5 de fev. de 2008

05.02 - 6 dias de felicidade

11.02.08. O grande dia. E isso não o torna especial, esperado e tão menos importante.
Eis a data do meu primeiro dia de aula de 2008. Eis o dia que dará o primeiro ponta pé no meu traseiro para ansiar por férias só depois do fim de janeiro do ano que vem.
Deprimente, eu sei. - mas só até um certo ponto.
Deprimente porque sei que esse ano terei de me esforçar ao máximo para aprender - de verdade - física, química e matemática. E não só tirar notas para a prova a fim de passar de ano. Deprimente porque é último ano das minhas certezas de estar junto das pesoas que me acompanham em uma caminhada desde a 5ª série. Deprimente porque é o meu último ano como uma adolescente perdida no mundo do conhecimento, que busca a certeza de que está escolhendo o caminho certo e se encantará por aquilo que julga correto.
Deprimente porque, depois, não havera estudos para apenas passar de ano.
Ah!, estou tornando-me adulta, meu Deus!!!
Mas será legal. Será o ano em que eu vou lutar por aquilo que quero; lutar por uma vaga digna na Unicamp, USP e UFPR em novembro/dezembro. Lutar para ter um lugar em que eu possa orgulhar-me de cada hora gasta com estudos tão indesejáveis como os de química.
Ah!, eu vou-me formar!!! Participar de churrascos, festas, aulas, brincadeiras tolas, dançar valsa com o meu pai, entregar o diploma na mão dos meus pais, escrever estórias e dissertações, ler todos os livros que quiser, matar as aulas de redações para ficar a mercê na biblioteca... Tudo o que tanto esperei nesses anos todos.
Mentira, só espero isso a partir de agora.
Espero mais, na verdade. Espero o dia em que poderei ir até a auto-escola, o dia em que poderei dirigir sem papai ou mamãe no volante, o dia em que poderei olhar para a minha mãe e dizer "Sim, eu vou para Curitiba, você goste ou não"... o dia em que olhar para dentro de casa e ter certeza que á cumpri meu papel aqui.
Doe?! Um pouco. Não é fácil aceitar que a vida deve prosseguir longe daqueles que olharam por mim desde que ficaram sabendo que eu existia. Machuca um pouco, dá um aperto, mas é assim que o rio corre.
Apazigua?! Um pouco. Não é fácil pensar que terei de economizar dinheiro, ter controle dos meus gastos financeiros, do que devo comprar para comer, a que médico ir... Mas essa insegurança é tão boa!!!
Ah!, o dia 11 de fevereiro... que dia mais complicado.

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