28 de nov. de 2010

- VOCÊ JÁ AMOU, NOAH?!!!!!!!!!!

- EU AMEI, POTTER! Amei em cada dia de minha vida por toda ela. Amei a minha família e a aceitei como ela era.

- Uma família cheia de defeitos e conceitos distorcidos.

- Defeitos também sustentam alicerces, Potter. Defeitos também formam caráteres.

22 de mar. de 2009

Eu estava pensando...

Horas dentro de um ônibus dá nisso.

Eu queria escrever uma grande fic. Mas uma fic que contasse exatamente o percurso de Dominique Weasley na vida de seus familiares e amigos. Uma fic que mostrasse ela desde de pequenininha, crescendo e não se apegando a nada, passando pelos 7/8 anos, quando ela vai morar com Charlie, ela voltando e indo para Hogwarts, ela encantando o Teddy, fazendo o James se apaixonar, os dois brigarem, ela saindo de casa com a suspeita de estar grávida... E o depois.

O depois seria uma sutileza de casos. Ela teve o filho ou não? Menino ou menina? Ela está viva? Ela está bem? Seus olhos ainda são cianos? Seus cabelos cor de ferrugem; nem ruivos, nem louros? O que ela faz? Quem ela se tornou?

E, analisando um pouco, decidi que isso é muito difícil. Mas me proponho, aos poucos, sem nenhuma pressa, ir escrevendo (o.O), sob o ponto de vista do Albus - porque eu o julgo capaz para fazer uma análise certa de Dominique. Ele seria sutil o bastante para não difamar a prima, e seria sábio ao ponto de ser imparcial.

Eu o vejo como uma grande mente, como um grande conhecedor. Alguém perspicaz, ábil e sereno. Capaz de ler os gestos, olhares, silêncio. E vou colocá-lo, com seus 40 anos, como narrador dessa história.

Vejamos no que dá.

10 de fev. de 2009

Louis correu sem pensar para o quarto da irmã e ali se trancou.

- O que você quer, Loui?

A pequena Weasley, com os seus olhos grandes e verdes, como os do papai, olhou Victoire e não exitou em responder:

- Está chovendo.

- Eu percebi. - Victoire levantou-se da cadeira, deixando para trás o seu trabalho. Estava há poucos meses na editora de uma famosa revista de moda, mas seu trabalho era inversamente proporcional a isso. - Mas você não acha que está grandinha para isso, Loui? - Ela afagou os
cabelos ruivos da miúda e sorriu, meiga.

- Você não entende, Vic, está chovendo. E quando chove_

- Tem trovões e raios. Mas estamos seguras dentro de casa, querida.

Victoire tinha então 19 anos.

- Você não entende, Vic, não entende mais!!! - Louis gritou, com os olhos cheios d´água. E toda vez que chorava, a ponta de seu nariz ficava vermelha e as sardas salpicavam ao rosto.

E a pequena Louis Weasley atravessou o corredor correndo, chorando. Cada pingo lá fora era mais denso, mais grosso, sufocante... e a porta oposta ao quarto da irmã mais velha estava a menos de um palmo de sua frente.

Não entrava sem bater naquele quarto. E nunca correra para aquela direção antes. Mas estrou.

- Está chovendo, Dominique!!!

Ela estava ali, deitada na cama, de olhos fechados, sem fazer nada. Ela estava ali, com pernas esticadas, uma sobre a outra, e continuou ali quando a ruiva Weasley pulou em cima dela.

- Está chovendo, Loui. - Falou Dominique.

E Louis achou aquilo o máximo, no auge dos seus 7 anos.

2 de fev. de 2009

relatividade dos lados

Estaremos sempre do lado errado, era o o que você me dizia. E eu te perguntava quando estaríamos do lado certo e você me sorria, cínico, e tragava aquele maldito fumo como se me beijasse à boca.

Éramos, então, desde daquele tempo, dois malditos perdidos. Você, do lado errado de lá, e eu, do lado errado de cá. Somos malditos, ainda, Rebastan. Você, com essa pureza imaculada e suja por ideias dispersos, e eu... pela minha solidez irredutível.

E eu também fumava, porque esse era o ato de nosso beijo. E a gente se beijava sem colar a porra de nossas bocas. Éramos imundos em nossas crenças. E você, droga, sempre soube.

Estaremos do lado certo quando estivermos do mesmo lado, eu queria te ouvir falar. Mas você era um completo filho-da-puta assim como eu era. Então, tragávamos, juntos, ao mesmo tempo, cigarros fedorentos diferentes.

Você, porque era o seu vício. Eu, porque você era meu vício.

Num dia, eu sabia, nós trocaríamos de lado, só que você não existiria mais para me dizer que estávamos em lados errados. Você, seu desgraçado, não iria mais existir.

8 de jan. de 2009

- O que você faz quando ninguém está te vendo?

A pergunta não tinha num todo a concepção honesta que o impacto deu a ela como entendimento – eu até esperava um a mentira doce, sorridente e cáustica.

Os olhos verdes arregalaram-se e a pupila dilatou-se. Estavam cravados em mim, trêmulos – e eu senti que a resposta seria a verdade.

- Eu vomito.

Eu já sabia. Podia ver. A pele a esticar-se pelos ossos, delineando e deformando cada curva de seu corpo; curvas estas feitas por ossos. Costela, uma por uma, sobressaindo ao corpo.

Sim, eu sabia.

Lily Evans era bulímica.

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eu li um pouco do chall de alguma coisa e esse trechinho veio a minha cabeça.

