14 de out. de 2007

Prefácio

Por onde começar uma narração que não deve ser longa, entediante e, tampouco, rápida, de fatos jogados, apenas acontecendo?!
Em algumas tentativas frustadas de minha parte, bem tentei escrever algo que alguém jamais conseguisse vincular ao autor. Mas seria isso possível quando se tem menos idade que a maturidade em si exige?! Escrevi loucamente por dias e mais dias, tentando recordar de todas as idéias que tinha antes de dormir - e, principalmente, tentando jamais dar à parsonagem as molduras que eu tinha. Quando a terminei, li, orgulhosa, tudo novamente.
E assim a minha decepção aflorou-se. Um nome mudado não tira um caráter, um princípio.
Ao ler, reler e continuar assim, procurando a minha falha em escritas explícitas, arrependi-me da pior maneira que consegui. Escondia-a de mim para não lembrar da minha incapacidade.

Em algum momento, bem sei que me deixei levar pelos elogios e perdi-me em minha própria prepotência.
Perdi um dom. Perdi a inspiraçã. Perdi um certo prazer que tinha; a razão de tanta meditação.
Se arrependo-me?! Como não o faria?
As minhas tardes são gastas na tentativa desepserada de reencontrar-me.
Se ao ser humano foi dado o caráter de sentimental, a mim foi dado este e mais aquele do realismo.
Aquele do realismo, em que os sentimentos e sociedade moldam as pessoas,
corrompendo-as.

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