinha tudo para não ser o que hoje é!
- Você também.
A voz ardilosa, ferina; completamente sedutora, mas, ainda assim, corrosiva.
- Eu não sou você.
Ela riu, lasciva.
- Sempre se é quando tem um sangue tão putrido quanto o nosso. - Deu as costas a ele. - O verdadeiro devaneio é acreditar que se pode andar sobre outras linhas em outro espaço. Mas não é assim. Todos temos o mesmo fim, de uma forma, ou de outra.
E pôs-se a andar.
Ele apenas viu os cabelos castanhos balaçaram no meio das costas e pôde, também, ouvir os saltos cravarem-se sobre o chão.

Um comentário:

Morgana Onirica disse...

bruna...
vai me dizer que esta parte vc está guardando como um trunfo na manga? o teu curinga com um N desenhado de forma floriada?

talvez a menininha tenha crescido?

bessos da beta-fish-reader...