13 de nov. de 2008

- As conjecturas em que você vive determinam o seu caráter.
- Mas isso não aconteceu com você, Sirius.
- Não, Dorc. - Uma tragada mais longa; um vício mais adentro de sua boca. - Aconteceu com você.

22 de out. de 2008

Os olhos dela brilharam

Os olhos dela brilharam. Esta era a única informação que ele tinha de suas últimas horas. Ou nem isso. Brilharam não pelo azul que continham, não pelos árduos meses confinada em um lugar que não sabia o endereço para ajudar a muitos que nem conhecia; não brilharam porque ela queria que fosse assim. Apenas o fizeram porque não houve como mantê-los fechados segundos antes de sentir seu interior degradar com a ardência.
E seu corpo não ardera porque estava queimando. Não pegara fogo por causa da alta concentração de energia localizada. Não estava daquela maneira porque era inevitável. Ela ardia de paixão. Não por um homem. Não por uma mulher. Não pelo mundo. Mas por seus ideais. Paixão aquela que seu ser compreendeu que era necessário nutrir, mas que seria inútil tentar implantá-la aos demais membros do grupo.
Seus olhos brilharam porque ela entendeu que não podia amar senão aquele conjunto de causas impossíveis que se acumularam em sua mesa com o passar dos meses. Queria que eles tivessem brilhado por deixar sozinho no mundo uma criança, como bem sabia que viria acontecer posteriormente com James e Lily, ou por ter amado alguém. Teria amado, teria se entregado, mas não houve tempo.
Sirius entendia.
Ela via os olhares acinzentados do Black para suas pernas, seu corpo, seu rosto. Sentia suas mãos ásperas ao tecerem delineações em seu rosto quando chorava por dentro, quando ele a via chorar mesmo de cenhos cerrados e olhar compenetrado.
Sirius teria se deixado amá-la se ela permitisse. Mas estavam em guerra. E na guerra, para Dorcas, só havia guerra. Sem espaço para amor. Sem espaço para pessoas. Apenas proteção a dar, apenas auxílio, apenas ideais para preencherem sua cabeça.
Sirius entenderia.
Ela morria por uma causa maior; James explicaria e Sirius a perdoaria. Ele sempre perdoava. Mesmo que não quisesse, mesmo que não conversasse mais com ela. E agora, também, não fazia alguma diferença se ele o faria ou não. Ela estava morrendo - e não sentia dor. Em breve todos aqueles Death Earths estariam em Azkaban, e sua luta não seria vã.
Dorcas já estava morta, quando Peter traiu aos Potter, quando Sirius foi para Azkaban, quando Bellatrix foi pega e Harry deu a trégua de 13 anos para o mundo.
Lily chamava ao pequeno de seu filho, enquanto ele era nada mais do que fruto do que Dorcas Meadowes havia idealizado muito antes.

19 de set. de 2008

Charlie não entendia o porquê de todos esterem espantados e desgostosos com as últimas atitudes de Dominique. Quer dizer, entender, entendia, uma vez que sabia que ninguém conhecia realmente sua sobrinha.
No fim, sua saída de casa era até esperado.
Uma hora ou outra, família seria cansativo demais para, rotina demais.

14 de set. de 2008

Desculpe, eu não possuo sardas.

Desculpe, mas eu não tenho sardas, meus humor não é engraçado e nem fechado, minhas concepções não são boas ou ruins.
Desculpe, mas eu não tenho sardas. Minha pele nem é branca e nem caramelada, meu amor não é intenso e nem o mesmo por cinco minutos. Aliás, eu não posso amar.
Desculpe, mas família não me instiga e pessoas são sempre as mesmas depois de quatro minutos. O que é novo é velho logo em seguida e perde a graça.
Desculpe-me, mas eu não possuo sardas.

Charlie leu o que escrevera quando tinha doze anos e olhou para a sobrinha, sentada, ainda com oito anos, no meio de sua sala, entre pergaminhos e lápis de cor, e acrescentou:

Desculpe, mas eu não possuo sardas, meus cabelos não sou louros, e nem ruivos, meus olhos não são azuis e nem verdes. E eu não sei por que devo pedir desculpas.

Riscou seu nome da assinatura e escreveu "Dominique".

Fic

Escrevi uma fic depois de muitos dias parada. Quando os Líderes Partem. Não está publicada e nem betada, mas sinto que essa foi especial. Não foi um filho e nem nada, pois tudo fluiu.
Quando estiver oficial, posto uma pedacinho.

12 de set. de 2008

Árvore de Natal.

(continuação do post debaixo)
Era fevereiro.

E tinha neve. E cores verdes e vermelhas, enfeites, presentes e uma árvore de natal. Apesar de ser incomum - e alguns, menos sensíveis ou alheios, julgavam estranho -, a árvore estava ali, no meio da sala, onipotente. Alta, verde, decorada e iluminada; no entanto, para quê tanta luz quando todo o resto da sala estava opalescente? Borrões de marrons, beges e cinzas mesclados ao preto de algumas sombras e raros pontos de ilumiação inflamando em algum objeto.

A casa, em si, era velha, maltratada, mas sempre estivera bonita, porque o espírito de todos condicionavam-na a isso, mas, naquele dia, tudo voltou a ser como sempre deveria estar.

Abandonado.


"A árvore--"

"Ela sempre gostou mais dos Natais". Lily segurou firme na mão de James, e não ousou mirar os olhos nos óculos do marido.

Toda a esperança de lutarem havia chegado ao fim. Dorcas havia morrido e James não podia assumir aos dois papéis.

Tudo estava opaco - só mais uma vez.