27 de out. de 2007

Estudo da Personagem




Noah Black

Sentada na cama, ouvi meu pai dizer-me sobre a suavidade do Francês. Na hora, eu não sabia o que aquela conversa encadearia, mas já tinha pequena noção do que iria fazer.
Ao dizer-me algumas cores da língua, encantei pelo "preto". NOIR. Dentro de minha cabeça, pronunciei aquela palavra, sentindo como se fizesse um mantra que me acalmou por alguns dias.

Dias depois, comecei a ler algumas fics entre Hermione e Sirius e, simplesmente, odiei cada motivo do medo dos dois. Idade, aceitação... Será que ninguém conseguia ver que o problema dela estar com Sirius era muito maior?! Harry não ligaria para idade ou preconceito, mas para o fato dela estar roubando a única família que lhe restou da inicial; ou seja, seu padrinho, o cara que seus pais escolheram como protetor. Foi com este sentimento de aversão que Noah surgiu em mim.

Uma criança que sentia pelo primo amor incondicional e contava com ele para tudo.

Na primeira parte - quando não tinha idéia do que aconteceria -, Noah é apresentada como um ser incorrompido e brincalhão, que diverte Sirius com apenas um chocoalhar de cabelos molhados em cima dele.

Ah, como eu a adorei naquele instante. Coloquei o meu sentimento dentro dela, a minha personificação de personagem... dei a ela toda a moldura para alguém que dependia de Sirius e que não suportava o fato deste ser um galante.

Mas o nome dela revela muito mais que apenas uma cor; revela o que ela era para Sirius. A versão feminina de noir é uma palavra linda, sonora, suave e, ainda, negra. A menininha era assim aos olhos acinzentados do primogênito dos Black: a suavidade da vida e, ao mesmo tempo, o lado negro que os Black tinham dentro de si como essência. Um exemplo deste lado dark é o ciúmes doentio dela para com Sirius. Porém, Noah é mais; é o mantra que ele pronunciou por algumas noites dentro de sua cabeça na esperança de saber o que se passava com ela. Mantra sim, porque a última sílabada (o "ah") parece não ter fim - como ele acreditou que o brilho dos olhos puros dela seriam. Mas o verdadeiro mantra está preso ao fato de ele esquecer do mundo junto com ela.

Criar Noah foi a libertação de algo preso dentro de mim; aquela ânsia de concretizar uma vontade. E, melhor que criar, é ver como ela encantou o público. Talvez a última parte da Saga Noah não agrade, mas foi válido.

Ah como eu sinto da saudade da minha outra menininha...

Um comentário:

Morgana Onirica disse...

querida bruna...
o que eu posso dizer que já não foi explicado nestas suas palavras tão fortes sobre a noah?
muito bom vc ter colocado tudo isso em sentenças, deixando claro para muitos a importância que esta personagem foi adquirindo em sua vida.
^^
com certeza ela é muito querida por todos que leram suas fics...
*sorri*

bessos